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sábado, 1 de dezembro de 2018

ISMAEL GOMES BRAGA


1891 – 1969

Ismael Gomes Braga nasceu no dia 12 de julho de 1891 na cidade de Córrego Alegre, no estado de Minas Gerais.

Defendeu e promoveu com todo amor o Espiritismo e o Esperanto.

Além de ser um dos maiores esperantistas em solo brasileiro, era poliglota, pois dominava diversos idiomas, entre os quais, o hebraico, o árabe, o inglês, o francês, o alemão e o espanhol. Foi professor de línguas antigas e modernas, apesar de não ter passado por nenhuma faculdade.

Foi autêntico autodidata, graças a sua inteligência e força de vontade. Ismael Gomes Braga foi jornalista, tendo colaborado na Imprensa leiga e em quase todos os jornais espíritas da época, tanto no Brasil, como outros países, dando inclusive diversas entrevistas.

O seu trabalho na Federação Espírita Brasileira foi de grande importância, assumindo diversos cargos tanto na área espírita, quanto na esperantista.

Publicou livros de sua própria autoria e traduziu tantos outros.

Sua colaboração no Reformador, como redator, foi efetiva, publicando artigos com mais de uma dezena de pseudônimos.

Elaborou dicionários Português-Esperanto e Esperanto-Português para facilitar o aprendizado da língua.

Participou de Congressos, Simpósios e Cursos. No VIII Congresso Brasileiro de Esperanto, em Recife, em 1952, cuja abertura, na Federação Espírita Pernambucana, foi totalmente falado em Esperanto, ele foi o orador oficial, com o tema: "Os últimos serão os primeiros", sendo muito cumprimentado pela mestria com que discorreu o tema.

Desencarnou em 18 de janeiro de 1969 na cidade do Rio de Janeiro.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

IRMÃOS DAVENPORT


Ira Erastus Davenport e William Henry Davenport nasceram em Buffalo, no estado de New York, o primeiro a 17 de setembro de 1839 e o segundo a 1º de fevereiro de 1842. Seu pai, descendente dos primeiros colonos ingleses da América, ocupava posição no Departamento de Polícia de Buffalo. Sua mãe, nascida em Kent, na Inglaterra, veio criança para a América. Em 1846 a família foi perturbada alta noite por aquilo que descreveram como "batidas, socos, ruídos altos, rupturas e estalos". Isto foi dois anos antes das manifestações ocorridas com as irmãs Fox.

Os dois rapazes Davenport e a sua irmã Elizabeth, a mais moça dos três, experimentaram pôr as mãos sobre a mesa, na esperança de que alguma manifestação ocorresse. De pronto, ruídos fortes e violentos foram ouvidos e mensagens eram transmitidas. A notícia espalhou-se e, do mesmo modo que com as irmãs Fox, centenas de curiosos e de incrédulos se amontoavam na casa.

Ira desenvolveu a escrita automática e distribuiu entre os presentes mensagens escritas com extraordinária rapidez, contendo informações que ele não podia possuir. Logo se seguiu a levitação e o rapaz era suspenso no ar por cima das cabeças dos que se achavam na sala, a uma altura de nove pés do solo. Depois o irmão e a irmã foram igualmente influenciados e os 3 flutuaram no alto da sala. Centenas de cidadãos respeitáveis de Buffalo são citados como tendo presenciado esses fatos.

Uma vez, quando a família tomava a refeição, as facas, os garfos e os pratos dançaram e a mesa foi erguida no ar. Numa sessão, pouco depois disso, um lápis foi visto escrevendo a plena luz do dia, sem qualquer contato humano. Então as sessões passaram a ser feitas com regularidade, começaram a aparecer luzes, e instrumentos de música boiavam no ar e eram tocados acima das cabeças dos circunstantes. A voz direta e outras manifestações extraordinárias se seguiram muito numerosas.

Atendendo o pedido das inteligências comunicantes, os irmãos começaram programando os vários lugares onde seriam realizadas sessões públicas. Entre estranhos, insistiam pedidos de testes. A princípio os rapazes eram segurados por pessoas escolhidas entre os presentes, mas isso foi considerado insatisfatório, porque pensavam que aqueles que os seguravam eram comparsas. Então passaram a amarrá-los com cordas. A leitura da lista das engenhosas maneiras de controle que eram propostas, sem que pudesse haver interferência, mostra como é impossível convencer céticos e presunçosos. Desde que um processo de controle dava resultado, outro era logo proposto para substituí-lo.

Certa feita, os professores da Universidade de Harvard examinaram os rapazes e os amarraram com 150 metros de cordas de maneira brutal, colocando-os em sala preparada com muitos buracos para observação. Todos os laços da corda foram amarrados com fios de linho e um deles, o prof. Pierce, isolou-se dentro do gabinete, entre os dois rapazes. Imediatamente mostrou-se a mão de um fantasma, moveram-se instrumentos, que eram notados pelo professor junto à sua cabeça ou ao seu rosto. A cada instante ele procurava os rapazes com as mãos, sempre constatando que eles estavam imobilizados. Por fim os operadores invisíveis libertaram os rapazes de suas amarras e quando o gabinete foi aberto, as cordas foram encontradas enroladas no pescoço do professor. Depois de tudo isso os professores não fizeram nenhum relatório. Não estavam preparados para o desfecho e certamente o teriam feito em cores berrantes se houvessem detectado o mínimo indício de fraude.

Passaram então os Davenport a viajar, fazendo grandes exibições à maneira de espetáculos circenses. Alugavam salões e desafiavam todo mundo a vir assistir aos fenômenos que ultrapassavam os limites das crenças ordinárias. Não era preciso ser arguto para prever uma forte oposição: assim aconteceu. Mas eles atingiram os objetivos que certamente tinham em vista os dirigentes invisíveis.

Na Inglaterra, chamaram a atenção do público como nunca para tal assunto. Mas não se limitaram a atuar apenas neste país. Estiveram em Hamburgo e depois em Berlim, mas, como os esperavam uma guerra (desde que os guias a tinham previsto), a excursão não foi lucrativa. Gerentes de teatro lhes ofereceram elevadas somas para algumas exibições, mas, seguindo o conselho do seu sempre presente Espírito Monitor, que disse que as suas manifestações deviam ser conservadas acima do nível dos divertimentos teatrais, desde que eram supernaturais eles recusaram o convite.

Após serem visitados por membros da família real seguiram para a Bélgica onde alcançaram notável sucesso em Bruxelas, bem como nas principais cidades. A seguir foram à Rússia onde fizeram algumas sessões públicas em auditórios e residências famosas. Depois disso foram à Polônia e à Suécia retornando a Londres para novas apresentações.

Os Davenport, com seus estilos de divulgação dos fenômenos espíritas por espetáculos, contribuíram generosamente para o alargamento da compreensão e da curiosidade acerca do Espiritismo. Palhaços? Talvez haja quem o diga, mas dificilmente deixar de envergonhar-se um dia por haver empregado tal qualificativo.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

IRMÃO JOSÉ


Devotado seareiro da Vida Maior, Irmão José, há longos anos, tem se desdobrado no labor da Doutrina Espírita nos céus, do Triângulo Mineiro, fazendo parte da legião de Espíritos que, da França, veio para o Brasil com o compromisso de aqui trabalhar pela sua implantação.

Durante muitos anos, Irmão José expressou-se mediúnicamente através de D. Maria Modesto Cravo, nas inesquecíveis sessões do Centro Espírita "Uberabense", casa-mater da Doutrina Espírita na cidade de Uberaba, Minas Gerais.

Ainda pelo que estamos informados, Irmão José é o autor de algumas páginas inseridas em "O Evangelho Segundo o Espiritismo", tendo sido ele, à época do Cristianismo primitivo, abnegado companheiro das lides missionárias de Paulo, o apóstolo da gentilidade.

Vinculando-se atualmente ao médium Carlos A. Baccelli, Irmão José tem nos legado ensinamentos de profundo significado espiritual, continuando a cooperar, através de suas obras, na divulgação da mensagem Espírita, exortando-nos à sua vivência no cotidiano.

Tão profundamente entranhou-se n’alma dos espíritas uberabenses que, em sua homenagem, no dia 2 de abril de 1993 foi inaugurada a sede do Grupo Espírita "Irmão José"; núcleo que, constituído na periferia da cidade, recorda as atividades da inesquecível "Casa do Caminho", de Jerusalém. Endossando-lhe os elevados méritos, Emmanuel, pela abençoada mediunidade de Chico Xavier, publicou com ele, de parceria, o livro "Crer e Agir", editado pela editora IDEAL, São Paulo - SP.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

sábado, 1 de setembro de 2018

IRMÃ SCHEILLA


1915(?) - 1943

Peixotinho, em Macaé-RJ, iniciou um trabalho de orações para as vítimas da Segunda Grande Guerra. Foi então que, de repente, chegou lá e se materializou um espírito chamado Rodolfo (nas primeiras vezes em que psicografou mensagens, assinava "O Fuzilado"), que contou que era de uma família legitimamente espírita, morando na Alemanha. Ele teve que servir na guerra como oficial-médico e o pai dele, Dr. Fritz, muito reservado, educado, severo, muito autêntico, que passou muitas ideias humanitárias aos filhos, havia lhe dito:

- Matar nunca.

Ao que Rodolfo respondeu:

- Pai, não é isso, vou servir como médico.

Pois bem, em certa ocasião, o Dr. Rodolfo foi chamado como oficial para integrar um pelotão de fuzilamento. Ele, então, disse:

- A minha missão é salvar, não matar.

E, de acordo com o regulamento militar, ele passou a ser considerado criminoso, porque deixou de servir à pátria, pois a pátria pedia a ele que matasse alguém e ele se negou. Então, disseram-lhe:

- Já que você não vai executar esse homem, você vai ficar junto dele para morrer como um traidor.

E ele foi fuzilado na mesma hora. A essa altura, manifestou-se (espiritualmente) ao pai e disse:

- Pai, já estou na outra dimensão da vida. Cumpri a palavra empenhada: não matei, preferi morrer.

Para que não continuasse no ambiente de guerra, foi amparado espiritualmente aqui, no Grupo Espírita Pedro (Macaé-RJ). Peixotinho, por ter sido militar, em razão justa, como espírita, tinha esse trabalho de preces em benefício das vítimas de guerra e pela paz. E esses fatos se deram no auge da Segunda Guerra Mundial, quase no final. Certo dia, Rodolfo (espírito) disse, assim, no Grupo de Oração do Peixotinho:

- Orem por minha irmã, ela está correndo perigo.

E como a voz do alemão, através da voz direta por ectoplasmia, não era bem nítida, um sotaque carregado, a pronúncia do nome da sua irmã não saía boa, ao invés de Scheilla, saía Ceila. Passados alguns dias ele disse:

- Minha irmã acabou de desencarnar. Foi vítima de bombardeio da aviação. Ela e meu pai desencarnaram.

Dias depois, para agradável surpresa da equipe, materializou-se uma jovem loura e disse:

- Eu sou Scheilla.

Foi muita alegria! Os irmãos ficaram cheios de júbilos espirituais.

Tem-se notícias apenas de duas encarnações de Scheilla: uma na França, no século XVI, e a outra na Alemanha, onde desencarnou em 1943 (como Scheilla). Na existência francesa, chamou-se Joana Francisca Frémiot, nascida em Dijon, a 28/01/1572 e desencarnada em Moulins, a 13/12/1641. Ao entrar na história, ficou mais conhecida como Santa Joana de Chantal (canonizada em 1767) ou Baronesa de Chantal. Casou-se aos 20 anos com o barão de Chantal.

Tendo muito cedo perdido seu marido, abandonou o mundo com seus 4 filhos, partilhando o seu tempo entre as orações, as obras piedosas e os seus deveres de mãe. Em 1604, tendo vindo pregar em Dijon, o bispo de Genebra, S. Francisco de Salles, submeteu-se à sua direção espiritual. Fundaram em Annecy a congregação da Visitação de Maria (1610), que contava, à data de sua morte, com 87 conventos e, no primeiro século, com 6.500 religiosos. A baronesa de Chantal dirigiu, como superiora, de 1612 a 1619 a casa que havia fundado em Paris, no bairro de Santo Antônio. Em Paris, instalaram-se em pequena casa alugada em bairro pobre. Passaram por grandes necessidades, mas a Ordem da Visitação (de Paris) foi aumentando e superou as dificuldades. Em 1619, São Vicente de Paulo ficou como superior do Convento da Ordem da Visitação. Santa Joana de Chantal deixou o cargo de superiora da Ordem da Visitação e voltou a Annecy, onde ficava a casa-mãe da ordem. A Santa várias vezes tornou a ver São Vicente de Paulo, seu confessor e diretor espiritual.

É um espírito esplendoroso pela luz que esparge, e sua presença é notada por ondas perfumadas que imprime ao local.

Ela era enfermeira e trabalhava no socorro às vítimas da Segunda Guerra Mundial.

Sua morte aconteceu aos 28 anos em decorrência do mais violento ataque aéreo em julho ou agosto de 1943, na cidade de Hamburgo, no campo de batalha, enquanto socorria os feridos.

Depois disso, o espírito de Scheilla vinculou-se a grupos espirituais que atuam em nome de Jesus.

A característica do seu trabalho é na área humana, assistindo aos doentes.

Livros de Irmã Scheilla:

"A mensagem do dia" - de Scheilla para você, Autor: Clayton B. Levy
"Novas mensagens" - de Scheilla para você, Autor: Clayton B. Levy
"Materializações Luminosas", Autor: R. A. Ranieri.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

INDALÍCIO MENDES


1901 – 1988

Em Leopoldina, Minas Gerais, em 23 de maio de 1901, nascia Indalício Hildegárdio Mendes. Filho de Maria Lídia da Rocha Mendes e Cristóvão José Mendes, teve como irmãos Otília, Iremarco e Dulcina.

Gêmeo de sete meses, foi criado nos primeiros dias de vida em uma caixa de sapatos, envolto por algodão, para que sobrevivesse. Seu irmão não teve a mesma sorte. Com aparência franzina, muito claro, de olhos muito azuis, sua saúde sempre inspirava cuidados, que eram tratados com desvelo, primeiro por sua mãe, depois por sua dedicada esposa.

Com um mês de vida, Indalício veio com sua família para o Rio de Janeiro. Foram morar no bairro de São Cristóvão.

Autodidata, cursou até o ginasial, quando começou a trabalhar para ajudar a família, empregando-se na firma White Martins, onde criou o logotipo "estrela verde", usado até hoje. Fez carreira, chegando à posição de Diretor da Seção de Propaganda, e de lá saiu apenas para se aposentar.

Desde pequeno apresentava gosto pela leitura, que o acompanhou por toda a vida, resultando disso uma invejável ilustração e aprofundada cultura, abrangendo os mais variados ramos e temas do conhecimento humano. Versado em línguas estrangeiras, lia com facilidade obras em inglês, francês, italiano e espanhol.

Em sua biblioteca de centenas de livros, deixou nas margens dos mesmos preciosos comentários e observações, que enriquecem os textos.

Indalício conheceu Nadir, sua esposa, no Rio de Janeiro. Foi em 1925, no dia 24 de dezembro, na igreja de São Salvador, em Campos, que receberam a benção nupcial. Desta união nasceram Myrian Neide e Spencer Luiz, que lhes deram sete netos e quatro bisnetos.

Foi depois de uma pneumonia, na década de 40, que começou sua busca espiritual. Luís Fernandes da Silva Quadros, tio de sua esposa e membro da Federação Espírita Brasileira, convidou-o a conhecer a doutrina e a Casa de Ismael, despertando-o para o caminho novo que surgia. Indalício passara anteriormente pelas ideias materialistas, marxistas e simpáticas a Herbert Spencer, de que teve a inspiração para dar o nome a seu filho.

Na Casa Máter, dedicou-se principalmente ao estudo das obras da Codificação de Allan Kardec, e "Os Quatro Evangelhos", de Roustaing. Em 1943, foi empossado como Secretário de "O Reformador", revista oficial da FEB. Foi com o Artigo de fundo "Libertação pelo Evangelho", publicado em março de 1944, que Indalício iniciou sua colaboração em "O Reformador". Mais de seiscentos artigos se sucederam ao longo de 32 anos.

Deu também sua colaboração durante quatro anos na Comissão de Assistência da FEB, sendo ali companheiro de trabalho de Luís Quadros.

Em 1953 entrou para o Conselho Federativo Nacional, como representante da Federação Espírita Paraibana e em 1956 foi eleito membro efetivo do Conselho Superior da FEB.

Indalício Mendes foi autor do "árduo" estudo comparativo das obras literárias de Humberto de Campos - Homem - e Humberto de Campos - Espírito, conforme consta em "Duas Palavras", do livro "A Psicografia ante os Tribunais". Este trabalho reuniu toda a documentação necessária à defesa de Chico Xavier e da FEB, entregue a Miguel Timponi.

Em 1975 foi eleito Vice-Presidente da FEB, mas daí por diante, suas forças começaram a declinar e sua presença era solicitada ao lado de sua dedicada esposa. Deixou o Conselho Federativo Nacional, o qual servira por 23 anos. Foi desativando aos poucos, deixando a vice-presidência em 1978. Mas, até a sua desencarnação, permaneceu como redator de "O Reformador" e Assessor da Presidência.

De sua personalidade, lembramos a alegria. Tinha o humor incrível que caracteriza os homens de gênio. Gostava de ouvir música. Nas reuniões familiares, dançava e até sapateava, sempre sob o sorriso amigo da esposa Nadir, que o acompanhava, formando um casal exemplar.

Esportivo, na mocidade chegou a lutar box. Tinha o pescoço um pouco inclinado, dizia ele, por ter recebido um golpe desastrado.

Admirava o futebol, e sobre esse assunto assinou durante muitos anos uma coluna intitulada "Pra ler no bonde", no "Diário de Notícias", utilizando o pseudônimo de "José Brígido". Foi membro da diretoria do Fluminense Futebol Clube, no cargo de 2º Secretário.

Voz fraca, quase inaudível, foi pela escrita que fez a divulgação de seu conhecimento. De sua pena saíram contos, alguns de inspiração oriental; versos; tinha sempre palavras escritas para lembrar alguma ocasião como aniversários, casamentos, etc..., e gostava de presentear com livros que levavam sempre dedicatórias gentis e doutrinárias. Usou vários pseudônimos: "José Brígido", já citado; "Túlio Tupinambá", "Vinélius Di Marco", "Boanerges da Rocha", "Tasso Porciúncula", "I. Salústio", "Percival Antunes", "Tibúrcio Barreto", "Jesuíno Macedo Jr.", "A. Pereira", "Tobias Mirco", "Gonçalo Francoso", "Damasceno", "X.Z" e outros.

Trabalhou em vários jornais, dentre eles "A Gazeta de São Paulo", "A Tribuna da Imprensa", "O Rio Esportivo" e "O Diário de Notícias", do qual foi um dos fundadores ao lado do jornalista Orlando Dantas, em 1930. Tornou-se jornalista profissional, tendo ocupado na ABI, Associação Brasileira de Imprensa, o cargo de Diretor do Setor de Relações Sociais e Humanas, do Departamento de Assistência Social.

Somado a tantas atividades, exerceu o cargo de Assistente de Plenário do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro.

Por volta de 1963, pouco depois de sua fundação, ingressou na "Casa de Recuperação e Benefícios Bezerra de Menezes". Fundou em 1965, junto com o seu Orientador Geral, Azamor Serrão, o seu órgão de divulgação doutrinária, "O Cristão Espírita", de distribuição gratuita, dirigindo-o até a sua desencarnação. Indalício Mendes foi também membro do Conselho Deliberativo da Casa desde a criação deste último, a 18 de novembro de 1967, exercendo essa função até o seu regresso à Pátria Espiritual.

Nos últimos anos de sua vida "O Cristão Espírita" já lhe custava extremado esforço.

As forças diminuíam dia a dia, e não encontrava quem o pudesse substituir. Escrevia à mão, pois não conseguia mais usar a máquina de escrever. Muitas vezes pensava até em desistir, mas o estímulo de amigos levou-o a continuar.

Seu último e precioso trabalho foi sobre "O Corpo Fluídico de Jesus", que não chegou a ser publicado. Sua vivência no Espiritismo foi cercada de inúmeros obstáculos. Acordava às quatro horas da madrugada para poder estudar e escrever, inclusive "O Cristão Espírita".

Em 1974 o casal comemorou 50 anos de casados, "Bodas de Ouro".

Em 25 de agosto de 1984 desencarnou sua esposa Nadir. Ficou um grande vazio na vida de Indalício.

A 13 de maio de 1988, Indalício partiu para a espiritualidade. Frágil como uma luz de vela prestes a apagar, na Casa de Saúde Santa Lúcia, em Botafogo. Justo no dia 13 de maio, dia da libertação dos escravos, Indalício libertou-se do jugo carnal. A vibração na capela do São João Baptista, onde seus restos mortais repousavam, era amena, tranquila. Sentia-se a presença de seu espírito.

Indalício Mendes deixou um rastro de luminosidade na Terra, pela intensidade e dignidade da vida que viveu. Por isso, nós o chamamos, também, "Sal da Terra...".

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

domingo, 1 de julho de 2018

INÁCIO FERREIRA DE OLIVEIRA


1904 – 1988

Inácio Ferreira de Oliveira nasceu em Uberaba em 15 de abril de 1904.

Filho de Jacinto Ferreira de Oliveira e de Maria Lucas de Oliveira, foi casado com Aparecida Valicenti Ferreira e não teve filhos.

Dr. Inácio, grande amigo não só do médium Chico Xavier, formou-se pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, então Universidade do Brasil, clinicando na terra natal.

Observou, sem ideia preconcebida, os diferentes fatos neuropsíquicos relacionados com os enfermos internados no Sanatório Espírita de Uberaba, do qual seria diretor clínico por mais de cinco décadas, tendo verificado a eficácia da terapia espírita para a cura de distúrbios mentais e obsessivos. Nesse trabalho, a notável médium Maria Modesto Cravo (mais conhecida como dona Modesta), o competente enfermeiro chefe, Sr. Manoel Roberto da Silva, além de outros cooperadores, lhe foram de inestimável valia.

Ainda encarnado, Inácio publicou dois livros de Psiquiatria à luz do Espiritismo: Novos Rumos à Medicina (2 volumes); Psiquiatria em Face da Reencarnação. Ambos foram reeditados pela Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP).

Foi, porém, após seu desencarne, que esse grande médico se revelou mais prolífico. Eis as obras que ditou ao médium psicógrafo Carlos Antônio Baccelli, de Uberaba: Sob as Cinzas do Tempo (que possui uma edição em espanhol, Bajo las Cenizas del Tiempo), Editora Didier; Do Outro Lado do Espelho, idem; Por Amor ao Ideal, idem; A Escada de Jacó, Livraria Espírita Edições Pedro e (LEEPP); Na Próxima Dimensão, idem; Infinitas Moradas, idem; Fala, Dr. Inácio!, idem; Fundação "Emmanuel", idem; No Limiar do Abismo, idem; Obsessão e Cura, Editora Didier. Já A Força da Mente (IDE Editora), psicografado por Heigorina Cunha, foi prefaciado por Inácio e por outro abnegado Espírito que também foi médico na Terra, Bezerra de Menezes.

Não foi, contudo, só no plano intelectual que esse grande médico se mostrou produtivo.

Em 1 de maio de 1949, criou o Lar Espírita, instituição fraterna de amparo e educação para meninas desvalidas, com a participação da União da Mocidade Espírita de Uberaba.

Inácio foi sempre uma pessoa polêmica, inclusive (ou talvez principalmente) entre os próprios espíritas, por jamais ter aberto mão de dizer o que pensava, doesse a quem doesse.

Não era rude, tampouco hipócrita. Inácio Ferreira desencarnou em 27 de setembro de 1988.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de junho de 2018

INÁCIO BITTENCOURT


1862 - 1943

Nascido a 19 de abril de 1862, na Ilha Terceira, Arquipélago dos Açores, Freguesia da Sé de Angra do Heroísmo (Portugal), e desencarnado no Rio de Janeiro a 18 de fevereiro de 1943.

Em plena juventude, emigrou para o Brasil, sem alimentar ideia de enriquecimento, mas buscando um ideal que sua intuição afirmava poder encontrar em sua segunda pátria.

Sem qualquer proteção ou amparo, desembarcou no Rio de Janeiro, sozinho e com irrisória quantia no bolso. Entretanto, já era um jovem de caráter sério e de grandes dotes morais.

Inácio Bittencourt foi um desses abnegados, que só se alegravam com a alegria do seu semelhante. Por isso foi aquinhoado com a mediunidade natural, que geralmente depende da evolução espiritual do indivíduo. Ela surgiu espontaneamente, sem qualquer esforço de planejamento, como um imperativo da essência de sua alma boa e sempre disposta à prática do bem.

Aos vinte anos de idade inteirou-se da verdade espírita. Bastante enfermo e desesperançado, foi levado à presença de um médium chamado Cordeiro, residente na Rua da Misericórdia, no Rio de Janeiro, e, graças ao auxílio espiritual recebido, teve a sua saúde completamente restabelecida. Inconformado com a rapidez da cura, voltou e indagou do médium: "Não sendo o senhor médico, não indagando quais eram os meus padecimentos e não me tendo auscultado ou apalpado qualquer um dos órgãos, como pôde curar-me?"

E a resposta veio incontinenti: "Leia "O Evangelho Segundo o Espiritismo" e "O Livro dos Espíritos". Medite bastante e neles encontrará a resposta para a sua indagação".

Bittencourt seguiu o conselho e, desde logo, com grande surpresa e naturalidade, se apresentaram nele algumas faculdades mediúnicas. Descortinando novos horizontes, rompido o véu que impedia que conhecesse novas verdades, integrou-se resolutamente na tarefa de divulgação evangélica e de assistência espiritual aos mais necessitados.

Bem cedo, com trinta anos de idade, sua personalidade alcançou grande destaque nos meios espíritas e mesmo fora deles. Poderia ter alcançado culminância na política, desde que aceitasse a indicação de seu nome para uma chapa de deputado, uma vez que era apoiado por vários senadores da República. Sua vitória na eleição não sofreria dúvida. Porém, sempre humilde, fugindo aos movimentos alheios à caridade, preferiu viver no seu mundo, no qual reinava a figura exponencial e amorosa de Jesus Cristo.

Fundou a 1º de maio de 1912, e dirigiu-o durante mais de trinta anos, o semanário "Aurora", que se tornou conhecido e apreciado veículo de divulgação doutrinária. Sob sua presidência foi fundado em 1919 o "Abrigo Tereza de Jesus", tradicional obra assistencial até hoje em pleno funcionamento, com larga soma de benefícios a crianças desamparadas, de ambos os sexos.

Fundou o Centro Cáritas, juntamente com Samuel Caldas e Viana de Carvalho, presidindo-o até a data da sua desencarnação. Tomou parte ativa na fundação da "União Espírita Suburbana" e do "Asilo Legião do Bem", que acolhe vovozinhas desamparadas. Durante alguns anos exerceu também a Vice-Presidência da Federação Espírita Brasileira, presidiu o "Centro Humildade e Fé", onde nasceu a "Tribuna Espírita", por ele dirigida durante alguns anos.

A mediunidade receitista e curadora de Inácio Bittencourt mereceu diversas opiniões. Algumas vezes chegou a ser processado "por exercício ilegal da medicina", mas sempre foi absolvido. Em 1923 houve um acordão importante do Supremo Tribunal Federal, a respeito.

Certa vez, no Centro Cáritas, ao ensejo de uma prece, ouviram-se na sala, de forma bastante nítida, acordes de um violino. O artista invisível executava estranha e belíssima melodia, envolvendo a todos em profunda emoção.

Bittencourt, então, salientou que aquela audição representava magnânima manifestação da graça de Jesus Cristo, permitindo que chegasse ao grupo o de que mais ele necessitava, para compreender a ressonância de uma prece sincera no plano divino.

Manifestações dessa natureza não eram raras no Centro Cáritas, possibilitando sempre vibrações amorosas dos encarnados, protegidas pelos Mentores Espirituais, de maneira que essas forças ali chegavam para as sensibilizantes demonstrações de afeto e carinho.

Não foi somente como médium receitista e curador que Inácio Bittencourt granjeou a notoriedade, a estima e a admiração de todos, mas igualmente como médium apto a receber do Alto maravilhosa inspiração que, durante larga fase do seu mediunato, se manifestou notória e admirável, sempre que ele assomava às tribunas doutrinárias, principalmente à da Federação Espírita Brasileira, a cujas sessões de estudos comparecia com bastante assiduidade.

Embora não fosse dotado de cultura acadêmica, escrevia artigos doutrinários de forma surpreendente, e fazia uso da palavra em auditórios espíritas de forma bastante eloquente. O simples fato de dirigir um jornal de grande penetração como o foi "Aurora", demonstra a fibra e o valor desse seareiro incomparável e incansável.

Com 80 anos de idade, retornou à pátria espiritual, após lenta agonia. Dias antes da sua desencarnação, com a coragem e a serenidade de um justo, ditara para os seus familiares os termos do convite para os seus funerais: "A família Inácio Bittencourt comunica o seu falecimento. A pedido do morto, dispensam-se flores". Dona Rosa, sua bondosa companheira, ponderou: "Você amontoou flores na vida terrena, e essas flores virão agora engalanar a sua vida espiritual". O velho seareiro, dando, mais uma vez, prova admirável da capacidade de transigência do seu Espírito altamente evoluído, aquiesceu: "Está bem. Concordo com você e aceito as flores. Elas significarão a simpatia e o afeto de bondosos amigos para com o meu Espírito. Mas desejo que se transformem na derradeira homenagem que presto a você, nesta encarnação, ofertando-lhas logo após recebê-las. Nosso filho Israel se encarregará de proceder à oferenda".

Inácio Bittencourt foi um exemplo vivo de virtudes santificantes. A todos os golpes de malquerença e a todos os gestos de ofensa, sempre replicava com sorriso e perdão. Soube sempre ser tolerante e compreensivo para com aqueles que o criticavam. Levou sempre a assistência material e espiritual a todos aqueles que dela necessitavam, fazendo com que sua ação fecunda e benfazeja se baseasse sempre nos lídimos preceitos evangélicos, pois, como poucos, ele soube viver e praticar os ensinamentos do Meigo Rabi da Galiléia.

Falando com clareza e simplicidade, esforçou-se sempre em desvendar, para os seus semelhantes, o véu que oculta as verdades eternas que os homens chamam de mistérios divinos. Caminhou sempre sem protestos ou lamentações. Que a vida bem vivida desse grande propagador do Espiritismo possa nos servir de bússola a fim de nos orientar nos momentos de vacilações e de tribulações.

As curas operadas através da mediunidade de Inácio Bittencourt foram das mais marcantes. Inúmeros casos, que eram considerados perdidos pela medicina oficial, foram resolvidos pela sua interferência, tornando-se assim um ponto de convergência para os sofredores de todos os matizes.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

terça-feira, 1 de maio de 2018

ILVA TAVARES DE OLIVEIRA


1897 – 1980

Nasceu em Salvador, Bahia em 27 de dezembro de 1897 e desencarnou no Rio de Janeiro em 01 de outubro de 1980.

Teve problemas sérios com seu marido, analfabeto e rico, que se opunha em custear os estudos de quatro filhos.

Foi uma das fundadoras do Amparo Teresa Cristina, no Riachuelo (RJ).

Dedicou-se ao trabalho de assistência aos detentos, aos hansenianos, tendo fundado e dirigido a Escolinha Espírita Frei Fabiano de Cristo, que funcionou na Avenida Presidente Vargas.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

domingo, 1 de abril de 2018

IDIBALDO ARAÚJO


1881 – 1972

Idibaldo Araújo, mais conhecido como "vovô de Macaé", nasceu no dia 13 de agosto de 1881, em Jequibá no Rio de Janeiro.

De família muito pobre, seu ideal era ser músico, iniciando o aprendizado musical aos 08 anos, infelizmente abandonado aos 10, em virtude de ter que ajudar na manutenção de seus pais. Na juventude, iniciou novo aprendizado e com apenas 08 aulas, já executava ao pistom músicas de sua predileção. Por deficiência visual, teve que abandonar os estudos, porém, passou a tocar sanfona de ouvido.

Casou-se em 1909, com Guilhermina, sendo pai de 12 filhos.

Em 1914, tomou conhecimento da Doutrina Espírita, desempenhando grandes tarefas no campo doutrinário e assistencial.

Desabrochou a faculdade mediúnica curadora e receitista, distribuindo receituário homeopático por vias da inspiração. Comprava os remédios com os seus próprios recursos e distribuía gratuitamente à pobreza que ocorria em busca da melhoria de saúde e, com seus remédios, a cura não se fazia esperar.

Em Macaé, passou a trabalhar no Grupo Espírita Pedro, desenvolvendo ali, grandes trabalhos de ajuda aos necessitados. Foi ele responsável pela construção do Lar de Maria, juntamente com José Soares Garcia e um grupo de trabalhadores. Instalou uma moenda de cana no centro da cidade, angariando recursos para a grandiosa obra, cujo estabelecimento, transformado numa lanchonete, mantendo o Lar das Crianças.

Poeta inspirado, escreveu belas poesias e canções espiritualizadas. Letra e música, que bem revelam a pureza de seus sentimentos e sensibilidade artística. Idibaldo Araújo, "Vovô de Macaé", deixou imorredouras saudades, retornando ao plano espiritual em 14 de abril de 1972, aos 91 anos.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de março de 2018

ILDEFONSO DA SILVA DIAS


1880 – 1976

Desencarnou em 07 de julho de 1976, em Porto Alegre, tendo nascido na mesma cidade em 26 de fevereiro de 1880.

Engenheiro civil exerceu várias atividades na administração do Estado.

Nas atividades espíritas foi um dos fundadores e Presidente da FERGS. Fundou a revista Reencarnação.

Foi um grande trabalhador da seara espírita no Rio Grande do Sul, participando de Congressos e exposições em diversas instituições.

Em janeiro de 1922, foi o orador oficial na inauguração da Sociedade Espírita Paz e Amor, oportunidade em que assumiu a Presidência o confrade Angel Aguarod, espírita espanhol vinculado ao Espiritismo no Brasil.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

IAN STEVENSON

1918 - 2007

Desencarnou no dia 8 de fevereiro de 2007, na cidade de Charlottesville, no Estado norte-americano da Virgínia, aos 88 anos de idade, o médico psiquiatra Ian Stevenson.

Nascido em 31 de outubro de 1918, em Montreal, Canadá, tornou-se mundialmente conhecido pelas pesquisas que desenvolveu sobre a reencarnação, às quais dedicou mais de 30 anos de sua vida, viajando pelo mundo para estudar e catalogar casos que evidenciassem a volta do Espírito à Terra num novo corpo.

Como resultado de seus esforços, Stevenson publicou diversos livros, como "Vinte casos sugestivos de reencarnação" (Twenty Cases Suggestive of Reincarnation), lançado em 1966 e vertido para o português, para o qual catalogou mais de 600 casos de lembrança espontânea.

Além desse, há outros títulos, em inglês, em que relata dezenas de casos que colheu em países como Índia, Sri Lanka, Líbano, Turquia, Tailândia e Burma.

Um dos seus interessantes estudos, ainda não publicado em português, mostra, em 2.300 páginas, como as chamadas marcas de nascença podem servir de indício da reencarnação. O estudo é intitulado "Reincarnation and Biology: A contribution to the Etiology of Birthmarks and Birth Defects" (Reencarnação e Biologia: uma contribuição à etiologia das marcas de nascença e defeitos de nascença).

Ian Stevenson vivia nos Estados Unidos, onde por 34 anos dirigiu o Departamento de Psiquiatria e Neurologia da Escola de Medicina da Universidade de Virgínia. Atualmente, estava à frente da Divisão de Estudos da Personalidade, daquela universidade, a qual colocou em sua página na internet uma nota homenageando seu célebre professor.


Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

IDALINDA DE AGUIAR MATTOS

1913 – 1999

Retornou à espiritualidade no dia 22 de janeiro de 1999, no Hospital da Beneficência Portuguesa, no Rio de Janeiro, a confreira Idalinda de Aguiar Mattos. No dia 31 de Dezembro de 1998, foi hospitalizada em consequência de fratura do fêmur. Estava passando bem, pronta para regressar ao lar, quando sofreu uma embolia cerebral, e desencarnou.

Nasceu no dia 12 de outubro de 1913, na cidade do Rio de Janeiro, filha de Joaquim Ferreira de Aguiar e D. Isabel Rosa Brandão de Aguiar.

Realizou apenas o Curso Primário. Autodidata, alcançou invejável cultura, tornando-se escritora e jornalista.

Seu esposo. Armando de Oliveira Silva Mattos, a precedeu no retorno à Espiritualidade. Tiveram apenas um filho, Armando de Aguiar Mattos, médico, já desencarnado. Criou vários filhos adotivos, deixou dois netos, Mônica e Alexandre.

Apesar de filha e neta de espíritas, ainda muito jovem optou pelo Catolicismo. Tornou-se espírita, no entanto, graças à sua mediunidade, se manifestando em 1931, quando passou a frequentar um grupo familiar.

Em 1934 (já casada), morando em Nova Iguaçu, iniciou seus estudos doutrinários com o Prof. Leopoldo Machado, e juntamente com Marilia Barbosa foi uma das fundadoras da Associação Espírita “Seara de Jesus”, em Nilópolis; depois, ainda com Marilia e Leopoldo, fundou o “Lar de Jesus”, para meninas órfãs, assumindo a Secretaria; em 1941, foi eleita Vice-Presidente do G. E. “Bezerra de Menezes”, no Irajá; nesse mesmo ano fundou a Instituição “Cooperadoras do Bem Amélie Boudet”, com Jaime Rolemberg de Lima, em Vila Isabel. A finalidade era levar o Evangelho aos detentos e amparar suas famílias. Em 1947, Aurino Barbosa Souto convocou-a para dirigir, na Liga Espírita do Brasil, o Departamento de Educação, tomando a responsabilidade de criar Aulas de Moral Cristã, em diversas Casas Espíritas, para crianças de 04 a 12 anos.

De 1956 a 1988 criou 16 Escolas Espíritas nas Unidades Prisionais do Rio de Janeiro, duas das quais, uma em Cuiabá, MT, e outra em Pelotas, RS.

Médium consciente de seus deveres, possuía as faculdades psicofônica, psicográfica, auditiva e cura. Era muito inspirada em suas palestras. Escreveu quatro livros: Fatos e Comentários, A Mulher no Lar e na Sociedade, Conversando com Você, e Curas Através da Ectoplasmia. Publicou ainda diversos opúsculos e livretos, inclusive depoimentos de diversas pessoas beneficiadas em reuniões mediúnicas.

Com Deolindo Amorim, Antônio Paiva Melo, Ruth Sant´Anna, J. Alves de Oliveira, Alberto de Souza Rocha e outros, foi uma das fundadoras da ABRAJEE – Associação Brasileira de Jornalistas e Escritores Espíritas.

Foi membro do Conselho Superior da Liga Espírita do Brasil, do Solar Bezerra de Menezes e da Fundação Cristã Espírita “Paulo de Tarso”, mantenedora da Radio Rio de Janeiro.

Espírita abnegada, sincera em todas as suas iniciativas, formou um vasto círculo de amizades e de admiradores da sua obra. Idalinda de Aguiar Mattos difundiu o Espiritismo por todos os meios e formas. Podemos afirmar que ela teve uma vida missionária.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.