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quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

UMBERTO BRUSSOLO

1877 - 1938

Nascido em Veneza Itália, no dia 30 de junho de 1877, veio para o Brasil em 1889. Sua desencarnação ocorreu em São Paulo, no dia 8 de setembro de 1938.

Numerosos seareiros espíritas das primeiras horas, embora tivessem desempenhado tarefas relevantes, tiveram seus nomes esquecidos pelos homens, entretanto, é indubitável que nos planos espirituais, as missões que desenvolveram na Terra ficassem registradas de forma indelével.

Dentre esses missionários houve um que, durante mais de um quarto de século, desenvolveu em São Paulo, missão de grande envergadura, fazendo com que seu nome se projetasse e se impusesse ao respeito e à admiração de todos. Ele foi amigo e companheiro de luta de velhos propagadores e eminentes vultos do Espiritismo, dentre outros Caírbar Schutel, Militão Pacheco, Lameira de Andrade, Jacques Motolá e Pedro de Camargo (Vinícius).

Referimo-nos a Umberto Brussolo, um italiano que escolheu o Brasil como sua segunda pátria e que aqui se integrou resolutamente, de corpo e alma, dando o testemunho de sua fé inquebrantável na elevada destinação do nosso país, como Coração do Mundo e Pátria do Evangelho.

Umberto Brussolo casou-se no ano de 1897 com D. Maria Peruchi, tendo dessa união seis filhos. Ele encarava a arte como eficiente meio de divulgação do Espiritismo e, por isso, tornou-se, artista teatral que era, um entusiasta do Teatro Espírita, escrevendo peças, orientando e preparando atores e dirigindo as apresentações. Ele próprio idealizava os cenários, levando avante as várias peças teatrais, projetando seu nome nesse campo de atividade. Muitas sociedades que realizavam festivais de fundo teatral, procuravam Brussolo para que lhes recomendasse o gênero de peça mais adequado para a finalidade.

Não satisfeito em militar nesse campo, também contribuiu para melhor divulgação da imprensa espírita, principalmente através da difusão de "O Clarim" e da "Revista Internacional de Espiritismo", ambos fundados por Caírbar Schutel. Nesses órgãos, além de ensaiar a publicação de vários artigos doutrinários, promovia também a divulgação dos mesmos, levando-os a numerosos lares da Capital paulista, os quais, devido à sua insistência e idealismo, passavam a interessar-se pela Doutrina dos Espíritos. Através do seu esforço inaudito, grande número de pessoas passou a frequentar Centros e Sociedades Espíritas.

Sua iniciação no Espiritismo remonta ao ano de 1910, quando iniciou os estudos de várias obras doutrinárias existentes na época. A fim de poder dedicar-se com mais eficiência à divulgação do Espiritismo e à sua própria família, abandonou a carreira de artista teatral.

Em 1917 fundou o "Centro Espírita Luz e Caridade", instituição essa que existe até os dias presentes, sendo sucessivamente dirigida pelos seus descendentes. Trabalhou e lutou bastante, foi na realidade um grande e dedicado servidor da Terceira Revelação, numa época quando ela era bastante incompreendida e vista por muitos com grande reserva.

Como representante dos órgãos espíritas de Matão, enchia sua pasta de jornais, revistas e livros doutrinários e percorria os bairros da Capital paulista e cidades circunvizinhas, fazendo persistente campanha de difusão da doutrina reencarnacionista.

Como dramaturgo, escreveu diversas peças de fundo nitidamente espírita, muitas delas levadas à cena para fins beneficentes. Ele mesmo preparava os personagens das peças. Destacaram-se, dentre outros, os seguintes dramas: "Ressurgir de uma Alma", "Os Mortos Falam", "Maria das Dores" e "Quinze Minutos de Prece". Uma quantidade apreciável de peças de sua autoria foi encenada em São Paulo e Moji das Cruzes.

Diligente, honesto e espírito dedicado, Umberto Brussolo conseguiu formar vasto círculo de amizade sincera e de admiradores de sua obra. Possuindo notável capacidade de comunicação, tornou-se amigo de todos e a sua presença era requisitada em muitos Centros Espíritas, onde tinha a oportunidade de difundir o Espiritismo, fazendo conferências e, sobretudo incentivando a arte, através de um sadio Teatro Espírita.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

ROMEU DO AMARAL CAMARGO

1882 – 1948

Romeu do Amaral Camargo encarnou na cidade de Rio Claro, Estado de São Paulo, aos 02 de Fevereiro de 1882, desencarnando na cidade de São Paulo em 10 de Dezembro de 1948, à 19,45 horas, quando datilografava uma carta ao presidente da Federação Espírita Brasileira, com o qual amiudadamente mantinha correspondência.

Foi um grande vulto espírita não só do Estado bandeirante, como de todo o Brasil.

Autor de várias obras, todas escritas em lídimo vernáculo e em perfeita sintonia com o Evangelho, afirmou-se um dos mais proeminentes líderes do Espiritismo Cristão, cuja palavra autorizada era recebida e acatada por todos os espíritas do “Coração do Mundo”.

Fez o curso primário com professores particulares. Formado pela antiga Escola Complementar, anexa à Escola Normal da capital de São Paulo, ingressou no magistério público em 1903, tendo exercido vários cargos de carreira, entre eles o de adjunto do Grupo Escolar de Limeira e do Grupo Escolar do Bom Retiro da capital paulista, inspetor de ensino em Limeira, professor da Escola Normal do Brás, na capital, diretor do Grupo Escolar Campos Sales, com mais de 3.000 alunos.

Bacharelou-se, no ano de 1915, em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo, exercendo a advocacia de 1917 a 1929. Jornalista e escritor; colaborou em diversos órgãos da imprensa diária, tanto da capital, como do interior do Estado de São Paulo. Conhecia bem o francês e o latim.

Católico de nascimento converteu-se ao Protestantismo em 1901. Membro professo desde 1902 foi eleito e ordenado diácono em 1913, pela 1ª. Igreja Presbiteriana Independente da capital de São Paulo, cuja assembleia era constituída de mais de 800 membros, sob o pastorado do Revmo. Eduardo Carlos Pereira, o grande tribuno evangélico e notável gramático. Oficial da Igreja desde Julho de 1909, ocupou o púlpito de quase todas as igrejas evangélicas da capital paulista e o de muitas outras cidades do interior, excetuadas as igrejas anglicana e luterana.

Em seu benéfico trabalho dentro do Protestantismo, escreveu um folheto de leitura muito edificante, intitulado - História da Conversão de Um Criminoso -, para ser distribuído entre os detentos nos presídios de São Paulo. A 1ª e 2ª. Edições dessa magnífica brochura saíram respectivamente em 1913 e 1916, num total de 10.000 exemplares, feitas ambas pela igreja protestante a que o autor pertencia.

Estudando sempre a Bíblia, e de par com o estudo subsidiário de obras exegéticas e mesmo teológicas, eis que os seus 22 anos de experiência religiosa, no moralizado meio evangélico ou protestante, não lhe apagaram a dúvida acerca da cristianidade dos dogmas da “predestinação divina” e da “eternidade das penas”.

Em 1923, foi-lhe dado encontrar novas luzes nas páginas do Evangelho: as obras de Allan Kardec esclareceram-lhe lógica e racionalmente aqueles pontos obscuros. Dissiparam-se no estudioso as dúvidas, as sombras, as dificuldades que ofuscavam o sentido claro, cristalino, da palavra de Jesus!

Definitivamente atraído para a Doutrina dos Espíritos, Romeu Camargo se ausentou da sua igreja, fazendo essa ausência que alguns pastores o fossem visitar e procurassem arredá-lo do Espiritismo. Tudo em vão, porém. Em 21 de Fevereiro de 1925, ele foi convidado a comparecer a uma sessão da Igreja Presbiteriana Independente. Presidiu à sessão (espécie de Sinédrio), o Revmo. Othoniel Motta, eminente teólogo, catedrático de português no ginásio do Estado, em Campinas, e conhecido filólogo. Feita a “acusação” pelo secretário da sessão, teve a palavra o “acusado”, que, durante duas horas e meia, produziu a sua defesa, apreciando a doutrina de Jesus, firmado no Evangelho.

A 1º. de Junho de 1925, Romeu Camargo publicava em “Reformador” a sua confissão pública de adesão ao Espiritismo. Ele o fez com o artigo - Aos Pés do Mestre -, em resposta a um que o pastor evangélico Isaac Gonçalves do Vale, seu ilustrado amigo, estampara no “Estandarte”, órgão da Igreja Presbiteriana Independente.

Convicto das verdades contidas nas obras fundamentais do Espiritismo, o Prof. Romeu do Amaral Camargo tornou-se animoso pregador do seu aspecto moral-evangélico, tendo tomado parte, de modo intensivo, em várias Instituições, e escrito quatro obras notáveis, que enriqueceram as bibliotecas espíritas: “Protestantismo E Espiritismo à Luz do Evangelho”, “De Cá e de Lá”, “Salvação pela Fé ou Pelas Obras?” e “Um Só Senhor”. Todas elas constituem vibrante defesa do Espiritismo, a refutarem as objeções levantadas contra a parte doutrinária, citando-se, entre os refutados, o Bispo de Pouso Alegre e o psiquiatra Doutor Pacheco e Silva. Essas obras são, sobretudo, verdadeiro repositório de ensinamentos e esclarecimentos.

Romeu Camargo escreveu nos mais importantes órgãos da imprensa espírita brasileira, máxime no “Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira. Suas páginas evidenciam extenso e profundo saber das Escrituras Sagradas, aliado a vastos conhecimentos sobre Filosofia e Religião.

Foi presidente da União Federativa Espírita Paulista, na época a principal sociedade espírita bandeirante. Posteriormente, em 1936, tornou-se o 1º. Secretário da recém-fundada Federação Espírita do Estado de São Paulo.

Contribuiu para a fundação da Rádio Piratininga - PRH-3, a primeira “estação dos espíritas”, isto em 30 de Março de 1940. Dessa Rádio, hoje extinta, foi ele diretor-tesoureiro.

Durante vários anos foi o redator-secretário da revista - “Verdade e Luz”, fundada pelo popular espírita Batuíra, revista hoje desaparecida, conceituadíssima em todo o Brasil e até no estrangeiro.

Em 1937, escreveu-lhe o Espírito Emmanuel através do lápis de Francisco Cândido Xavier: “Continue na sua bela missão de levar a luz espiritual do Evangelho pelos caminhos ensombrados da Terra”. E o Dr. Romeu continuou, realmente, nesse trabalho edificante até o fim de sua jornada terrena, levando-o a dizer, em 1943: “Educado na Igreja Evangélica Presbiteriana, onde realizei minha formação espiritual, penso ainda como todos os protestantes: o que me interessa é pôr em prática o Evangelho de Nosso senhor Jesus-Cristo; o que me interessa, desde junho de 1901, é a palavra do Mestre Divino, que é tocha resplandecente para meus pés e luz para meus caminhos”.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.