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domingo, 31 de julho de 2016

QUINTÍN LÓPEZ GÓMEZ

1864 - 1934

É impossível falar do movimento espírita espanhol sem dedicar um capítulo a Don Quintín López Gómez: um dos nossos mais fecundos escritores e filósofos mais profundos e, com toda a segurança, um dos homens que mais trabalharam em língua espanhola para a propaganda de nosso ideal.

Nasceu em Calvarrasa de Arriba, província de Salamanca, em 22 de maio de 1864 e passou sua infância mudando, a cada momento, de domicílio, ao acaso de postos a que era destinado seu pai, militar sem graduação; com a circunstância especial de haver tido durantes esses anos mais de quarenta professores diferentes, o que não podia favorecer de modo algum a solidez de sua instrução.

Porém, a vontade vence todos os obstáculos e a do pequeno Quintín era muita e, assim, vemos como aos catorze anos fez suas primeiras armas, no templo das letras, em uma pequena publicação de Huesca, intitulada La Abeja Del Pirineo.

Aos dezessete anos, passou para outra imprensa na qualidade oficial e ali conheceu o visconde Torres Solanot. Sua iniciação espírita data, precisamente, daquela época, sendo seu iniciador Don Alberto Atalaya que lhe deu para ler os Preliminares al Estudio del Espiritismo do Visconde ou um número da Luz del Porvenir. Interessou-se pelo que lia e decidiu assiná-la.

Ingressou na "Sociedad Sertoriana de Estúdios Psicológicos", orgulhoso de sua convicção espiritista e quando essa entidade quis publicar uma revista e nenhuma oficina de Huesca dignou-se a imprimi-la, alguns entusiastas tomaram, por sua conta, e compraram tipos e prensa para isso, ficando o jovem caixista encarregado de todo o trabalho. Compunha, imprimia, dobrava e enviava. Assim nasceu o Íris de Paz, cuja publicação foi interrompida pela epidemia colérica, durante a qual os membros da "Sociedad Sertoriana" se transformaram em enfermeiros benévolos, o que motivou fossem propostos para a cruz de beneficência, que recusaram.

Trabalhou, depois, na Revista de Estúdios Psicológicos de Barcelona, La Revelación de Alicante, El Buen Sentido de Lérida e El Critério Espiritista de Madrid; até que, casado com dona Rosa Coll y Coll, a cujos delicados cuidados deve muito Don Quintín haver saído bem da grave enfermidade que o reteve na cama durante vários meses, começou, em 1883, a publicar Lúmen que, depois, se fundiu com a Revista de Estúdios Psicológicos, até que o proprietário desta decidiu suspendê-la, continuando, então, a publicação de Lúmen por longos anos, até que a enfermidade o obrigou a suspender o que havia sido, sem dúvida alguma, uma das melhores revistas espíritas de língua espanhola.

Quintín López Gómez publicou mais de cinqüenta obras, destacando-se entre elas: El Catolicismo Romano y el Espiritismo, Hágase la Luz, Ante Todo la Verdad, A. B. C. del Espiritismo, Filosofía, La Mediumnidad y sus Misterios, Los Fenómenos Psicométricos, Metafísica Transcendente, Conócete a ti Mismo, Rasgando el Velo, Interesante Para Todos, El Arte de Curar por el Magnetismo, Ciência Magnética, Hipnotismo Filosófico, Prometeo Victorioso, Diccionário de Metapsíquica y Espiritismo, etc.etc.

Em todas essas obras sobressai, além de um profundo conhecimento da Filosofia Espírita e de tudo quanto com nosso ideal se refere, um sentido filosófico tão grande, que bem podemos afirmar que Quintín López com Gonzalo Soriano são duas das mais fortes colunas que teve o Espiritismo.

Septuagenário já, depois de uma longa enfermidade e da cruel intervenção cirúrgica, nosso venerado amigo reinicia seus trabalhos e o "Centro de Estudios Psicológicos de Sabadell" dedicou-lhe uma homenagem à qual se uniu todo o Espiritismo espanhol em uma prova grandiosa de carinho e respeito.

Opinamos, conhecendo-o como o conhecemos, que Quintín López nunca deu por terminado seu trabalho, e nos felicitamos, sinceramente, por ele.

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

TIMÓTEO

Junto ao espírito Erasto, ele disserta no item 225 de O Livro dos Médiuns, acerca do papel do médium nas comunicações.
Dá-nos "Atos dos Apóstolos" a informação de que ele era filho de uma mulher judia e de pai gentio. Na obra psicografada por Francisco Cândido Xavier, "Paulo e Estevão", contudo, o espírito Emmanuel é pródigo em detalhes a respeito desse a quem Paulo de Tarso chamava de "amado filho na fé".

Quando Paulo chegou a Listra foi à casa de Lóide, recomendado pelo irmão daquela, que residia em Icônio. Viúva de um grego abastado, ela vivia em companhia de sua filha Eunice, também viúva e o neto adolescente de 13 anos.

Recebidos Paulo e Barnabé, com inexcedível carinho, em casa de Lóide, naquela mesma noite o apóstolo tarsense pôde observar a ternura com que o rapazola fazia a leitura dos pergaminhos da Lei de Moisés e dos Livros Sagrados dos Profetas. Ao ouvir falar a respeito de Jesus, Timóteo, inteligente e de generosos sentimentos, demonstrou grande interesse, o que levou Paulo a acariciar lhe a fronte pensativa, várias vezes.

No dia seguinte, o rapaz passou a fazer inúmeras interrogações e, enquanto ele cuidava das cabras, Paulo aproveitou para conversar longamente a respeito da Boa Nova de que era portador. Alguns dias depois, Paulo fundou na cidade o primeiro núcleo do Cristianismo, em humilde casa. O pequeno Timóteo era quem auxiliava em todos os misteres, na recepção dos enfermos e demais necessitados, na ordem, na disciplina.

Em uma das pregações públicas, Timóteo assistiu aterrado o amigo querido ser apedrejado pela população, incitada pelos administradores da pequenina cidade. Desejou intervir, salvando-o, mas prudentemente foi detido por companheiro ponderado que lhe fez ver a inconveniência de se expor, sem nada verdadeiramente poder fazer ante a multidão enfurecida e muito bem conduzida por mentes ardilosas.

No entanto, é ele mesmo que, após acompanhar por vielas extensas, a turba exaltada depositar o corpo do Apóstolo no monturo, distante dos muros de Listra, se aproxima, na sombra da noite para socorrê-lo. Dispensa-lhe os primeiros socorros, buscando água fresca em poço próximo. Depois, banhado em lágrimas, fica ao seu lado, aguardando que desperte do profundo desmaio.

Timóteo, oportunamente, passaria a acompanhar Paulo de Tarso em suas viagens, desejoso de se consagrar ao serviço de Jesus, iluminando o seu coração e a sua inteligência. A caminho da Macedônia, separaram-se ele e Lucas de Paulo, a pedido daquele, tornando a se encontrarem mais tarde.

Para as viagens apostólicas, a fim de evitar as tricas judaicas e eventualmente provocar atritos nas suas tarefas iniciais, Timóteo submeteu-se, a conselho do próprio Paulo, à circuncisão, demonstrando a capacidade de ajustar-se ao que fosse necessário para servir a Jesus.

Timóteo é convidado pelo apóstolo de Tarso a estar com ele, quando da redação das suas famosas epístolas, "cuja essência espiritual provinha da esfera do Cristo", e que não serviram somente para a comunidade para a qual foram escritas, mas à cristandade universal.

Esteve com Paulo em Roma, quando este foi prisioneiro dos romanos. Seguiu-o até a Espanha, junto com Lucas e Demas. Demorou-se mais na região de Tortosa, visitou parte das Gálias, auxiliando na conquista de novos corações para o Cristo e multiplicando os serviços do Evangelho. Afeiçoado a Paulo, Timóteo foi por ele encarregado em mais de uma oportunidade, a levar mensagens para as comunidades cristãs nascentes. Assim, da Espanha partiu para a Ásia, carregado de cartas e recomendações amigas.

Quando Paulo de Tarso retornou a Roma, a pedido de Simão Pedro, escreveria tomado de singulares emoções as últimas disposições ao filho do coração, Timóteo: "Apressa-te a vir ter comigo. (...) Só Lucas está comigo. (...) Quando vieres, traze contigo a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, e os livros, principalmente os pergaminhos. (...) Apressa-te a vir antes do inverno. (...)"

Roga ainda os seus bons ofícios para que João Marcos venha a Roma, a fim de o auxiliar no serviço apostólico. Lucas é o encarregado de expedir a Epístola e percebe os lúgubres pressentimentos que tomam de assalto o velho Apóstolo.

Em verdade, Timóteo não chegou a rever Paulo na vida física, mas guardou n'alma as suas últimas exortações: "Foge das paixões da juventude, segue a justiça, a fé, a esperança, a caridade e a paz com aqueles que invocam o Senhor com um coração puro.(...)"

"Tu, pois, meu filho, fortifica-te na graça que está em Jesus-Cristo; e o que ouviste de mim, diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que sejam capazes de instruir também a outros.(...)"

"Esforça-te por te apresentares a Deus digno de aprovação, como um operário que não tem de que se envergonhar, que distribui retamente a palavra da verdade. (...)"


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.