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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

VICENTE DE PAULO

1581-1660

A aldeia se situa no sul da França, quase na divisa com a Espanha. Chama-se Pouy, e a família leva o sobrenome De Paulo. Vicente é o terceiro entre os seis filhos do casal João de Paulo e Bertranda de Moras. O ano é 1581.

A família possui terras e um rebanho de vacas, ovelhas e porcos. Vicente é encarregado de levar o rebanho a pastar e, seu olhar se perde na contemplação da natureza. Cedo, nele se manifestam a inteligência aguda, o olhar observador, o espírito vivo, o coração generoso e sincera devoção a Maria, o que motiva que os pais o encaminhem aos estudos eclesiásticos para seguir a carreira sacerdotal.

Fez os estudos teológicos na Universidade de Tolusa. Foi ordenado sacerdote em 23 de setembro de 1600, aos 19 anos. Continuou os estudos por mais 4 anos, recebendo o título de Doutor em Teologia.

Para poder frequentar os estudos, o jovem estudante dá aulas particulares aos filhos de um juiz em Pouy, o Sr. Commet, pois que seu pai não tem condições para ajudá-lo.

Mais tarde, em Tolusa, leciona aos filhos de algumas famílias da nobreza, a fim de manter os seus estudos de Teologia e a estadia, merecendo o título de bacharel, pela Universidade, no ano de 1604.

Uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança, pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha.

Ele foi atrás do devedor, encontrando-o,  recebeu grande parte do dinheiro; ia regressar de navio, por ser mais rápido e mais barato. Na viagem o barco foi aprisionado por barcos de piratas turcos, e levados para a Turquia. Em Tunis foram vendidos como escravos.

Vicente foi vendido para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, ele passou pra um seu sobrinho, que vendeu-o para um fazendeiro (um renegado) que antes era católico, e com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas; uma era turca, que ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou e quis saber o significado do que ele cantava. Ela, ciente da história, censurou o marido por ter abandonado uma religião tão bonita. O patrão de Vicente, arrependido, propôs ao escravo a fugirem para a França. Esta fuga só foi realizada 10 meses depois.

No ano 1610, a rainha Margarida, ex-esposa do rei Henrique IV, admite Vicente entre seus esmoleres, ou seja, encarrega-o de distribuir as esmolas. Afetuoso, visita os doentes, abranda as desavenças, dissipa as dúvidas, instrui na fé os empregados e a todos presta incontáveis serviços.

Contudo, Vicente vive no mundo dos grandes e dos ricos. Esmoler da rainha Margarida e protegido da senhora De Gondi, até o dia que opta por se dedicar à instrução e ao serviço dos camponeses, sendo-lhe designada a paróquia de Châtillon, uma das mais problemáticas e desleixadas da região.

Num domingo, ele recebe as notícias de uma família miserável que está a morrer. Estão todos doentes. Instados pelo seu sermão, os paroquianos se dirigem à casa da família e prestam auxílio.

O cérebro de Vicente fervilha: "Eis aqui uma grande caridade, pensa, mas está mal organizada".

Idealiza, portanto, a criação de uma Associação, e, no dia 20 de agosto de 1617, com sua iniciativa nasce uma associação de mulheres, com o objetivo de visitar, alimentar e prestar aos enfermos todos os cuidados indispensáveis: a Confraria da Caridade. As pessoas que a compõem chamam-se Servas dos Pobres ou Damas da Caridade.

Em 1620, Vicente institui a Caridade dos Homens. As mulheres se dedicam aos doentes, os homens devem se dedicar aos velhos, viúvas, órfãos, prisioneiros.

Homem de visão, Vicente de Paulo orienta as Confrarias, incentivando a organização de cooperativas agrícolas, ensinando novos métodos de cultivo da terra, implantando, nas cidades, pequenas manufaturas para produzirem objetos de uso na região e, finalmente, criando centros de aprendizagem onde as crianças indigentes possam receber educação cristã e aprender uma profissão, a fim de tirá-las à miséria.

Tendo estabelecido diretrizes à assistência aos camponeses, um novo campo se lhe abre. Ele é convidado a trabalhar junto aos condenados às galés. São criminosos e delinquentes, que vivem amontoados em calabouços infectos, acorrentados pelo pescoço e pelos pés, cheios de vermes, revolta e desesperança.

Como poderia Vicente lhes falar das coisas espirituais? Necessário é lhes melhorar as condições, pois apodrecem vivos. O alimento é pão preto, a água é semi poluída e os golpes de chicote são constantes.

Interfere Vicente junto ao general das galeras, Manuel de Gondi e consegue realizar sensíveis mudanças. Oferece-lhes cuidados corporais, distribui alimento entre eles, consola-os, fala-lhes de Cristo e do Evangelho, chama-os de "meus filhinhos".

Vicente ama. Por isso, mostra-se incansável na descoberta das misérias humanas de ordem material e espiritual, estendendo socorro pessoalmente e ou enviando as Damas da Caridade a hospitais, prisões, asilos, escolas, às ruas.

Amigo de Francisco de Sales, bispo de Genebra (Suíça), decide fundar uma Companhia que tenha por herança os pobres e que se dê inteiramente aos pobres; o que se concretiza em 1625.

Vicente é mestre na arte de conquistar corações. Consegue apoio de muitos nobres e ricos para atender os seus pobres. Tem amigos como a rainha Ana da Áustria que lhe manda ajuda material durante o longo período da guerra, que assolou a França, sustenta a obra das crianças expostas (abandonadas); Maria, duquesa de Aiguillon, que o auxilia em todas as suas obras caritativas; o rei Luís XIII, que visita e assiste os doentes, apoia e incentiva com bens materiais inúmeras obras vicentinas; Luísa de Marillac, que se torna excepcional trabalhadora, visitando e coordenando as diversas Confrarias da Caridade espalhadas ao redor de Paris.

Desde os 35 anos de idade, Vicente conhece o trabalho da doença em sua própria carne. As pernas e pés incham. Chegará um tempo, em que já sente dificuldade para se manter a cavalo, para a realização das suas viagens.

Aos 74 anos necessita ficar encerrado por longos dias em seu quarto, enquanto a febre se instala em seu corpo. Com dificuldade e o auxílio de uma bengala, consegue dar alguns passos. Contudo, dotado de indomável energia, ele profere palestra, todas as manhãs aos seus discípulos, demonstrando serenidade e lucidez, apesar das dores atrozes que o atormentam.

Diante da morte iminente, brinca: "Em breve enterrarão o miserável corpo deste velho, e se transformará em cinzas e o pisarão com os pés".

Então, em 27 de setembro de 1660, antes que o sol se levante, sentado numa poltrona, perto do fogo, Vicente desencarna.

Era um pouco antes das cinco horas da manhã, hora em que habitualmente Vicente se punha em oração.

Os pobres, mais do que ninguém, lastimam a morte do seu benfeitor e amigo, seu pai.

Referindo-se a ele, o espírito de Francisco de Paula Vítor, pela psicografia de Raul Teixeira, escreve: "Verdadeira luz a brilhar, no seio do séc. XVII, seus exemplos de dedicação e fidelidade ao Mestre Jesus contagiam inumeráveis corações que, depois dele, investem tempo e vida aos serviços portentosos em prol da instalação do reino dos céus na Terra".

E esta figura ímpar, se faz presente como um colaborador do Consolador Prometido, assinando as respostas às questões de número 888, 888a em O Livro dos Espíritos, onde igualmente assina, junto com outros espíritos eminentes, Prolegômenos; nas mensagens de nº XX e XXVI do cap. XXXI de O Livro dos Médiuns e o item 12, do cap. XIII de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Nesta mensagem, especialmente, é que derrama o perfume do seu coração, externando: "A caridade é, em todos os mundos, a eterna âncora de salvação; é a mais pura emanação do próprio Criador (...)".

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

ROGER BACON

1220 – 1292

Roger Bacon nasceu em Ilchester (Inglaterra) em 1220 e morreu em Oxford em 1292.

Foi para a França com o objetivo de completar os estudos e ensinar.

Seu nome se tornou respeitado em Paris, principalmente após obter o título de mestre em artes e resolver se dedicar exclusivamente à pesquisa.

Por possuir ideias audaciosas em relação ao pensamento escuro da era medieval, Bacon enfrentou inúmeras dificuldades no desenvolvimento de seus estudos. No entanto, foi o apoio de seu admirador, o Papa Clemente IV, que permitiu uma tranquilidade temporária a ele.

Durante este tempo de calmaria, Bacon escreveu uma das obras capitais da Idade Média, "Opus Maius", onde tratou das causas da ignorância, relação entre Teologia e Filosofia, da ética e das ciências experimentais e matemáticas. Em seus estudos, introduziu o uso da pólvora no mundo ocidental; profetizou inúmeros artefatos mecânicos tais como o barco a vapor, o automóvel e o avião; ocupou-se de problemas de engenharia de construção; inventou a lente de aumento (usadas em óculos e aperfeiçoadas pelo inglês Chester Hall, em 1733), o princípio do termômetro e teceu considerações que sugerem o telescópio (que foi inventado pelo oculista holandês Hans Lippershey, em 1608 e usado com maestria por Galileu Galilei, em 1609).

Sugeriu também que a Terra era redonda e poderia ser circunavegada. Sugeriu ao Papa que desse mais ênfase à experimentação no sistema educacional vigente.

Teceu várias observações sobre o ocultismo. Ele admitia a magia e procurava estabelecer diferenças entre esta e a Ciência. Considerava que os astros exercem determinada influência na vida do homem, sem, contudo limitar seu livre arbítrio.

Teve grande destaque nos estudos alquímicos, tendo sido o primeiro inglês a cultivar a Filosofia Alquímica e a colaborar de maneira acentuada, com as ciências herméticas.

Em 1278 foi enclausurado por heresia, seus livros foram apreendidos e suas experiências foram consideradas práticas mágicas. Somente em 1733, 441 anos após sua morte, é que seu livro "Opus Maius" foi publicado.

Na época de Bacon, a Filosofia desempenhava a análise geral do pensamento humano. Por não haver Psicologia, Psiquiatria, Parapsicologia, etc., fica lógico o raciocínio desse cientista-filósofo e a semente que ele lançou germinou no século XIX com os iniciadores das Ciências Psíquicas.

Emmanuel, através de Chico Xavier, comentou sobre este franciscano inglês: "Roger Bacon, notável por seus estudos e iniciativas, é um dos pontos culminantes dessa renascença espiritual...”.

O que Bacon escreveu foi abafado e impedido de chegar ao público assim como sua presença física se restringiu ao enclausuramento por vários anos.

Afirmam os reencarnacionistas que Bacon foi a reencarnação de Proclo, o filósofo que, na sua época, falou sobre a lei dos renascimentos sucessivos.

Autor desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 25 de outubro de 2014

PITÁGORAS DE SAMOS

(do grego Ο Πυθαγόρας ο Σαμιος)

570 a.C. – 496 a.C.

Foi um filósofo e matemático grego que nasceu em Samos entre cerca de 571 a.C. e 570 a.C. e morreu em Metaponto entre cerca de 497 a.C. ou 496 a.C.

A sua biografia está envolta em lendas. Diz-se que o nome significa altar da Pítia ou o que foi anunciado pela Pítia, pois a mãe ao consultar a pitonisa soube que a criança seria um ser excepcional.

Pitágoras foi o fundador de uma escola de pensamento grega denominada em sua homenagem de pitagórica. Teve como sua principal mestra, a filósofa e matemática Temstocléia.

Da vida de Pitágoras quase nada pode ser afirmado com certeza, já que ele foi objeto de uma série de relatos tardios e fantasiosos, como os referentes a viagens e contatos com as culturas orientais. Parece certo, contudo, que o filósofo tenha nascido em 570 a.C. na cidade de Samos.

Fundou uma escola mística e filosófica em Crotona (colônias gregas na península itálica), cujos princípios foram determinantes para a evolução geral da matemática e da filosofia ocidental sendo os principais temas, a harmonia matemática, a doutrina dos números e o dualismo cósmico essencial.

Acredita-se que Pitágoras tenha sido casado com a física e matemática grega Theano, que foi sua aluna. Supõe-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola pitagórica após a morte do marido.

Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números. Para eles, o número, sinônimo de harmonia, constituído da soma de pares e ímpares - os números pares e ímpares expressando as relações que se encontram em permanente processo de mutação, era considerado como a essência das coisas, criando noções opostas (limitado e ilimitado) e sendo a base da teoria da harmonia das esferas.

Segundo os pitagóricos, o cosmo é regido por relações matemáticas.

A observação dos astros sugeriu-lhes que uma ordem domina o universo. Evidências disso estariam no dia e noite, no alterar-se das estações e no movimento circular e perfeito das estrelas. Por isso o mundo poderia ser chamado de cosmos, termo que contém as ideias de ordem, de correspondência e de beleza. Nessa cosmovisão também concluíram que a Terra é esférica, estrela entre as estrelas que se movem ao redor de um fogo central. Alguns pitagóricos chegaram até a falar da rotação da Terra sobre o eixo, mas a maior descoberta de Pitágoras ou dos seus discípulos (já que há obscuridades em torno do pitagorismo, devido ao caráter esotérico e secreto da escola) deu-se no domínio da geometria e se refere às relações entre os lados do triângulo retângulo. A descoberta foi enunciada no teorema de Pitágoras.

Pitágoras foi expulso de Crotona e passou a morar em Metaponto, onde morreu, provavelmente em 496 a.C. ou 497 a.C..

Segundo o pitagorismo, a essência, que é o princípio fundamental que forma todas as coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância, considerando o número o elo entre estes elementos. Para esta escola existiam quatro elementos: terra, água, ar e fogo.

Assim, Pitágoras e os pitagóricos investigaram as relações matemáticas e descobriram vários fundamentos da física e da matemática.

O símbolo utilizado pela escola era o pentagrama, que, como descobriu Pitágoras, possui algumas propriedades interessantes. Um pentagrama é obtido traçando-se as diagonais de um pentágono regular; pelas intersecções dos segmentos desta diagonal, é obtido um novo pentágono regular, que é proporcional ao original exatamente pela razão áurea.

Pitágoras descobriu em que proporções uma corda deve ser dividida para a obtenção das notas musicais no início, sem altura definida, sendo uma tomada como fundamental (pensemos numa longa corda presa a duas extremidades que, quando tangida, nos dará o som mais grave - e a partir dela, gerar-se-á a quinta e terça através da reverberação harmônica).

O nome está ligado principalmente ao importante teorema que afirma: Em todo triângulo retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

Além disto, os pitagóricos acreditavam na esfericidade da Terra e dos corpos celestes, e na rotação da Terra, com o que explicavam a alternância de dias e noites. A filosofia baseou uma doutrina chamada Filosofia Explanatória Cristo-Pitagórica.

A escola pitagórica era conectada com concepções esotéricas e a moral pitagórica enfatizava o conceito de harmonia, práticas ascéticas e defendia a metempsicose.

Durante o século IV a.C., verificou-se, no mundo grego, uma revivescência da vida religiosa. Segundo alguns historiadores, um dos fatores que concorreram para esse fenômeno foi a linha política adotada pelos tiranos: para garantir o papel de líderes populares e para enfraquecer a antiga aristocracia, os tiranos estimulavam a expansão de cultos populares ou estrangeiros.

Dentre estes cultos, um teve enorme difusão: o Orfismo (de Orfeu), originário da Trácia, e que era uma religião essencialmente esotérica. Os seguidores desta doutrina acreditavam na imortalidade da alma, ou seja, enquanto o corpo se degenerava, a alma migrava para outro corpo, por várias vezes, a fim de efetivar a purificação. Dioniso guiaria este ciclo de reencarnações, podendo ajudar o homem a libertar-se dele.

Pitágoras seguia uma doutrina diferente. Teria chegado à concepção de que todas as coisas são números e o processo de libertação da alma seria resultante de um esforço basicamente intelectual. A purificação resultaria de um trabalho intelectual, que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma como uma unidade harmônica. Os números não seriam, neste caso, os símbolos, mas os valores das grandezas, ou seja, o mundo não seria composto dos números 0, 1, 2, etc., mas dos valores que eles exprimem. Assim, portanto, uma coisa manifestaria externamente a estrutura numérica, sendo esta coisa o que é por causa deste valor.

A palavra Matemática (Mathematike, em grego) surgiu com Pitágoras, que foi o primeiro a concebê-la como um sistema de pensamento, fulcrado em provas dedutivas.

Existem, no entanto, indícios de que o chamado Teorema de Pitágoras (c²= a²+b²) já era conhecido dos babilônios em 1600 a.C. com escopo empírico. Estes usavam sistemas de notação sexagesimal na medida do tempo (1h=60min) e na medida dos ângulos (60º, 120º, 180º, 240º, 360º).

Pitágoras percorreu por 30 anos o Egito, Babilônia, Síria, Fenícia e talvez a Índia e a Pérsia, onde acumulou ecléticos conhecimentos: astronomia, matemática, ciência, filosofia, misticismo e religião. Ele foi contemporâneo de Tales de Mileto, Buda, Confúcio e Lao-Tsé.

Quando retornou a Samos, indispôs-se com o tirano Polícrates e emigrou para o sul da Itália, na ilha de Crotona, de dominação grega. Aí fundou a Escola Pitagórica, a quem se concede a glória de ser a "primeira Universidade do mundo".

Pensamentos de Pitágoras

Educai as crianças e não será preciso punir os homens.

Não é livre quem não obteve domínio sobre si.

Pensem o que quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo.

O que fala semeia; o que escuta recolhe.

Ajuda teus semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues.

Com ordem e com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem.

Todas as coisas são números.

A melhor maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar é aproximar-se de Deus.

A Evolução é a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus.

A vida é como uma sala de espetáculos: entra-se, vê-se e sai-se.

A sabedoria plena e completa pertence aos deuses, mas os homens podem desejá-la ou amá-la tornando-se filósofos.

Anima-te por teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em cometê-las.

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 4 de outubro de 2014

PAUL GIBIER

1851 - 1900

O Doutor Paul Gibier, um dos sábios pesquisadores da fenomenologia espírita no século XIX, membro da Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres, foi médico, diretor do Laboratório de Patologia Experimental e Comparada do Museu de História Natural de Paris, aluno predileto de Louis Pasteur, ex-interno dos Hospitais de Paris, condecorado pela Faculdade de Medicina de Paris pela apresentação de tese sobre a raiva, incumbido pelo governo francês de estudar na França e no Exterior várias epidemias de "cólera-morbo" e de febre amarela, diretor do Instituto Bacteriológico (Instituto Pasteur) de Nova Iorque, membro da Academia de Ciências de Nova Iorque, Cavaleiro da Legião de Honra.

Nos primeiros dias do mês de junho de 1900, os jornais de Nova Iorque anunciaram que o Doutor Gibier acabara de falecer, num acidente a cavalo. Esta notícia não deixou indiferente nenhum daqueles, hoje muito numerosos, na França e no estrangeiro, que seguem, com certa atenção, o progresso dos estudos psicológicos.

Grandes jornais não se limitaram a reproduzir a notícia; eles evocaram testemunhos de estima pela vida e trabalhos do sábio, não mais discutindo a realidade dos fatos observados, mas emitindo somente a opinião de que ele tinha ido muito longe. Nós não vimos, entretanto, nenhuma tentativa de contestação de suas opiniões. Vê-se que já estávamos, naquela época, muito longe do tempo em que tomavam por argumentos, sem réplica, alguns gracejos banais e irrefletidos que, em todos os tempos, acolheram as ideias novas e as grandes descobertas!

Sabemos bem pouca coisa acerca do Doutor Gibier. Ele mesmo nos informa que, antes de se entregar ao estudo da medicina, consagrou cinco anos a estudar a técnica mecânica. Formado em Medicina, começou a trabalhar num dos laboratórios do Museu de História Natural de Paris, entregando-se com paixão a pesquisas sobre os infinitamente pequenos que ocupam um lugar importante na preocupação de todos. Ele realizava, ao mesmo tempo, experiências sobre os fenômenos psicológicos e, em pouco tempo, foi obrigado a deixar o Museu, por causa destas últimas pesquisas, na opinião dele e de seus amigos, e por outros motivos, segundo os sábios do Museu.

Sabemos que Pasteur depositou nele toda a sua confiança, muita estima e o encarregou de várias missões na América Central, com a finalidade de estudar, em campo, os agentes microscópicos das doenças epidêmicas e da febre amarela, em particular. Foi, em seguida, nomeado diretor do Instituto Pasteur da cidade de Nova Iorque, cidade onde acabou de sucumbir bruscamente.

Este sábio, incluído frequentemente entre os homens corajosos que não temem arriscar sua reputação e seu futuro, ao publicar suas opiniões apoiadas em fatos, nos deixou duas obras bem conhecidas, que merecem ser lidas e mais divulgadas. A primeira, "O Espiritismo (Faquirismo Ocidental)", apareceu em 1886, e a segunda, "Análise das Coisas", em 1890.

A partir desta data, ele não deixou de observar e experimentar. Sabe-se que ele se propunha a resumir, numa última obra, seus trabalhos precedentes e nos fazer revelações que considerava ainda prematuras naquela época. Porém, a morte o surpreendeu e a Humanidade não pôde tomar conhecimento do restante de sua obra, certamente a parte mais importante!

Na Introdução de seu primeiro livro escreveu: "Declaramos, à viva voz, que ao começar estas pesquisas, tínhamos a íntima convicção de que nos encontrávamos em face de uma colossal mistificação, que precisava ser descoberta, e levamos muito tempo para nos desfazermos desta ideia". Portanto, este sábio, como tantos outros de sua época, partiu com a ideia de desmascarar as mistificações, com uma convicção e, pouco a pouco, se fez defensor da nova ciência psíquica, com uma certeza que aumentava no decorrer do número e da variedade de experiências.

Naquilo que deixou escrito, ficou bem claro seu propósito de não divulgar, no seu entender, prematuramente, com detalhes, tudo o que havia descoberto, em virtude da opinião contrária do "meio científico". Mas, mesmo assim, ficou comprovado que muito avançou, para a sua época, em suas pesquisas: teorias das mais ousadas sobre a matéria, o papel da força, a evolução dos mundos, a constituição do homem, os fenômenos que acompanham e seguem a morte etc.

Ajudado pelo médium Slade, estudou de uma maneira toda especial, o curioso fenômeno da escrita direta na ardósia, ao qual consagrou 33 sessões. Numerosas mensagens, em diversas línguas, foram obtidas no interior de ardósias duplas, fornecidas pelo experimentador e seladas uma contra a outra.

Em 1900, enviou ao Congresso Internacional Oficial de Psicologia, reunido em Paris, um relatório de várias materializações de espíritos, observadas em seu laboratório em Nova Iorque, na presença de várias testemunhas, notadamente dos funcionários que o assistiam em seus estudos de biologia.


Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 30 de agosto de 2014

PAULO ALVES GODOY

1914 – 2001

Companheiro de grandes atividades no Movimento Espírita, especialmente no terreno jornalístico e como escritor.

Paulo Alves Godoy nasceu na cidade de São Paulo SP, no dia 22 de setembro de 1914. Foram seus pais José Alves, português, e D. Cesarina Alves Godoy, brasileira. Residiu por algum tempo em Araguari (MG), onde iniciou os seus estudos primários, concluindo o curso ginasial em São Paulo. Trabalhou durante 33 anos no Frigorífico Armour do Brasil S/A e, posteriormente no Frigorífico Bordon, onde exerceu diversos cargos, inclusive o de chefia geral. Colaborou em diversos órgãos da imprensa paulistana.

Seus pais eram espíritas e o encaminharam ao Espiritismo desde sua infância, porém considerou-se praticante a partir de 1938, quando foi eleito pela primeira vez como secretário do Centro Espírita Bezerra de Menezes no bairro da Lapa, São Paulo.

Exerceu cargo de diretoria em diversas instituições: União Federativa Espírita Paulista, delegado da Confederação Espírita Panamericana, em São Paulo, membro do conselho deliberativo da FEESP e conselheiro da USE e da Liga Espírita do Estado de São Paulo.

Em 1940, juntamente com Francisco Arcari e Antônio Alves Pereira, lançou o boletim O Semeador (já extinto) no Centro Espírita Bezerra de Menezes.

Em 1947 dirigiu a revista O Revelador, e no ano seguinte fundou o jornal Unificação, órgão da USE, sendo responsável pela edição.

Em fevereiro de 1966, fundou o jornal O Semeador, órgão da Federação Espírita do Estado de São Paulo, onde permaneceu até sua desencarnação.

Paulo Alves Godoy viajou por todo o Estado de São Paulo e também Estados do sul do Brasil a serviço da Doutrina Espírita, como palestrante.

Colaborou com inúmeros órgãos da Imprensa Espírita em quase todos os Estados e no exterior, especialmente Argentina e Portugal.

Constam de sua bibliografia os seguintes livros: Personagens do Espiritismo, de parceria com Antônio Lucena; Crônicas Evangélicas; O Evangelho pede licença; Grandes vultos do Espiritismo; As maravilhosas parábolas de Jesus; Momentos de prece; Os padrões evangélicos; Quando Jesus teria sido maior?; Os quatro sermões de Jesus; O evangelho por dentro; Jesus Cristo, a luz do mundo; Evangelho de redenção; Os casos controvertidos do Evangelho e Evangelho misericordioso.

Foi casado com D. Olga Santos Alves, que lhe precedeu na Vida Espiritual, há pouco tempo. Deixou três filhos: Jeane, Míriam e Wagner, que lhe deram diversos netos.

No dia 19 de abril de 2001, em sua terra natal, regressou à Pátria Espiritual, tranquilo e sereno, na certeza de que bem cumpriu o seu mandato, como seguidor de Jesus.

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 26 de julho de 2014

RENÊ DESCARTES

(1596-1650)

Filósofo e matemático francês. Fundador da geometria analítica e um dos iniciadores da filosofia moderna. Autor do "Discurso do Método (1637)" e de "Meditações Metafísicas (1641)", entre outras obras.

Revelando-se desde logo um tipo meditativo, impressionou seus mestres pela profundidade e independência de caráter e pela insistência em não aceitar sem reflexão os ensinamentos e opiniões recebidos.

Deve-se a Descartes, por seu Racionalismo, boa parte das raízes da Revolução Francesa (1789-1799) e, de algum modo, algumas divisas para a compreensão da Doutrina Espírita. Em seu processo indutivo de conhecimento, dizia que a fé‚ diferente do dogmatismo fideísta (que antepõe a fé à razão) afirmava ser uma coisa que pensa, espiritual, um ser imaterial que nada tem de corporal, sendo em suma, uma substância espiritual. Neste caso assegurava restar algo indubitável que é a própria dúvida e, com isto, a existência de um ser que duvidava.

Concluía que esta dúvida era um pensamento que revelava sua própria existência - COGITO, ERGO SUM (Penso, logo existo).

A chamada Revolução Cartesiana foi precursora da Revolução Espírita. A ciência admirável de Descartes é a mesma ciência espiritual de Kardec, ainda em desenvolvimento, por muito tempo, em nosso planeta.

Descartes admitia duas substâncias: a do corpo, cujo atributo era a extensão, e a da alma, cujo atributo era o pensamento. Donde, dois princípios independentes: um material e outro espiritual. A existência do corpo e da alma estava determinada por uma terceira substância: Deus. Por conseguinte, opunha-se à filosofia da Idade Média.

Plenamente convencido do potencial da razão humana, propunha-se criar um método novo, científico, do conhecimento do mundo e substituir a fé cega pela razão e pela ciência, recorrendo para isto à "dúvida" como método de raciocínio, com a ajuda da qual poderia livrar-se de todas as ideias preconcebidas ou noções habituais e estabelecer verdades irrefutáveis. Sua filosofia esforça-se para conciliar religião e ciência.

Forma-se um movimento denominado Cartesianismo, conjunto de tradições filosóficas e atitudes científicas derivadas de suas ideias.
Apesar do combate dos teólogos e dos aristotélicos, o Cartesianismo difundiu-se rapidamente nos meios europeus, a começar pela Holanda.

O padre franciscano Marin Mersenne, um dos principais defensores do movimento cartesiano, usou-o para combater o ateísmo. Alguns jansenistas, entre outros Antoine Arnauld e Pierre Nicole, também foram cartesianos, da mesma forma que vários filósofos franceses.

Os jesuítas se opunham às ideias de Descartes, levando o Santo Ofício a condená-las em 1663 e a pedido de Sorbonne, o Conselho do rei proibiu o ensino do cartesianismo na França em 1671.

A diversidade de interpretações do sistema de Descartes ainda se faz sentir no séc. XX.


Autor Desconhecido. Fonte da biografia e imagem: Internet Google.

sábado, 28 de junho de 2014

PEDRO RICHARD

1853 – 1918

Foi uma das mais fortes e atraentes personalidades do Movimento Espírita. Sua vida foi de testemunho em favor do Evangelho deixado pelo Divino Mestre Jesus.

Pedro Richard nasceu, no dia 09 de setembro de 1853, na cidade de Macaé (RJ), filho de Pedro Richard e Dona Felismina Richard. Família modesta, mas de honorabilidade a toda prova. Órfão de pai aos nove anos de idade, tornou-se arrimo de sua mãe e de seus irmãos menores. Tinha adoração por sua genitora, que era de costumes austeros e de sentimentos elevados; era, aliás, carinhoso para a família.

Quando seu pai desencarnou, estava fazendo o Curso Primário, tendo que interromper os estudos para trabalhar numa casa comercial. Depois foi admitido como funcionário da Alfândega, melhorando assim seus rendimentos. Sério, consciente de suas responsabilidades, adquirira o hábito salutar de nada realizar sem muita reflexão. Seguia a risca os conselhos do seu genitor.

Pedro Richard contraiu núpcias com D. Mariana Campos Richard, natural de Angra dos Reis (RJ), e tiveram uma prole de seis filhos: Mário (desencarnado aos dois anos), Felismina, Pedro, Mário (2º), Izaura e Marta. Houve uma época em que D. Mariana teve que costurar para fora, e ajudar na manutenção do lar. Foram dias de muitas preocupações, porém não perderam a esperança de melhores dias. Isso não impediu de adotar uma criança necessitada: Francisco Antônio de Carvalho, que era parente longe de D. Mariana. Mais tarde o garoto foi motivo de muitas alegrias. Estudioso, aplicado, entrou para Escola Militar e se formou como Engenheiro Militar, honrando a dedicação dos pais adotivos. Chegou ao posto de Coronel do Exército e o que é mais importante, tornou-se o "patriarca" da família.

A desencarnação de Mário, o seu primogênito, levou-o ao Espiritismo. O casal não compreendia como, diante da bondade imensurável de Deus, uma criança pudesse sofrer tanto. Nesse tempo, conheceu um homem chamado Nascimento, pessoa caridosa e simples, médium. Por seu intermédio recebeu noções de como age a Justiça Divina, através da reencarnação, dando-nos oportunidade de quitar faltas passadas.

A vida de Pedro Richard foi de permanentes realizações. Era capacitado, inteligente, trabalhador, ativo e empreendedor. Formou uma firma de construções, com oficina de carpintaria, porém, para obter o registro de construtor era necessário apresentar declaração de um engenheiro civil, de que ele possuía capacidade para as funções.

Embora extremamente capacitado, faltava-lhe o título oficial para poder trabalhar. Recorreu a um velho amigo da Federação Espírita Brasileira, Abel Ferreira de Mattos, engenheiro civil de prestígio, que veio em seu auxílio. Venceu uma concorrência para executar obras do Exército. Esse trabalho lhe deu melhores condições de manter a família.

Indalício Mendes chamou-o de "Peregrino do Evangelho". Sua admiração por Dr. Bezerra de Menezes, "O Kardec Brasileiro", era ilimitada. Fê-lo fervoroso adepto do Evangelho, onde encontrava a bússola para os caminhos a palmilhar na Terra.

Pedro Richard tinha na prece o seu maior ponto de apoio. Desenvolveu sua mediunidade de cura, que fez dele instrumento dos Espíritos Superiores, no labor incansável na Seara do Cristo, para socorrer sofredores.

Foi considerado emissário para despertar criaturas que precisavam apenas de uma palavra para se melhorarem espiritualmente. Através de seus atos, de sua conduta e superioridade moral, tomaram-no como exemplo e renasceram para uma nova vida.

Era companheiro de Bezerra de Menezes, dos irmãos Sayão, de Maia de Lacerda, Leopoldo Cirne e outros. Foi um dos fundadores do "Grupo Ismael". Sua fé em Deus, Jesus e Maria Santíssima não tinha limites, e sua palavra tinha o poder de deixar na lembrança daqueles que o ouviam o alento da fé. Era a transmissão simples da mensagem encorajadora, com a seiva da verdade cristã. Foi um Semeador.

Pedro Richard regressou à Espiritualidade no dia 25 de outubro de 1918, no Rio de Janeiro, tendo deixado a Terra com a consciência tranquila do dever cumprido.

No dia 12 de junho de 1936, no "Grupo Ismael" deu a seguinte mensagem:

- "Senhor!... Desdobra sobre meu eu Espiritual a luz da Tua misericórdia e deixa, Senhor, que desabroche, ainda agora, no meu coração de pecador, as açucenas perfumadas do Teu perdão e da Tua piedade paternal, para que eu seja incorporado às falanges radiosas que operam na Tua Casa, exibindo com meu esforço de espírito a mais clara e a mais sublime de todas as profissões de fé".


Fonte do texto: Internet Google.

sábado, 24 de maio de 2014

ZILDA GAMA

1878 - 1969

Zilda Gama foi uma das mais celebradas médiuns do Brasil.

Nasceu em 11 de março de 1878, em Três Ilhas, Município de Juiz de Fora - MG, e desencarnou em 10 de janeiro de 1969, no Rio de Janeiro - RJ.

Zilda Gama viveu quase 91 anos, tornando-se paradigma para todos os que encaram a mediunidade como sacerdócio lídimo e autêntico.

Incontestavelmente, os grandes medianeiros que têm servido de ponte entre os mundos material e espiritual, no trabalho meritório de descortinar novos horizontes para a conturbada humanidade terrena, foram missionários, podendo-se mesmo afiançar que na constelação dos médiuns que brilharam na Terra, prodigalizando aos homens novos conhecimentos e preparando o terreno para a implantação da verdade, Zilda Gama brilhou de modo fulgurante, cabendo-lhe uma posição das mais proeminentes.

Ainda jovem, com apenas 24 anos, ficou órfã dos pais, tendo que assumir a direção da casa, cuidando de cinco irmãos menores e posteriormente de outros cinco sobrinhos órfãos.

Foi professora e diretora de escola, sendo agraciada em concursos promovidos pela Secretaria de Educação de Minas Gerais.

Em 1931, quando no Brasil houve intenso movimento em prol dos direitos femininos, Zilda Gama foi autora da tese sobre o voto feminino, no Congresso. Essa tese foi aprovada oficialmente.

Escreveu contos e poesias para vários jornais, destacando-se o "Jornal do Brasil", a "Gazeta de Notícias" e a "Revista da Semana", todos da antiga capital federal.

Ainda jovem Zilda Gama começou a perceber a presença dos Espíritos. Recebeu mediunicamente mensagens de seu pai e de sua irmã, já desencarnados, que a aconselhavam e a consolavam nos momentos de provações difíceis pelos quais estava passando.

Em 1912 recebeu interessante mensagem assinada por Allan Kardec. Após essa manifestação, o Codificador propiciou-lhe outros ensinamentos, os quais foram impressos no livro "Diário dos Invisíveis", publicado em 1929.

Em 1916 os Benfeitores informaram-lhe que passaria a psicografar uma novela, fato que a deixou bastante perplexa. O Espírito Victor Hugo passou, então a escrever por seu intermédio. Dentro de pouco tempo, a primeira obra "Na Sombra e na Luz" estava completa. Posteriormente, sob a tutela do mesmo Espírito, vieram os livros "Do Calvário ao Infinito", "Redenção", "Dor Suprema" e "Almas Crucificadas", todas publicadas pela FEB.

Os livros mediúnicos de Zilda Gama fizeram época na literatura espírita, além de terem o mérito de suavizar muitas dores e estancar muitas lágrimas. Foi a pioneira, no Brasil, a receber tão vasta literatura do mundo espiritual.

Outras publicações foram produzidas pela sua mediunidade: "Solar de Apolo", "Na Seara Bendita", "Na Cruzada do Mestre" e "Elegias Douradas".

Didata por excelência organizou os seguintes livros: "O Livro das Crianças", "Os Garotinhos", "O Manual das Professoras" e "O Pensamento".

Não obstante as grandes lutas morais que teve que sustentar, Zilda Gama se constituiu na orientadora de muitas criaturas.

Em 1959, após sofrer derrame cerebral, viveu numa cadeira de rodas, assistida pelo sobrinho Mário Ângelo de Pinho, que lhe fazia companhia.

Zilda Gama, alma de escol, dedicou toda sua longa existência ao propósito de difundir no Brasil a Consoladora Doutrina dos Espíritos.

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

domingo, 27 de abril de 2014

PLÍNIO SCHLEDER DE ARAÚJO

1891 – 1972

Plínio Schleder de Araújo nasceu na cidade de Curitiba no Paraná em 09 de junho de 1891.

Toda sua existência foi voltada para os pontos altos da vida, nas suas realizações intelectuais, como autêntico autodidata, pois não frequentou qualquer faculdade, mas sua cultura e conhecimento das coisas deveu-se ao esforço e vontade de tudo aprender, lendo jornais, revistas e livros dos mais diversos assuntos.

Na juventude, tornou-se professor de letras primárias e no afã de aprender para ensinar, não mediu esforços. Conseguiu um lugar na Secretaria da Prefeitura Municipal de Guarapuava e, preparou-se para realizar um concurso para Agente Fiscal do Imposto de Consumo. Conseguiu aprovação e exerceu o cargo por mais de 40 anos.

Plínio Schleder de Araújo foi também maçom e pela sua maneira correta de agir e de sentir, atingiu os mais altos graus da Maçonaria, exercendo cargos de grande importância naquela Instituição. Foi muito estimado e admirado por suas qualidades morais e espirituais.

Desde jovem dedicou-se também ao Espiritismo, estudando a Doutrina em todos os sentidos.

Orador de grandes recursos, sobressaiu-se nas tribunas; também como articulista escreveu para diversos órgãos da Imprensa Espírita.

Gostava imensamente de poesias; embora não fosse poeta, declamava com mestria. Ilustrava as suas palestras com a beleza dos versos, tendo para mais de 200 poesias decoradas, na maioria da lavra mediúnica de Francisco Cândido Xavier.

Sentindo que estava próximo o seu retorno a Pátria Espiritual, tratou de convencer os familiares de que a morte não é o fim, que a vida continua e que estava plenamente convencido de que o término da existência terrena era a porta aberta para a luz.

Desencarnou em 08 de julho de 1972.

Fonte do texto: Internet Google

sábado, 29 de março de 2014

LOUIS PASTEUR

1822 – 1895

Louis Pasteur nasceu no dia 27 de dezembro de 1822, na França, às duas horas da manhã, segundo Jacques Nicolle autor do livro "Pasteur", da Marabout Universit‚.

A família mudou-se para Arbois quando Pasteur tinha de três a cinco anos de idade. Ele foi uma criança normal sem prenúncios de vir a ser um grande e respeitado cientista. Além dos estudos, ocupava-se, também, com pinturas e desenhos para as quais demonstrava ter grande habilidade. No colégio Real Besançon completa sua educação secundária. Em seguida foi estudar em Paris, no famoso "Liceu Saint-Louis" e também assistir as famosas palestras proferidas por Monsieur Dumas na Universidade de Sorbonne.

Em 1842 é admitido na Escola Superior de Paris e em 1843 na "École Normale" onde iniciou seus estudos sobre os cristais. Em 1847 completa o curso de doutorado e no ano seguinte divulga as primeiras descobertas sobre a assimetria dos cristais, recebendo mais tarde um prêmio de 1.500 francos pela síntese do ácido racêmico. Em 1848 desencarna Jeanne Etiennette, sua mãe.

Em 1849 é nomeado Conferencista de Química da Universidade de Estrasburgo e casa-se com Marie Laurent. Em 1850 nasce sua primeira filha Jeanne, em 1851 seu filho Jean-Baptiste e em 1853 sua filha Cecile. Em 1854 foi nomeado Prof. e Diretor da Faculdade de Ciências de Lille. Nessa cidade começa estudos sobre a fermentação Láctea e os problemas que envolviam a fabricação do álcool, do vinho e do vinagre.

Em 1857 foi nomeado Administrador e Diretor dos Estudos Científicos da "École Normale", manteve o cargo até 1867. Em 1858 nasceu sua filha Marie Louise. Montou seu primeiro laboratório na "École Normale".

No ano seguinte inicia estudos sobre a geração espontânea e descobre a vida anaeróbia. Em 1862 é eleito membro da Academia de Ciências de Paris. No ano seguinte nasce sua filha Camille. Pasteur perdeu três dos cinco filhos nascidos. Continua com os estudos sobre os vinhos, pasteurização e sobre a doença do bicho-da-seda. Jean Joseph, seu pai, o seu melhor amigo, desencarna em 1865. Divulga "Estudos sobre os Vinhos". Em 1867 é indicado como Professor de Química da Sorbonne.

Em 1868 sofre um derrame cerebral. Continua seus estudos sobre os bicho-da-seda. Em 1871 inicia estudos sobre os problemas da cerveja. Dois anos depois é eleito para a Academia de Medicina.

Em 1877 Pasteur divulga os primeiros trabalhos sobre o antraz. Em 1878 realiza estudos sobre a gangrena, septicemia e febre puerperal. Publica sua Teoria dos Germes e suas aplicações na medicina e na cirurgia. Em 1879 estuda a cólera das galinhas.

O incansável cientista no ano de 1880 inicia seus estudos sobre a raiva, um dos mais difíceis para ele e sua equipe.

Pasteur começa a colher os frutos dos seus esforços, dos seus trabalhos. As vacinas atenuadas são grande vitória. Em 1881 é eleito membro da Academia Francesa. "Ser um dos quarenta parecia-lhe honra excessiva". Vigiava-se para não se deixa empolgar pelas vitórias.

Sessão solene para a recepção de Pasteur na Academia Francesa no dia 27 de abril de 1882. Dia de emoção. Experiência na fazenda Pouilly-le-Fort com a vacina contra o antraz. Vacinação contra a cólera das galinhas e a febre esplênica.

Continua os estudos sobre a cólera e as experiências sobre a vacinação anti-rábica nos anos de 1883 e 1884. Em 1885 vacina o menino Joseph Meister, de 9 anos e Jean Baptiste Jupille o jovem herói que lutou e matou um cão com a raiva, que o atacara. Foram os primeiros seres humanos vacinados contra a raiva. Vitória de Pasteur, os dois foram salvos. Em 1886 trata de dezesseis russos mordidos por um lobo com a raiva. Todos foram salvos.

Em 1887 Pasteur sofre um segundo derrame. Em 1888 foi inaugurado o Instituto Pasteur de Paris. Em 1889 a nova Sorbonne é inaugurada.

Sem nunca ter parado de trabalhar Pasteur chega aos seus 70 anos. Jubileu comemorado na Sorbonne. Joseph Lister, cirurgião inglês, o homenageia. Presidente da França, Sadi Carnot, presente. O discurso do homenageado. Elogios, aplausos, discursos, presentes.

Em 1894 nos laboratórios do Instituto Pasteur é descoberta a vacina contra a difteria.

A desencarnação de Pasteur ocorre em Villeneuve l'Etang, no dia 28 de setembro de 1895, com 72 anos de idade. Seu corpo repousa na "Chapelle Funéraire" do Instituto Pasteur de Paris.

Pasteur retorna à Pátria Espiritual. Partiu da sua querida França em busca das recompensas celestes e de novos trabalhos, de novos afazeres.

Louis Pasteur e a Fraternidade dos Humildes

Publicado em 20/11/2011 por Martha Gallego Thomáz.

Em 1895 voltou Pasteur à Espiritualidade, depois de haver constatado não só a constituição molecular dos cristais e a sua diferenciação energética de acordo com as suas formas, como a ação de micro-organismos causadores de infecções e ter ainda desenvolvido a vacina contra a raiva.

Havendo contribuído com tanta boa vontade para o bem-estar da humanidade, foi este benfeitor recebido nos grandes laboratórios universais, para mais amplas pesquisas, em que constatou a vida de bactérias alimentadas pelos pensamentos de egoísmo, vaidade e desrespeito ao próximo. Verificou a sua periculosidade durante a Guerra de 1914, causadora de tantas tragédias.

O sublime Amor de Jesus, prevendo as dificuldades terrestres para enfrentar os últimos momentos do Apocalipse, reuniu os Grandes Grupos Fraternais, escolhendo o Brasil como sede das novas experiências no sentido de minimizar o sofrimento dos transeuntes terrestres.

Neste evento foram designados Pasteur e Agostinho para que fizessem parte da Fraternidade dos Humildes, a fim de juntarem os seus corações ao Dr. Bezerra de Menezes, e orientassem o Comandante Edgard Armond na programação das assistências espirituais. Com o Evangelho antes do passe, as criaturas, higienizando os pensamentos, poderiam sentir que suas dores seriam amenizadas à medida que se libertassem das ideias nocivas.

Comparando: se o calor da água fervendo extingue a malignidade dos micro-organismos materiais; desenvolvendo os bons pensamentos através da vivência evangélica, conseguiremos aumentar a capacidade de amar. E o calor dos nossos corações, com certeza, extinguirá o efeito nocivo dessas “bactérias”. É o que ensinou o apóstolo Pedro, quando escreveu: “O Amor cobre a multidão dos pecados”.


Autor desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

URBANO DE ASSIS XAVIER

Nascido na cidade de Esplanada, Estado da Bahia, aos 28 de agosto de 1912, e desencarnado na cidade de Marília Estado de São Paulo, no dia 31 de outubro de 1959.

Urbano de Assis Xavier era filho de Francisco Xavier de Souza e Francisca Assis Xavier.

Formou-se em Odontologia em Salvador, Bahia, vindo para São Paulo em 1934, tendo começado sua vida profissional em Santa Ernestina, pequena cidade da zona araraquarense, situada neste mesmo Estado.

Contraiu matrimônio na própria cidade em que se estabeleceu, no dia 9 de janeiro de 1935, com Dona Albertina Ferreira, natural da mesma.

Nessa época o casal era católico praticante; ele era congregado mariano e ela filha de Maria.

Logo após o casamento começaram a surgir fatos estranhos em sua própria residência, os quais, mais tarde, quando devidamente analisados, foram comprovados como sendo fenômenos psíquicos.

O desenvolvimento de sua mediunidade foi espontâneo, tendo nessa época deixado a pequena cidade, surpreendendo os seus companheiros de congregação.

Tratava-se de mediunidade psicofônica inconsciente, ou seja, dos que não guardam lembrança das comunicações dadas por seu intermédio.

Transformava-se o seu semblante de tal maneira ao receber o espírito comunicante, que este era facilmente reconhecido pelas pessoas presentes, sem necessidade de o espírito declinar seu nome.

Muitas vezes se transfigurava a tal ponto que refletia os mínimos traços do espírito comunicante.

Nos últimos anos, teve desenvolvida a mediunidade de voz direta, caindo em transe enquanto os espíritos falavam diretamente com os presentes, vibrando a voz em pleno ar.

Muitas pessoas tiveram a oportunidade de palestrar com seus entes queridos através desse maravilhoso fenômeno, em sessões realizadas em Marília.

Possuía, também, em alto grau, a mediunidade curadora, tendo realizado curas espantosas, como foram atestadas por muitas pessoas.

Ele seguia com rigor as recomendações de Jesus Cristo, no sentido de “dar de graça o que de graça se recebe”, por isso estava sempre pronto para atender aos necessitados, mesmo que isso fosse em sacrifício dos seus interesses pessoais ou profissionais.

Urbano de Assis Xavier foi discípulo de Caírbar Schutel – o apóstolo de Matão. Recebeu desse seareiro bastante auxílio e incentivos para prosseguir na nova fase de sua vida.

Tanto ele como sua esposa Dona Albertina tornaram-se espíritas devido à intensidade e autenticidade dos fenômenos produzidos, e, dali por diante jamais se afastaram dos princípios contidos na Codificação Kardequiana.

Era portador de vários ramos mediúnicos, notadamente: audição, psicografia, psicofonia, cura, voz direta e materialização.

Por seu intermédio vários espíritos de médicos se comunicavam e faziam trabalhos de cura, de relevante importância.

Foi também conhecido como abalizado conferencista espírita, tendo proferido palestra em várias instituições doutrinárias.

Vítima de um derrame cerebral, ficou durante três anos parcialmente imobilizado, porém soube suportar com resignação e estoicismo essa enfermidade, o que fez até o dia 31 de outubro de 1959, quando desencarnou.

Urbano de Assis foi, pois, um dos grandes valores do Espiritismo. Foi pai extremoso, esposo exemplar, um homem dotado de elevado senso de responsabilidade e de moral inatacável.

Seus filhos foram: Edna, Célia, Sóstenes, Guttemberg, Alcione, Demóstenes e Walter.

Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.