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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

HUMBERTO MARIOTTI

1905 - 1982

Humberto Mariotti nasceu em Záratec, Argentina, em 11de junho de 1905.

Foi um poeta, escritor, jornalista, conferencista e intelectual espírita portenho.

Foi presidente da Confederação Espírita Argentina de 1935/1937 e 1963/1967, da Sociedad Victor Hugo por várias gestões e diretor da revista de cultura espírita "La Idea".

Humberto Mariotti, em companhia de Manuel Porteiro, participou do V Congresso Espírita Internacional, realizado em Barcelona, Espanha, em outubro de 1934.

Foi também vice-presidente da Confederação Espírita Pan-Americana (Cepa) em duas gestões.

Foi atuante divulgador do Espiritismo na imprensas espíritas brasileira, portuguesas e argentina.

Escreveu vários livros e inúmeros artigos para a revista "Educação Espírita", propondo uma nova filosofia da educação, não só para o "ser humano", mas principalmente para o "ser espiritual em evolução".

Em 10 de julho de 1982, em Buenos Aires, Argentina, desencarna o escritor, poeta, jornalista, expositor e filósofo espírita.

Obras: Dialéctica y Metapsíquica; Parapsicologia y Materialismo Histórico; El Alma de los Animales a Luz de la Filosofia Espirita; En Torno al Pensamiento Filosofico de J. Herculano Pires; Victor Hugo, el Poeta del Más Allá; Los Ideais Espiritas en la Sociedad Moderna; Vida y Pensamiento de Manuel Porteiro.


Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

HUGO GONÇALVES, "O PAIZINHO"

Hugo Gonçalves, o "Paizinho". Assim é conhecido e chamado, carinhosamente, em todo o norte do Paraná, o Missionário Hugo Gonçalves, discípulo de Cairbar Schutel e sustentáculo da Doutrina Espírita nesse Estado da Federação.

Continua o que começou desde criança, sob a sábia orientação do saudoso Bandeirante do Espiritismo. Não apenas prega o amor e a caridade, mas principalmente os pratica. Por isso, por irradiar tanta simpatia, todos os que o conhecem de há muito ou o vem a conhecer, o consideram uma verdadeira graça de Deus.

Em 1880 chegava ao Brasil uma família de imigrantes portugueses liderada por Francisco Ferreira e Conceição dos Santos. Dentre os filhos que constituíam a prole, chamava à atenção a caçulinha, de nome Cândida, com pouco mais de 1 ano. A família se instalou no povoado de Boa Esperança, nas proximidades de Rio Claro, no Estado de São Paulo. Alguns anos depois, em 1888, já com 20 anos e sozinho, chega ao Brasil e se instala no mesmo lugar, outro imigrante português com o imponente nome de José Maria Gonçalves. José Maria chegou sozinho, mas bem acompanhado por entidades espirituais que o conduziram até Boa Esperança, pois ali já estava sua prometida consorte e companheira de toda a vida − Cândida − ambos com um sério compromisso de gerarem o nosso abençoado Hugo Gonçalves. José Maria e Cândida se casaram em 1893 e mudaram-se para Matão por volta de 1897. Já, em seguida, fizeram amizade com o bondoso farmacêutico local, o Sr. Cairbar de Souza Schutel.

Hugo Gonçalves retornou ao mundo físico no dia 6 de outubro de 1913. O parteiro foi Cairbar Schutel, o qual sugeriu que o rebento se chamasse Vitor Hugo, seu autor literário preferido. Dona Cândida gostou de Hugo, mas não de Vitor.
Aos 12 anos de idade, revelou boa tendência literária, passando a escrever para o Jornal O Clarim, fundado e dirigido por seu mestre Cairbar Schutel, em Matão-SP.

A partir dos 13 anos, passou a trabalhar com os demais irmãos, executando duras tarefas na pedreira de propriedade do pai, tendo por companheira e instrumento, uma sisuda marreta. Ainda em plena adolescência, no âmbito escolar, todos os dias fulminava com o olhar uma bonita descendente de italianos, que descobriu chamar-se Dulce Ângela Caleffi ("A Mãezinha de Cambé"). Ela, só com o passar do tempo, veio a notar aquele olhar interesseiro. Não tardou a sentir umas fisgadas no coração. Por alguns anos o futuro romance ficou apenas na paquera.

O efetivo namoro somente se deu após a morte de Arturo, pai de Dulce, em 1930. Casaram-se no dia 21 de setembro, de 1935. Por volta de 1940, já com o filho Cairbar, mudou-se para a região de Campinas, onde permaneceu alguns anos, também quebrando pedras. Retornou a Matão, agora com segundo filho, Emanuel, para continuar seu trabalho na pedreira da família. Logo depois, foi convidado a trabalhar na administração de uma grande fazenda, situada nas proximidades de Matão.

Em 1947, mudou-se para o Paraná, fixando-se na região de Londrina. Continuou a trabalhar em administração de fazendas, até 1953. Nesse ano, instalou-se em Cambé (Paraná), passando a dirigir o Lar Infantil Marília Barbosa.

Hugo Gonçalves teve treze irmãos, dos quais três desencarnaram ainda crianças. É o único sobrevivente da família. Diz ele porque sempre foi o mais teimoso. Tem dois filhos, treze netos, dezoito bisnetos e trinta e seis sobrinhos. É detentor de vários títulos honoríficos, pelo seu trabalho incessante e direcionado ao bem do próximo, notadamente das crianças e idosos desvalidos. Após uma semana de internamento em UTI, dona Dulce, sua adorada companheira de quase 68 anos, acometida de problemas cardiorrespiratórios, veio a desencarnar no dia 19 de maio de 2003, prestes a completar 87 anos de profícua e abençoada existência.

Em março de 2003, deu-se o lançamento do livro Hugo Gonçalves e o homem que se lembra do Sermão da Montanha. Trata-se de uma obra biográfica. A par da homenagem, é também um esforço no sentido de relegar eventual e injusto olvido de uma vida exemplar inteiramente dedicada ao amor preconizado pelo Cristo, nas décadas futuras, quando seus parentes, amigos e companheiros de hoje, já não mais estiverem no plano físico.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

sábado, 30 de setembro de 2017

HUMBERTO AGOSTINHO LOYOLA

1893 – 1971

Humberto Agostinho Loyola nasceu em Morretes no Paraná no dia 17 de junho de 1893.

Como homem conhecedor do Espiritismo e, sobretudo, praticante, foi uma criatura de caráter, bons sentimentos e alto senso de responsabilidade, quer no lar, na sociedade ou nos círculos espíritas.

Foram seus pais Agostinho e Júlia Loyola.
Casou-se com Romilda Andrade Azevedo Loyola em 1915 e tiveram do casamento uma filha, Diva Azevedo Loyola.

Espírita de indeclináveis convicções, Humberto Agostinho Loyola foi, por muitos anos, Diretor do Albergue Noturno, ao qual prestou assinalados serviços assistenciais.

Também por longos anos fez parte do Conselho Deliberativo da Federação Espírita do Paraná, na qual exerceu ainda outras atividades, estando sempre disposto a promover a Causa do Espiritismo.

Humberto retornou a pátria espiritual em 03 de novembro de 1971.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

HUBERT FORESTIER

1868 – 1971

Nasceu em 10 de janeiro de 1868 e desencarnou em Paris em 16 de setembro de 1971.

Foi diretor da Revista Hubert Forestier Espírita e da Sociedade Espírita.

Fiel ao Espiritismo. Em 1931 substituiu Jean Meyer na direção da Revista adotando como lema "servir". Mesmo bastante doente permaneceu firme nas tarefas em que estava empenhado.

Homem de muita fé nas realidades do além.

Foi um pregador fervoroso, dedicando-se com muito amor às dores do próximo.

Viveu e morreu fiel às suas convicções e certezas.


Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

terça-feira, 1 de agosto de 2017

HONÓRIO MELO

1905 - 1989

Em 8 de setembro de 1989 desencarnava Honório Melo. Exerceu a presidência da Federação Espírita do Paraná, de 1979 a 1983. Foi seu 3o Vice-Presidente de 1949 a 1952 e 2o Vice-Presidente de 1972 a 1978.

Ao longo de mais de meio século de dedicação ao movimento espírita esteve sempre ao lado de outros grandes trabalhadores, tais como Lins de Vasconcellos, Francisco Raitani, João Ghignone, Lauro Schleder e Abibe Isfer.

Em 11 de julho de 1937 passou a compor o Conselho Federativo da Federação Espírita do Paraná, como representante da Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz. Em 15 de janeiro de 1938 foi designado Secretário Geral da FEP pelo então Presidente João Ghignone. Em 23 de janeiro de 1939 deixou o cargo de Secretário Geral e passou a compor a Comissão de Direção e Fiscalização de Entidades Filiadas, em conjunto com Lauro Schleder, João Pina, Ernesto Carlberg Filho e João Hartman.

Em 2 de abril de 1938 propôs o nome de Hercília de Vasconcellos para o pavilhão feminino do denominado Sanatório Bom Retiro.

Foi eleito membro efetivo do Conselho Federativo em 12 de outubro de 1941. Em 11 de janeiro de 1943 foi designado para Diretor do Departamento de Propaganda da FEP.

Participou como um dos organizadores do Congresso Espírita Paraná - Santa Catarina, em 1945, tendo inclusive apresentado uma tese.

Como se comemora os cinquenta anos do Pacto Áureo, no corrente ano, é interessante ressaltar a repercussão do mesmo no Conselho Federativo da FEP. Na reunião do Conselho Federativo de 9/10/1949, com a presença de Francisco Raitani que havia retornado do Rio de Janeiro onde, com João Ghignone e Lins de Vasconcellos participara da assinatura da ata da FEB que passou a ser conhecida como Pacto Áureo, o Conselheiro Honório Melo, dizendo do regozijo de tão auspicioso fato, propôs que se enviasse telegrama à FEB, a Arthur Lins de Vasconcellos Lopes e a João Ghignone que haviam permanecido no Rio de Janeiro, no seguinte teor: "Federação Espírita do Paraná, por seu Conselho Federativo reunido hoje dia nove, tomando conhecimento deliberação consubstanciada ata reunião Diretores Federação Espírita Brasileira e várias Federações e Uniões âmbito estadual, realizada dia cinco corrente mês sede essa Federação, com satisfação ratifica ditas deliberações assinadas pelo presidente João Ghignone, ao mesmo tempo manifesta desejo aderir a essa Federação para o que solicita instruções. Outrossim Federação Espírita Paraná congratula-se com Família Espírita Brasileira pela feliz inspiração que tiveram os responsáveis pelo desenvolvimento do Espiritismo no Brasil. Assinado Abibe Isfer, vice-presidente em Exercício. "

Em 24/9/1950 foi instalada a Comissão de Assistência e Difusão Doutrinária, sendo Honório Melo escolhido Secretário da referida comissão, nela permanecendo por quatro anos.

No período de 10/3/55 a 13/5/1958 esteve afastado do Conselho Deliberativo, mas continuou a colaborar nos Departamentos da FEP.

Em 1958 foi designado diretor do Departamento de Mocidades, tendo antes sido Orientador da União da Mocidade Espírita de Curitiba, UMEC, por mais de cinco anos. Nas reuniões dessa mocidade, que foi muito ativa por mais de dez anos, ele participava, na parte introdutória, a cada quinze dias, fazendo exposições sobre o Livro dos Espíritos.

Foi Secretário do Conselho Deliberativo, por vários anos, desde 1961. Em 1965 teve atuação preponderante na criação das Uniões Regionais Espíritas.

Foi delegado do Paraná em vários congressos espíritas, e inúmeras vezes representante da FEP no Conselho Federativo Nacional, onde sua opinião sempre era ouvida e respeitada. Era conhecido e amigo dos presidentes das Federações e Uniões Espíritas de todos os Estados. Melo, como era mais conhecido, era firme na defesa dos aspectos doutrinários e ao mesmo tempo pessoa alegre que contagiava pela sua conversa franca.

Além de suas atividades na Federação Espírita do Paraná, foi trabalhador atuante e também Presidente da Sociedade Espírita Os Mensageiros da Paz e do Centro Espírita Leocádio José Correia, bem como palestrante em outras casas Espíritas do Estado.

Já quando estava enfermo e acamado, em 1989, recebeu a visita de Divaldo Franco, que lhe transmitiu um passe. Ao vê-lo Melo disse: "quanta honra para um pobre marquês", expressão que usava quando recebia algum elogio ou homenagem.

Especificamente para com este periódico, a sua participação como diretor - de novembro de 1977 a janeiro de 1979 - foi uma das mais profícuas, além de ter sido um dos mais ardorosos batalhadores para que o mesmo viesse para Curitiba, trazido do Rio de Janeiro pelas mãos de Lins de Vasconcellos, e pudesse chegar até os dias de hoje, com edições regulares e ininterruptas.

Deixou de sua lavra dois opúsculos versando sobre a Federação: “Federação Espírita do Paraná, 77 anos - seus Presidentes” e "Ensaio Histórico da Federação Espírita do Paraná em seus oitenta anos".

No período de mais de quarenta anos em que João Ghignone permaneceu no cargo de Presidente da FEP, destacam-se Abibe Isfer que, além de suas atividades de médium, era o impulsionador das construções realizadas nesse período e Melo que estava voltado para a dinamização do movimento espírita do Estado.

Com certeza Honório Melo continua colaborando com o movimento Espírita do plano em que se encontra.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

sábado, 1 de julho de 2017

HERNANI TRINDADE SANT’ANNA

1926 – 2001

Depois de pertinaz enfermidade, desencarnou, em 25 de junho de 2001, Hernani Trindade Sant’Anna, que teve, no dia 27, seu corpo cremado no Crematório São Francisco Xavier, no Caju, Rio de Janeiro, a cujo velório acorreu considerável número de pessoas do seu círculo de amizades. O representante da FEB, Alberto Nogueira da Gama, fez a prece a Jesus pelo desencarnado.

Filho de Cirilo Ribeiro de Sant’Anna e Durvalina Trindade de Sant’Anna, nasceu em 2 de novembro de 1926, em Salvador, Bahia, onde fez os cursos primário e secundário no Colégio Salesiano. Aos dezessete anos, veio para o Rio de Janeiro, ingressando desde logo na corporação Tiro de Guerra do Engenho de Dentro; aí travou conhecimento com o companheiro de farda Ivan de Almeida Sá, que o levou a frequentar o Centro Espírita Amaral Ornellas, em cujo quadro administrativo figurava a Juventude Espírita. Recebido pelo Presidente Diamantino Fausto Ramos de Sá, pai desse seu amigo, passou a participar do grupo de jovens, com os quais se identificou de imediato, dando ao núcleo juvenil preciosa colaboração.

Fundada em agosto de 1947 a União das Juventudes Espíritas do Distrito Federal (Rio de Janeiro), que aglutinava as Mocidades Espíritas da época, Trindade Sant’Anna fez-se notar como Secretário Geral, por apreciável atuação. A convite do Presidente da Federação Espírita Brasileira, A. Wantuil de Freitas, intermediado pelo Secretário Francisco Virgílio da Rocha Garcia, a UJEDF, a partir de 1948, se instalou na sede da Casa-Máter do Espiritismo no Brasil. Em 13 de novembro de 1949, em decorrência do Pacto Áureo – Acordo de Unificação do Movimento Brasileiro – celebrado, a 5 de outubro do mesmo ano, na Grande Conferência Espírita do Rio de Janeiro, a União se transformou em Departamento da Juventude Espírita da FEB. A esse órgão administrativo infanto-juvenil, foi-lhe confiada, em abril de 1950, a direção do jornal Brasil-Espírita; mensário específico para divulgação da matéria doutrinária pertinente à criança e ao jovem. Hernani, quer naquela fase anterior, quer nessa outra, com o pseudônimo de Fontes da Luz, escreveu magníficas páginas de direcionamento e edificação endereçadas aos jovens espíritas do Brasil, sendo também de sua lavra lítero-doutrinária, em poesia e prosa, trabalhos primorosos em O Reformador, sem falar no livro Juventude em Marcha, em cujo texto predominam temas por ele dissertados.

Técnico em Contabilidade, Bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes, do Rio de Janeiro, Procurador Jurídico da Superintendência de Seguros Privados do Ministério da Fazenda, Trindade Sant’Anna primou pela competência, capacidade de serviço, honradez e idoneidade moral.

Assessor da Presidência Febiana de 1977 a 1995. Suplente do Conselho Fiscal da FEB por vários anos. Membro efetivo do Conselho Superior da Federação Espírita Brasileira, de 1976 a 2000.

Orador fluente, de grandes dotes culturais, agradava a quantos o ouviam, não só pela beleza e eloquência da linguagem como pelo conteúdo dos assuntos abordados. Quando falava no grande salão de conferências da Avenida Passos, 30, o recinto ficava literalmente lotado. Poeta nato, deixou verdadeiras obras-primas de uma Poética superior, a quase totalidade de fundo espírita. O seu livro Canções do Alvorecer, publicado pela Federação Espírita Brasileira em 1954, bem espelha o primor de seus versos. Como médium psicógrafo, não foi menos saliente a sua produção poética ou em prosa recebida de Espíritos diversos, estampada, quer em O REFORMADOR e outros periódicos, quer em livros como: Universo e Vida (1979), pelo Espírito Áureo; Correio Entre Dois Mundos (1988), em prosa e verso; Amar e Servir (1993), de mensagens recebidas, em sua maioria, no Grupo Ismael da Federação Espírita Brasileira, quase todas em prosa. Essas obras mediúnicas, do elenco editorial Febiano, não só edificam pela grandeza moral de suas páginas, como ressumbram, a cada capítulo, elevados ensinos em perfeita harmonia com a Mensagem do Cristo Jesus.

Em 1991, ainda pela Federação, deu a público a obra Notações de Um Aprendiz, em que na primeira parte tece comentários sobre várias passagens evangélicas, principalmente relacionadas com Jesus, e, na segunda, analisa, prioritariamente, notícias veiculadas pela grande imprensa leiga, observando-as segundo a visão espírita.

De sua lavra foram publicados pelas Livrarias Allan Kardec Editora, de São Paulo, e Auta de Souza, de Brasília, respectivamente A Razão e a Fé, e Em Busca da Verdade.

Em meados do século XX, Trindade Sant’Anna ombreou com dedicados jovens espíritas empenhados na dinamização da evangelização espírita infanto-juvenil, associando a eles seus melhores esforços no sentido de darem à matéria específica dessa área mais divulgação e maior abrangência. Compunham, então, esse grupo de moços: Agadyr Teixeira Torres, Jayme Cerviño, Célia Cerviño, Clemente Martins, Antônio Vilela, Arnaldo Ávila Campos, Alberto Nogueira da Gama, Iaponan Albuquerque da Silva, Atlas de Castro, Ivan de Almeida Sá, Lenice Teixeira Dias, Laís Teixeira Dias, Maria Lina Teixeira Dias, Maria Luiza Serra Pontes, Armando Diniz.

Hernani foi importante articulador, com o então Presidente Francisco Thiesen e o Vice-Presidente Juvanir Borges de Souza, dos termos da Escritura lavrada entre Chico Xavier e a Federação Espírita Brasileira, em 19 de outubro de 1978, sobre direitos autorais de livros mediúnicos cedidos a FEB.

Na obra Amar e Servir, consta, de Amaral Ornellas, o soneto Mensagem (p.13), e, de Emmanuel, Carta Paternal (p. 15-20), peças dedicadas à pessoa do médium, nas quais ressumbram o caráter superior de sua missão e o incentivo ao trabalho com Jesus “sem mágoas, sem protestos pessoais, sem exteriorizações da nossa personalidade”.

Desfrutou da estreita amizade do Presidente A. Wantuil de Freitas, que o tinha em conta de um filho, bem como se tornou muito amigo dos Presidentes Francisco Thiesen e Juvanir Borges de Souza, dos quais recebeu todo apoio afetivo, sempre cercado de máxima consideração.

Casado com Nilda Maria de Sant’Anna, autora do livro de memórias O Barrigudinho, pai de cinco filhos naturais e dois adotivos, avô de sete netos, dividiu com os familiares toda a ternura e carinho, fazendo sua a felicidade deles.

Ao companheiro de ideal, que se notabilizou na comunidade espírita e querido de todos que com ele privaram, nossos votos de plena e feliz integração no Plano Espiritual.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quinta-feira, 1 de junho de 2017

HERNÂNI GUIMARÃES ANDRADE

1913 – 2003

O MAIOR PESQUISADOR ESPÍRITA DA ATUALIDADE

Hernani Guimarães Andrade (Araguari, 31 de maio de 1913 — Bauru, 25 de abril de 2003) foi um pesquisador espírita brasileiro.

Fundador do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), procurou demonstrar cientificamente a existência dos fenômenos paranormais, da reencarnação, da obsessão espiritual e da transcomunicação instrumental, além de ter realizado pesquisas laboratoriais para detectar o que denominou como Campo Biomagnético (CBM) ou Modelo Organizador Biológico (MOB).

Hernani Guimarães Andrade é hoje uma unanimidade. Na área da Parapsicologia, Psicobiofísica, transcomunicação instrumental (TCI, comunicação com mentes extracorpóreas através de aparelhos eletrônicos), é provavelmente o autor mais citado no Brasil e exterior.

Mas nem sempre foi assim. Se hoje Hernani goza de tanto prestígio, no início de sua trajetória como pesquisador, parapsicólogo e escritor, amargou preconceitos, principalmente no movimento espírita.

Sua coluna na Folha Espírita, Espiritismo e Ciência, atualmente assinada por Karl Goldstein, um de seus pseudônimos, veio demonstrar que os princípios espíritas foram muito bem assimilados pelo engenheiro Hernani. Seu livro inicial se constituiu num projeto básico, projeto síntese de suas obras posteriores, hoje consagradas tanto no meio espírita como no ambiente dos parapsicólogos do mundo inteiro.

Quando aparecia na TV, era apresentado como parapsicólogo, presidente do Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas (IBPP), mas nunca como espírita. No movimento espírita, sua obra foi por muitos anos ignorada; apenas conhecida e aceita por poucos estudiosos.

Sua coluna na Folha Espírita, suas pesquisas inéditas no campo da parapsicologia e seus livros mudaram radicalmente esse cenário, conduzindo-o a uma condição que nenhum outro pesquisador parapsicológico conseguiu conquistar, ao menos no Brasil. Manteve contato com o fundador da Parapsicologia, Joseph Banks Rhine e é hoje uma referência mundial na área da reencarnação, TCI e poltergeist. Foi o introdutor no País do estudo da TCI. Atuou como consultor inclusive no meio acadêmico na assessoria a mestrandos com teses acadêmicas e temáticas relacionadas à parapsicologia e ao Espiritismo. Através de intercâmbio firmado entre a USP e o IBPP em 1997, Hernani ajudou a formar a primeira turma de Pós-Graduação do Grupo de Pesquisas Psicobiofísicas da USP, em lato sensu, no campo da Integração Cérebro-Mente-Corpo-Espírito.

Criou o termo parapirogenia para designar os fenômenos de combustão espontânea. A exemplo de Ian Stevenson e do indiano Banerjee, pesquisou dezenas de casos que sugerem reencarnação. Lançado pela editora Pensamento, Reencarnação no Brasil tornou-se um clássico do gênero.

Desenvolveu a teoria do MOB, modelo organizador biológico, uma das teses mais articuladas e fundamentadas que surgiu no movimento espírita, um desdobramento do conceito de perispírito (envoltório do Espírito) elaborada por Allan Kardec no século XIX.

Hernani não poderia ficar de fora de qualquer listagem na eleição de grandes espíritas e pesquisadores do século. Sua contribuição inestimável para o progresso do Espiritismo e da cultura lhe conferem tranquilamente a condição de o maior pesquisador espírita da atualidade.

Principais obras: Teoria Corpuscular do Espírito; Parapsicologia Experimental; Psi Quântico; Morte, Renascimento, Evolução; Espírito, Perispírito e Alma; Reencarnação no Brasil; Transcomunicação Instrumental; e A Morte - Uma Luz no Fim do Túnel.


Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

segunda-feira, 1 de maio de 2017

HERMÍNIO CORREA DE MIRANDA

1920 - 2013

Hermínio Corrêa de Miranda (Volta Redonda, 5 de janeiro de 1920) foi um pesquisador e escritor espírita brasileiro. Habitualmente assinava Hermínio C. Miranda.

Formou-se em Ciências Contábeis, tendo trabalhado na Companhia Siderúrgica Nacional até se aposentar.

Seu primeiro livro, Diálogo com as Sombras, foi publicado em 1976. Depois vieram muitos outros títulos, sendo que seus direitos autorais foram sempre cedidos a instituições filantrópicas.

Obras publicadas

Em ordem alfabética: A Dama da Noite; A Irmã do Vizir; A Memória e o Tempo; A Noviça e o Faraó - A Extraordinária História de Omm Sety; A Reencarnação na Bíblia; A Reinvenção da Morte; Alquimia da Mente; Arquivos Psíquicos do Egito; As Duas Faces da Vida; As Marcas do Cristo, vol I e II; As Mil Faces da Realidade Espiritual; As Sete Vidas de Fénelon; Autismo, uma Leitura Espiritual; Candeias na Noite Escura; Com Quem Tu Andas? (com Jorge Andréa e Suely Caldas Schubert); Condomínio Espiritual; Cristianismo: A Mensagem Esquecida; Crônicas de Um e de Outro (com Luciano dos Anjos); De Kennedy ao Homem Artificial (com Luciano dos Anjos); Diálogo com as Sombras; Diversidade dos Carismas; Eu Sou Camille Desmoulins (com Luciano dos Anjos); Guerrilheiros da Intolerância; Hahnemann, o Apóstolo da Medicina Espiritual; Histórias que os Espíritos Contaram; Lembranças do Futuro; Memória Cósmica; Nas Fronteiras do Além; Negritude e Genealidade; Nossos Filhos são Espíritos; O Espiritismo e os Problemas Humanos (com Deolindo Amorim); O Evangelho Gnóstico de Tomé; O Exilado; O Mistério de Patience Worth; O Que é Fenômeno Mediúnico; Os Cátaros e a Heresia Católica; Reencarnação e Imortalidade; Sobrevivência e Comunicabilidade dos Espíritos; e Swedenborg, uma Análise Crítica.

Além destas, Herminio traduziu e comentou as seguintes obras: A Feira dos Casamentos (de J. W. Rochester, psicografada por Vera Ivanova Kryzhanovskaia); O Mistério de Edwin Drood (de Charles Dickens, com final psicografado por Thomas P. James); e Processo dos Espíritas (de Madame Pierre-Gaëtan Leymarie).

Um dos escritores espíritas mais lidos da atualidade, também tradutor, Hermínio Correa de Miranda, nascido em 1920, teve um fôlego para pesquisas e leituras tão amplo que não seria de todo equivocado afirmar que foi o escritor dos escritores. Equiparava-se, talvez, neste aspecto e em certa medida a Ernesto Bozzano. Em sua obra, extensa e também densa, sobressaltam as referências bibliográficas, ao lado de suas preferências temáticas e de uma preocupação constante com as conceituações, que deseja colocar claras para melhor expressão do seu pensamento.

Contribuiu para isso a competente capacidade de ler em diversas línguas e uma memória privilegiada que Miranda demonstrava possuir, valorizando sobremaneira o seu autodidatismo.

Tendo residido por algum tempo nos Estados Unidos, a serviço profissional, aprimorou ali não só os seus conhecimentos do inglês como também o gosto pela literatura profusa do país de Tio Sam, em especial as obras relacionadas aos temas de sua preferência.

Miranda não foi um pesquisador do tipo Ian Stevensson ou Hernani Guimarães Andrade. Enquanto estes se preocupam com a análise dos fatos em seus detalhes comprováveis, quando trata da reencarnação Miranda se valia habitualmente de pesquisa biográfica com apoio em bibliografia consistente, em que estão presentes, inclusive, obras de história. É bem verdade que o seu livro mais denso sobre o tema - "Eu sou Camille Desmoulins" - escrito em parceria com o sujet da pesquisa, Luciano dos Anjos, conta com um outro tipo de apoio: a regressão de memória. É também verdadeiro o fato de utilizar as experiências com regressão de memória em outras obras sobre a reencarnação. Sua argumentação, entretanto, privilegiava a comparação de dados biográficos, no que foi rigoroso se assim podemos nos expressar.

A seriedade de Miranda, nesta como em outras obras, é incontestável. Correndo o risco de ser contestado, avançava ele na defesa de ideias próprias em alguns casos, inovando senão na originalidade do assunto pelo menos na utilização de novas designações para fatos conhecidos, como é o caso de seu "replay", nome que atribui ao fenômeno observado por Ernesto Bozzano em "A Crise da Morte", a respeito das lembranças que o indivíduo repassa no instante da desencarnação.

Seu pensamento era de que "o historiador ou historiógrafo não deve imaginar fatos inexistentes para preencher lacunas ou justificar a "sua" filosofia da História. Deve limitar-se a narrar os fatos, tal como se apresentam na documentação existente ou na melhor e mais verossímil tradição".

Ao lado de sua farta produção na linha da reencarnação, Miranda revelava-se igualmente interessado nos fatos mediúnicos, privilegiado que foi pela convivência com alguns médiuns férteis em material de análise. Sua capacidade de registrar as informações obtidas por esta via, bem como de ampliá-las com pesquisas bibliográficas, permitiu-lhe escrever inúmeros livros, numa relação de que desponta a série Histórias que os Espíritos Contaram. Nestas obras surpreende o fato do autor trabalhar com a regressão de memória nos espíritos manifestantes.

Esta relação íntima com o plano invisível, que o autor diz ter durado algumas décadas em ambiente apartado do centro espírita, principiou por uma constatação: "Ao iniciar-se a tarefa, o conceito que eu formulava acerca dos espíritos era o dos livros que estudara durante o período de instrução e formação. Para mim, seriam entidades que, de certa forma, transcendiam a condição humana, quase como abstrações vivas, situadas numa dimensão que meus sentidos não alcançavam. Mas não era nada disso, os espíritos são gente como a gente! Sofrem, amam, riem e choram. Experimentam aflições, desalentos, alegrias, esperanças, tudo igual".

Ainda no plano das vidas sucessivas, Miranda acreditava ser a reencarnação de um dos fiéis colaboradores de Martinho Lutero ao tempo da Reforma, tendo por esta personalidade uma inusitada admiração. Seus estudos sobre vidas anteriores incluem Lutero (este seria a reencarnação de Paulo). Isto talvez explique, entre outras coisas, o também grande interesse de Miranda pela teologia e, em especial, o Cristianismo, valendo destacar aí os dois volumes de As Marcas do Cristo e ainda Cristianismo: A Mensagem Esquecida.

Não se pode, portanto, deixar de mencionar neste ponto duas coisas: sendo afeito ao estudo da teologia, Miranda não se mostrava um místico do tipo comum; apesar disso, era francamente partidário do aspecto religioso do Espiritismo, revelando-se aqui um dos poucos momentos de sua obra em que é contundente: "O Espiritismo está coerente com essa mensagem imortal, e, por isso, implantou-se tão solidamente sobre alicerce de três "pilotis": ciência, filosofia e religião. Hoje, examinando os fatos do ponto de vista privilegiado da perspectiva, sabemos que o suporte religioso é o mais importante dos três". Segue, portanto, a linha emanuelina, em que não se contentava apenas em apontar sua visão, mas destacava o que entende ser o aspecto primordial: o religioso. Eis que o confirma: "O Espiritismo (...) se resume, em última instância, em uma proposta clara e objetiva de esforço pessoal evolutivo para substituir religiões salvacionistas, dogmáticas e irracionais. Fé racionalizada, purificada e sustentada pela experimentação, continua sendo fé, mais do que nunca. Se isto não é religião, que seria, afinal?".

Para finalizar, alguns aspectos curiosos em Hermínio Miranda:

1. Ele não foi um escritor que se poderia dizer popular. Conquanto em alguns instantes demonstre intenções nessa direção, sua linguagem o trai, seu estilo foi denso e portador de uma seriedade do tipo que não se permite, leves que sejam, algumas pitadas de jocosidade. Às vezes tentou, mas não logrou sucesso. Por isso, seria interessante analisar a razão da excelente vendagem de seus livros;

2. Miranda abusava das conceituações e dos esclarecimentos tendo por base os dicionários e enciclopédias. Tem-se a impressão de que escreveu com o "Aurélio" e a "Britânica" ao lado, a eles recorrendo constantemente. Isso pode significar, por exemplo, uma tendência ao didatismo, ao mesmo tempo em que preocupava com o produto final da recepção do leitor;

3. Verificava-se, também nele, uma quase excessiva preocupação de convencer o leitor de que não desejava modificar sua opinião acerca de determinados aspectos especialmente ligados à crença. Ao analisar o conjunto de sua obra, este fato se destaca com certa nitidez, contrastando com a firmeza com que defende suas opiniões.

Faleceu em 8 de julho de 2013, aos 93 anos. Foi sepultado no cemitério Jardim da Saudade (Sulacap), no Rio de Janeiro.


Fonte do texto e imagem: Internet Google.

sábado, 1 de abril de 2017

HENRIQUE ALVES DA CUNHA MAGALHÃES

1900 - 2004

Às 6 horas do dia 2 de julho de 2004, retornou ao mundo espiritual, estando para completar 104 anos de uma existência toda dedicada à caridade, o Espírito de nosso muito querido companheiro Henrique Magalhães.

Seu corpo foi velado, durante o dia 2, na sede da Instituição Maria de Nazareth – Casa da Mãe Pobre -, na Rua Frei Pinto, 16, para onde afluiu uma legião de amigos e de beneficiários de sua abençoada obra, ocasião em que a Casa de Ismael se fez representar por seu Diretor Lauro de O. São Thiago e pelo ex-Presidente Juvanir Borges de Souza.

O enterro se deu no dia seguinte, sábado, no Cemitério do Parque da Colina, em Niterói (RJ), ali comparecendo, em nome da Federação, o Diretor Affonso Soares, que se associou, com breve alocução, às tocantes homenagens que lhe foram prestadas.

Henrique Alves da Cunha Magalhães nasceu em 4 de dezembro de 1900 (quatro meses após o passamento de Bezerra de Menezes), na Freguesia dos Telões, Conselho de Amarante, Distrito do Porto, em Portugal, filho de Manoel Alves da Cunha Magalhães e de Ana Augusta da Cunha Coutinho. Aos 12 anos de idade, na companhia de um casal de primos de seu genitor, embarcou para o Brasil, chegando ao Rio de Janeiro em 11 de novembro de 1912. Até 1920, trabalhou arduamente no comércio para ganhar o pão de cada dia, mas as sequelas da “gripe espanhola”, contraída em 1919, obrigaram-no a retornar à casa paterna. Durante a viagem a enfermidade cedeu por completo, e Henrique após visitar os pais, regressou ao Brasil, onde se estabeleceu definitivamente.

 Em 1931, adoeceu novamente, e fixou residência em Teresópolis, onde grassava uma epidemia de meningite. Com a filha mais nova atingida pela terrível enfermidade, Henrique, vendo-a piorar apesar dos desvelos do médico, aceitou a sugestão de obter uma receita homeopática dos Espíritos, não obstante sua aversão ao Espiritismo. Operou-se a “milagrosa” cura e Henrique começou a estudar O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, compreendendo o quanto andava distanciado de Jesus.

Em 1937, o Alto, através do Espírito Dr. João de Freitas, exortou-o a que, juntamente com outros idealistas, empreenda a fundação, em 1941, da benemérita Instituição Maria de Nazareth – Casa da Mãe Pobre, que passou a dirigir, desde quando, em 1946, substituiu seu primeiro Presidente, o Dr. Coriolano de Góis, falecido naquele ano. Sob sua condução, as atividades da Instituição, inspiradas no amor da Mãe Santíssima, expandem-se sob a forma de serviços assistenciais de diversa natureza, prestados em Teresópolis – Creche e Lar Isabel a Redentora, Mansão dos Velhinhos, Grupo Escolar Isabel a Redentora, e no Rio de Janeiro – Hospital Maternidade e Ambulatório Dr. João de Freitas, Abrigo Sylvia Penteado Antunes e Lar Lucílio Ribeiro Torres, Creche Marieta Navarro Gaio.

Com o magnetismo das almas que tudo sacrificam pelo bem do próximo e que confiam absolutamente na Providência Divina, sem se descuidarem de cumprir os deveres que lhes asseguram os favores celestes, Henrique Magalhães, não obstante desprovido de grandes recursos, atraiu para a sua benemérita obra o concurso de devotados idealistas, assim assegurando, com o indispensável sustento do Alto, a continuidade de um serviço digno do venerando Espírito que o havia inspirado – Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus.

O querido companheiro ainda encontrava tempo, em meio a uma intensa atividade, para escrever livros com que edificasse as novas gerações e as atraísse para a Seara do Mestre, tendo saído de sua pena as obras A Casa da Mãe Pobre – 50 anos de Amor, em 1991; Como Fundar e Manter Obras Assistenciais, 1995; Em Prol da Mediunidade – Pequena História do Espiritismo, 1998.

A Conferência Espírita Brasil-Portugal (16 a 19/3/2000) prestou-lhe sentida homenagem, por ocasião do seu centenário de nascimento, quando, por iniciativa de Francisco Bispo dos Anjos, a Federação Espírita do Estado da Bahia publicou um folheto em que, entre outros textos, figuram dados biográficos de nosso homenageado. Também a Federação Espírita Brasileira, em júbilo pelo grato evento, dedicou-lhe, em O Reformador de novembro daquele ano, o artigo “Henrique Magalhães no seu Centenário”, de cujos informes biográficos nos servimos para a presente notícia.

Henrique Magalhães sempre foi um inestimável amigo da Federação Espírita Brasileira, tendo colaborado para a construção da Sede Central, em Brasília (DF), e do Departamento Gráfico, no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro (RJ), para não falar do serviço silencioso e fiel, de todos os dias, em prol dos ideais que norteiam os destinos da Casa de Ismael na Terra. Foi membro de seu Conselho Fiscal durante vinte anos, membro de seu Conselho Superior desde 1975 e representante do Ceará no Conselho Federativo Nacional, de 1951 a 1985.

Já no fim de sua existência, Henrique Magalhães, carregando as naturais limitações que a idade lhe impunha, afirmava feliz: “E continuo trabalhando, com a graça de Deus”, com que oferecia a seus irmãos de lutas terrenas uma profunda lição de bom ânimo e de perseverança no bem.

Agora, liberado do cárcere físico, no pleno uso de sua liberdade espiritual e animado pelo mesmo ideal a que consagrou a sua vida inteira, nosso irmão certamente terá reafirmado, tanto às legiões luminosas que o aguardavam nas regiões felizes do mundo espiritual, como aos pequeninos aos quais serviu com o seu inquebrantável amor, o compromisso com Jesus, dizendo-lhes: “E continuarei trabalhando, meus irmãos, sempre com a graça de Deus!”.

Deus o ilumine e ampare, Henrique Magalhães, caro Irmão e Companheiro de Ideal Espírita, são os votos sinceros de todos os que na Terra pudemos desfrutar de sua amizade, de sua generosidade, de seu amor fraternal!


Fonte: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quarta-feira, 1 de março de 2017

HEITOR PINTO DA LUZ E SILVA

1879 – 1949

Nasceu no dia 1º de dezembro de 1879, em Florianópolis, Capital do Estado de Santa Catarina. Realizou os seus primeiros estudos em sua terra natal, onde colou grau em Bacharel de Ciências e Letras. Posteriormente estudou no Rio de Janeiro, diplomando-se em Farmácia e Química, no ano de 1900.

Foi professor da Escola Normal de Florianópolis, dedicando toda a sua vida ao magistério, lecionando e dirigindo várias Escolas e Faculdades em Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Foi membro da Academia Nacional de Medicina e Academia Nacional de Farmácia, Associação Brasileira de Farmacêuticos e da Associação Brasileira de Imprensa e da Associação dos Jornalistas Profissionais. Publicou vários livros didáticos e uma revista sobre produtos farmacêuticos e química.

Heitor Pinto da Luz, espírita e convicto, foi um dos diretores da Federação Espírita Catarinense, exercendo os cargos de Secretário e Vice-Presidente. Diretor da revista “A Luz”, órgão doutrinário daquela Federação e colaborador assíduo de “Reformador”, órgão da Federação Espírita Brasileira. Tendo ainda colaborado de forma marcante em várias revistas e jornais espíritas nacionais e internacionais.

A posição privilegiada nos meios sociais, granjeada pelo seu valor cultural, não o ofuscou, permanecendo simples, humilde e bom. Teve atuação marcante no campo da assistência aos necessitados, socorrendo, ajudando e enxugando lágrimas.

A sua desencarnação ocorreu no Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro de 1949. Por ocasião da “XI Convenção Brasileira de Farmacêuticos”, realizada em 24 de janeiro de 1959, foi-lhe prestada uma homenagem póstuma, pelo amor e dedicação à causa farmacêutica no Brasil.


Fonte: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

SARAH MORAIS

1888 – 1932

Nascida no dia 13 de julho de 1888, na cidade de Uruguaiana, estado do Rio Grande do Sul e desencarnou em 11 de julho de 1932. Foram seus pais Godofredo Velloso da Silveira e D. Bernardina Silveira.

Consorciou-se com Josefino da Silva Morais, cujo matrimônio durou 28 anos e do qual tiveram filhos. Para os seus irmãos, em número de oito, sempre dispensou carinho, amparo e sustentação, visto ser a irmã mais idosa da família.

Esposa, filha, irmã e amiga, sua dedicação era uma perene demonstração do elevado grau de espiritualidade assumido, a tudo atendendo com a máxima solicitude e altruísmo.

Em todos os seus atos, mesmo nos mais singelos, deixava transparecer a grandeza de sua alma de escol, não permitindo que seus gestos de abnegação fossem enaltecidos ou mesmo percebidos por aqueles a quem servia, pois se considerava obrigada a dar de si, sem que lhe devessem gratidão ou reconhecimento.

Tornando-se espírita, encontrou dentro da Doutrina as mais belas e elevadas oportunidades de servir ao próximo, servindo dessa forma ao nosso Pai Celestial.

Fundando a Instituição Legionárias de Maria, na cidade do Rio de Janeiro a 5 de janeiro de 1928, sociedade de socorro à pobreza envergonhada, ela se tornou, para seus companheiros de lides espiriticas, o exemplo vivo do maior objetivo que o ser humano pode realizar na Terra: servir ao próximo, procurando despertá-lo para os surtos do progresso espiritual, não só através de palavras, mas com o exemplo nobilitante de atos de superioridade moral – amando muito, perdoando sempre, auxiliando o seu semelhante no lar, na comunidade espírita e em muitas e variadas fases da vida no mundo.

Envolvia a todos que dela se aproximavam na aura radiante de sua fé inquebrantável, incutindo-lhes a certeza da imortalidade da alma e da existência de um Pai que preside a todas as coisas, fazendo-o através de palavras penetrantes e esclarecedoras, fundamentadas no exemplo que sabia tão bem propiciar.

Apesar de bastante enferma e com o corpo minado por insidiosa moléstia que a consumia, subia religiosamente, todas as semanas, a ladeira de um hospital em Cascadura, para levar alento, conforto, esperança e fé a uma multidão de criaturas abandonadas, que jaziam no isolamento daquele nosocômio, prestes a abandonar a vida terrena.

Suas palavras, impregnadas de sinceridade e com base nos ensinamentos evangélicos, envolviam a todos os seres carentes de sustentação espiritual na hora da desencarnação. Quantas cenas edificantes e maravilhosas se passaram naquele ambiente de dor, esquecido pela maioria dos homens! Só Deus poderá julgar e avaliar o trabalho extraordinário dessa extraordinária mulher.

Desejosa sempre de ver o progresso do seu semelhante, incentivava muitas pessoas a comparecerem às explanações doutrinárias nas sessões de estudos do Centro Espírita “Fernandes Figueira”, em Todos os Santos, sob cujos auspícios foi criada a Instituição “Legionárias de Maria”, quando na sua presidência estava o confrade José Manoel Teixeira, já desencarnado.

Sarah Morais via em cada ser que socorria, em especial nas assistidas da Instituição, criaturas ligadas ao seu coração pelos laços espirituais e com imenso carinho dirige-as ao rebanho do Divino Pastor.

Possuía múltiplos dons mediúnicos, principalmente a psicografia, conseguindo receber quantidade apreciável de sonetos, poesias, quadras e mensagens que a todos enlevavam pelo cunho evangélico e espiritual que continham. Nos últimos anos de sua existência terrena, esqueceu-se totalmente de si, consagrando-se devotadamente ao serviço de amparo ao próximo.

Incompreendida, como acontece a todos os que tem algo de superior a realizar na Terra, foi objeto de censuras e críticas por parte daqueles que não podiam alcançar a sublimidade da missão que lhe coubera por partilha, em sua jornada terrena.

Jamais se queixava das dores físicas ou morais pelas quais passava, respondendo sempre quando inquirida: “Vou melhor do que mereço”. Desta forma passou por este mundo sem jamais dar qualquer demonstração de fraqueza, pois, mesmo em seu leito de dor ainda conseguia dispensar conselhos e orientação para todos aqueles que buscavam soluções para seus problemas íntimos.

No dia 11 de julho de 1932, desencarnou essa denodada seareira espírita deixando por escrito várias disposições que deveriam ser tomadas, dentre elas: não velarem o seu corpo que deveria ser costurado num lençol e sair do próprio quarto onde desencarnasse para o túmulo; não desejava preces pagas nem flores compradas, preferia que oferecessem os valores das mesmas para os pobres; que ninguém usasse luto, pois tinha a certeza plena de que uma nova vida a aguardava, onde poderia continuar as tarefas iniciadas na Terra, quando poderia concretizar seu sonho no infinito campo da caridade cristã.

Fonte: Autores Espiritas Clássicos
Fonte da imagem: Internet Google.