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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Olímpia Belém

Nasceu na cidade de São Paulo de Muriaé, Estado de Minas Gerais, no dia 20 de julho de 1880, e desencarnou no Rio de Janeiro, a 26 de agosto de 1969.

Era filha de Herculano Gomes de Souza e D. Olímpia Júdice Gomes de Souza. Aos 12 anos de idade concluiu o seu curso primário, ingressando no famoso Colégio Americano Metodista, na cidade de Juiz de Fora, Estado de Minas Gerais. Foi aluna exemplar, muito querida por suas colegas e mestras, dedicada extremamente aos estudos e à observância dos preceitos da Igreja Luterana, a religião dos seus pais.

No ano de 1896, concluiu o seu curso. No dia 7 de maio de 1897 contraiu matrimônio com o jovem Olindo Belém, artista arrojado e pioneiro de numerosas iniciativas, sendo por isso citado nas crônicas de muitos jornais da época... Seu esposo era também da mesma religião e, quando aluno do Colégio Grambery, chegou a fazer pregações ao lado de famosos pastores protestantes. De seu casamento tiveram 15 filhos, 12 dos quais criaram-se e constituíram famílias, todos vindo, mais tarde a se tornar espíritas.

O seu matrimônio trouxe-lhe alegrias e vicissitudes. Passou a viver em várias cidades, dentre elas Belo Horizonte, Sabará, Cristais e Campo Belo. Investida da responsabilidade de acompanhar o esposo, via-se frequentemente na necessidade de emigrar para outras regiões. Em 1921, estabeleceram-se definitivamente na cidade do Rio de Janeiro, onde as circunstâncias contrariaram frontalmente o estilo de vida do esposo, provinciano e sertanejo. Na antiga Capital Federal ele aquietou-se, vivendo de recordações do passado e dos dias de glórias vividos entre os mais preeminentes intelectuais e políticos do Estado de Minas Gerais.

O contrário sucedeu com Olímpia Belém, que se transformou em mulher resoluta e dinâmica, tanto no lar, como no seio da sociedade.

Com a desencarnação de sua filha Oraiza, ela que já havia então tomado conhecimento da Doutrina Espírita, por meio dos livros da Codificação Kardequiana, teve a sua mediunidade desabrochada e passou a receber comunicações espirituais de sua amada filha. Procurou o Centro Espírita Cristófilo, no bairro do Catete, onde o famoso médium cego Porfírio Bezerra desenvolvia um trabalho doutrinário invulgar e também ministrava receitas de medicamentos, orientadas por Espíritos benfeitores.

Nessa instituição ela sentiu verdadeira inclinação para o Espiritismo, do qual se tornou adepta convicta. Portadora de mediunidade excepcional, dedicou-se com afinco à tarefa de amparar doentes e necessitados. A sua residência tornou-se, dentro em pouco, em verdadeiro refúgio para a pobreza do bairro, que ali ia em busca de remédios, de palavras de conforto, de roupas usadas, de agasalhos; todos passaram a procurar o concurso e a assistência de Da. Nena, como passaram a chamá-la carinhosamente na intimidade.

O seu trabalho de assistência social, impulsionou-a para uma situação de relevo, tornando-se grande benfeitora da infância desvalida e da pobreza envergonhada, verdadeira missionária colocada a serviço de Jesus Cristo.

O seu trabalho, entretanto, expandiu-se sobremodo, de forma que era requisitada para proferir palestras e conferências em muitos Centros Espíritas do antigo Distrito Federal. Passou a escrever para numerosos órgãos da imprensa espírita brasileira.

Muitos dos seus artigos foram publicados nos tradicionais órgãos "Aurora", "Mundo Espírita", "A Centelha" e outros.

Poetisa, produziu elevado número de poesias e sonetos, publicando-os na imprensa espírita. Deixou ainda quatro livros publicados, dentre eles dois romances mediúnicos: "Jerusa" e "Dolória", além de dois livros inéditos, um de poesias e outro de mensagens espirituais.

Passando a residir no bairro da Tijuca, ali fundou o Centro Espírita Discípulos de Jesus, pelo qual passaram numerosos espíritas preeminentes, como João Torres, Arthur Machado, Daniel Cristóvão, Depaula Machado, Ruth Santana (Diretora da Casa de Lázara), Aurino Barbosa Souto, Esmeralda Bittencourt e muitos outros. De lá saíram também outras instituições, tais como a União dos Discípulos de Jesus, sociedade que alcançou grande projeção quando foi dirigida por Nelson Batista de Azevedo. Em 18 de janeiro de 1937, fundou a obra assistencial de amparo à menina órfã e abandonada, a cuja tarefa Olímpia Belém dedicou toda a sua vida, tendo por lá passado, desde a sua fundação mais de 1.000 jovens.

Prevendo a sua desencarnação, Olímpia Gomes de Souza Belém, escreveu e guardou dentro de um Evangelho, uma folha de papel encontrada posteriormente por sua filha Omariza Belém, hoje a sua substituta na direção da Casa, as seguintes palavras:

"Ao morrer, meu corpo ficará as horas de praxe em humilde caixão, sobre a mesa do Centro dos meus trabalhos, pelos quais a tudo renunciei, exposto à visitação dos que se lembrarem de oferecer-me uma prece. Meu Espírito, por certo, estará bem longe, só Deus o sabe. A minha família e minhas filhas adotivas não deverão prantear-me, mas glorificar a Jesus, pela sua Divina Obra de Amor e Caridade, que permitiu à mais humilde criatura concretizar, em realidade, a grande e colossal obra de fraternidade, da qual fui idealizadora e para a qual renunciei à vida, com amor e devotamento".

Alguns dias antes de desencarnar escreveu suas últimas quadrinhas:

Ao mundo vim para sofrer
Só vivo carpindo a dor,
Mas me valerá morrer,
Em pura Missão de amor!
Amor, que me santifica,
Embora a outros contriste,
A dor que me purifica,
Para muitos não existe.

Fonte: Personagens do Espiritismo. – FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.

terça-feira, 1 de julho de 2025

Luiz Olympio Guillon Ribeiro

Luís Olympio Guillon Ribeiro nasceu de pais pobres, no estado do Maranhão, a 17 de Janeiro de 1875. Desde os verdes anos começou a conhecer as asperezas da existência, e tanto, que foi internado gratuitamente no Seminário de S. Luís do Maranhão, onde cursou as primeiras letras.

Aos 7 anos ficou órfão de pai. Aumentaram as dificuldades na família, com a perda irreparável do chefe, e a sua querida genitora transferiu-se para o Rio de Janeiro. Porque minguassem os meios de subsistência, teve ela ainda que procurar colocar o filho, gratuitamente, numa escola, e assim conseguiu que ele ingressasse como aluno gratuito da antiga Escola Militar, na Praia Vermelha.

Ótimo estudante, bom discípulo, acatado pelos mestres, querido dos camaradas, parece que o seu gênio, entretanto, não era de feitio militar e desse modo, não levou mais de três anos na carreira das armas.

Pediu e obteve baixa. Aproveitou, então, os conhecimentos do curso que houvera seguido, e já com sólida base matriculou-se diretamente no 2º ano da Escola Politécnica do Rio de Janeiro.

Para poder custear os seus estudos e prover a manutenção da sua extremosa mãe, desde cedo já se entregava a árduos labores, entre outros, trabalhava à noite como redator do Jornal do Comércio, escrevia para os mais importantes jornais da época e estudava até alta madrugada. Quase que esgotava no estudo e no trabalho as 24 horas do dia.

Formou-se em engenharia civil. Mas a necessidade premente de angariar o sustento levou-o a aceitar o cargo de 2º oficial da Secretaria do Senado Federal, para daí transferir-se a outro mais condizente com a sua profissão. Ali, porém logo se tornou admirado e querido por quantos lidavam com ele, de sorte que o retiveram até que se aposentou no mais alto cargo da carreira.

A sua ascensão no Senado foi rápida. Talvez não fosse esse o seu maior desejo, mas o seu acendrado amor ao trabalho em qualquer dos ramos de sua profícua atividade, o seu trato amável e bom, a retidão do seu proceder, a integridade do seu caráter, a sua grande competência, a habilidade e inteligência com que se desincumbia de qualquer mister, por árduo e difícil que fosse, o escrúpulo com que estudava todas as questões, o alto critério que sempre mostrava, levaram-no a galgar rapidamente todos os postos, até que foi nomeado Diretor Geral da Secretaria do Senado, cargo em que se aposentou em 1921, deixando em todos a quem prestou os mais relevantes serviços, sentimentos de gratidão e de saudade.

Desde cedo, dizia ele, sentira inclinação pelo Espiritismo; é que, no seu subconsciente, já estava traçado o plano da missão de que fora incumbido. Só mais tarde, porém, se aproximou de amigos espíritas, começou a ler e a meditar sobre assuntos espíritas, abraçando definitivamente a doutrina em 1911.

Durante muito tempo, levou palavras de consolo e de fé aos detentos, na Casa de Correção, e muitos dos presidiários que de lá saíram, cumprida a pena, tornaram-se seus verdadeiros amigos.

O Dr. Guillon Ribeiro casou-se em 11 de abril de 1910 com D. Raimunda Portela e deste consórcio teve 5 filhos.

Durante vinte e seis anos consecutivos foi Diretor da Federação Espírita Brasileira, tendo exercido quase todos os cargos.

Em 1937, o então presidente da FEB, Dr. Guillon Ribeiro, demonstrou a necessidade inadiável da instalação de oficinas tipográficas próprias. A ideia, a princípio combatida, foi evoluindo com o tempo e firmou-se em fins de 1938. Finalmente, a 4 de novembro de 1939, a pequena oficina gráfica da FEB entrava a funcionar, justamente na sala hoje ocupada pela Biblioteca.

Guillon Ribeiro foi tradutor impecável de várias obras estrangeiras, das línguas francesa, inglesa e italiana. Conhecedor profundo de vários idiomas e cultor, entre os melhores, do português escorreito e castiço, deixou inúmeros livros e artigos traduzidos.

Homem de acrisoladas virtudes, de grande saber em quaisquer ramos da cultura, profundamente evangélico, vibrante tribuno de voz firme e serena, tornou-se respeitado e querido em todo o Brasil espírita.

Foi o mais sincero dos crentes, o mais convicto dos missionários. No seu sublime apostolado, não conhecia o desânimo, a fraqueza, o desalento. As tempestades passavam pela sua fronte trazendo-lhe grandes mágoas, porém não o abatiam nunca.

Não sabia dizer não e, por isso mesmo, teve grandes sangrias nos seus recursos materiais e esgotou-se espiritualmente, porque era um trabalhador incansável do espírito, que a tudo provia, tudo previa, e tombou por assim dizer, nos trabalhos da seara.

Alma sensível a todas as dores alheias, coração que se compadecia de todos os sofredores, ele deixou um sulco profundo de saudade em toda a família espírita e de quantos dele se acercaram.

Aos 26 de outubro de 1943, fechava os olhos ao mundo a figura veneranda do Dr. Luís Olympio Guillon Ribeiro.

Fonte: Grandes Espíritas do Brasil, Zeus Wantuil.– FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.
 

domingo, 1 de junho de 2025

Tiago - filho de Zebedeu

O irmão do Evangelista

O nome Tiago significa o mesmo que Jacó que, segundo uns, quer dizer "Deus proteja", segundo outros "suplantador". No Novo Testamento figuram pelo menos 4 Tiagos.

Um dos que se chamavam Tiago era denominado Tiago, o Maior, para diferenciar de Tiago, o Menor.

Era filho de Zebedeu e Salomé, portanto, irmão de João, o Evangelista.

Nasceu em Betsaida da Galiléia, e, tal como seu irmão, era pescador.

Há os que o descrevam como um jovem individualista e ambicioso. No entanto, ao contato com Jesus, transformou sua ambição em poder aliviar a dor das pessoas e ajudá-las a encontrar a mais excelente fonte de amor, a Boa Nova.

Transformou-se num homem robusto, bem diferente do jovem frágil e inseguro dos tempos em que largou os barcos de seu pai para seguir o Mestre de Nazaré.

Quando se menciona o seu nome, nos Evangelhos, está ligado aos nomes de João e Pedro, quase sempre precedente ao de João, o que nos leva a concluir que ele era irmão mais velho de João. Em algumas anotações evangélicas, ocorre a inversão dos nomes, vindo João primeiro (Atos 1:13), o que se deve, possivelmente, ao grande prestígio de João, como "discípulo amado" de Jesus.

Fazendo parte dos três sempre chamados por Jesus, para acompanhá-Lo, o vemos presente na transfiguração (Mt. 17:1; Mc. 9:1 e Lc. 9:28), na cura da sogra de Pedro (Mc. 1:29), na cura da filha de Jairo (Mc. 5:37 e Lc. 8:51), na agonia de Jesus, no Getsêmani (Mt. 26:37 e Mc. 14:33).

Alguns episódios envolvendo Tiago merecem relevância.

Conforme Marcos (10: 35-45) ele e João foram pedir a Jesus que lhes fosse permitido sentarem-se um à direita, e outro à esquerda, quando Jesus estivesse em Sua glória, fato que gerou indignação entre os outros dez apóstolos. Mateus (20:20-28) se refere ao fato como tendo sido sua mãe que realizou tal pedido a Jesus.

De toda forma, a resposta de Jesus lhes serviu de grande lição.
Depois de lhes ter falado do conteúdo amargo do cálice do testemunho que lhes competia sorver, e Ele lhes diz que verdadeiramente o sorveriam, reuniu os doze e lhes disse que aquele que desejasse ser o maior entre eles, fosse o servidor de todos. E, mostrando a Sua humildade, ressaltou ainda que somente ao Pai competia conceder esse ou aquele privilégio.

Em outro momento, atravessava Jesus com seus discípulos a terra de Samaria, para ir a Jerusalém.

Era sua última viagem para a capital. Restavam-lhe ainda uns seis meses de vida terrena. Desde esse outono até a próxima primavera, o campo da Sua atividade seriam Jerusalém e arredores.

Narra Lucas (9:51-55) que Ele despachou mensageiros adiante de si, que chegaram a uma povoação dos samaritanos para lhe preparar pousada.

No entanto, como nada mais desagradasse os samaritanos do que verem israelitas se encaminharem para Jerusalém, à época das festividades religiosas, não O desejaram receber.

Então Tiago e seu irmão João perguntaram a Jesus:

"Senhor, queres que mandemos cair fogo do céu para os devorar?"

Era o espírito de impetuosidade que falava naquelas bocas ainda jovens. Jesus os acalma, enfatizando que não viera para perder as almas, mas sim para as arrebanhar ao Seu reinado de amor.

Foi nessa ocasião que ambos, Tiago e João, receberam do Mestre de Nazaré o apelido significativo de "filhos do trovão". Após a crucificação de Jesus, há referências de Tiago na Galiléia (Jo. 21:1-14), como partícipe da pesca milagrosa, no lago do Tiberíades. Depois, em Jerusalém.

O fim de sua vida terrena tem episódios surpreendentes. Chegou a Jerusalém, "com a primitiva franqueza dos anúncios do novo Reino. Inadaptado ao convencionalismo farisaico, levara muito longe o sentido de suas exortações profundas." (Paulo e Estêvão).

Repetiram-se os acontecimentos que assinalaram a morte do primeiro mártir, Estêvão. Os judeus se exasperaram.

"Sua atitude, sincera e simples, foi levada à conta de rebeldia."

Denunciado, ele foi preso, levado ao banco dos réus, interrogado e condenado. Era o governo de Herodes Agripa, sucessor de Herodes Ântipas. Amigo do Imperador Calígula, foi favorecido por ele com o título de rei e de duas tetrarquias do Norte da Palestina, também a Galiléia e a Peréia.

O denunciante, diante da atitude serena do mártir, arrependeu-se de tal forma que, enquanto conduziam Tiago para a execução, se declarou também cristão, sendo condenado a morrer com ele.

Durante o trajeto, pediu a Tiago que o perdoasse. Tiago se voltou para ele e num gesto sublime, o beijou, chamando-o de irmão e lhe desejando paz.

Tiago foi decapitado, tornando-se o primeiro apóstolo de Jesus a morrer, na defesa de Sua Causa.

Segundo o historiador Daniel Rops, seria o ano 41 da era cristã.

Bibliografia:

01. CURY, Augusto. Uma carta de amor: o final da história dos seus discípulos. In:___. O mestre inesquecível. São Paulo: Academia de Inteligência, 2003. cap. 11.
02. PALHANO JR., L. Tiago. In:___. A carta de Tiago. Niterói: FRÁTER, 1992. cap. 1.
03. PEREIRA, Yvonne A. Tiago, irmão de João. In:___. Cânticos do coração. Rio de Janeiro: CELD, 1994. v. 1, cap. 1.
04. XAVIER, Francisco Cândido. Primeiros labores apostólicos. In:___. Paulo e Estevão. ed. especial. Rio de Janeiro: FEB, 2002. pt. 2, cap.4.

Fonte: Feparana – FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Lamartine Palhano Júnior

(1946-2000)

Dedicado pesquisador da fenomenologia espírita, desencarnou em Vitória (ES), no dia 14 de novembro de 2000. Lamartine Palhano Júnior nasceu na cidade de Coronel Fabriciano (MG), em 15 de dezembro de 1946. Criança ainda, seus genitores transferiram residência para Vitória.

Casou-se com Dona Rosane Lima Palhano e tiveram dois filhos: João Marcelo e Clarice. Graduou-se em Farmácia e realizou seu mestrado na área de bacteriologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, doutorando-se em ciências, desenvolvendo ainda intensa atividade acadêmica.

Lecionou microbiologia na Universidade do Estado do Espírito Santo e patologia na Universidade Federal do Espírito Santo. Contribuiu de forma marcante com o Movimento Espírita em várias áreas: pesquisas científicas no campo mediúnico, publicação de livros, realização de palestras e cursos diversos.

Fundou a FESPE (Fundação Espírita Santense de Pesquisa Espírita) e logo depois o CIPES (Círculo de Pesquisa Espírita de Vitória). Participou de alguns seminários do Instituto de Cultura Espírita do Brasil (ICEB), no Rio de Janeiro e deu grande contribuição à Casa Espírita Cristã de Vila Velha (ES).

De sua extensa bibliografia constam: livros infantis, infanto-juvenis, de estudos bíblicos, biográficos (Mirabelli - um médium extraordinário, Dossiê Peixotinho e outros), dicionários (Léxico Kardequiano e Dicionário de filosofia espírita), científicos (Experimentação mediúnica e outros), romances.

Fonte: Feparana – FEB.
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terça-feira, 1 de abril de 2025

Teresa Neumann

Teresa Neumann (a estigmatizada de Konnersreuth) era filha de um alfaiate de Konnersreuth. No estado normal, Teresa Neumann era uma mulher simples, de gênio alegre, de ardente fé religiosa. Durante a crise dos estigmas (que lhe apareceram, pela primeira vez, na Semana Santa de 1926) revive a paixão do Cristo e emite frases e palavras em língua Araméia, inclusive as que o Mestre pronunciou na cruz. O aramaico era o idioma que Jesus habitualmente falava e não o hebraico ou o grego.

Eis uma amostra das frases ou palavras que a estigmatizada pronunciava durante as crises que sofria:

— Salabu (crucificado)
— Jebudaje (Judeu)
— Schlama raboni (Eu te saúdo mestre). Estas palavras, Judas as proferiu no jardim das Oliveiras.)
— Magera baisebua jannaba; Jannaba magera baisebua (segundo Teresa Neumann, teriam sido estas palavras que os Apóstolos proferiram quando Jesus foi traído.)
— Abba Shabock lá hon (Pai, perdoa-lhes — palavras ditas pelo Cristo, na cruz.)
— Amen Amama lach bjani afte esmi b'pardesa. (Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso — palavras que Jesus teria dirigido ao bom ladrão).

Certa ocasião, em que diversos orientalistas eminentes a cercavam, a estigmatizada ouviu de novo as palavras pronunciadas pelo Mestre na cruz, entre elas a exclamação: As-che! (Tenho sede!). Concordes, todos aqueles orientalistas declararam que teria enunciado esse pensamento por meio da palavra SACNENA. "Ora, do ponto de vista teórico", — elucida o Prof. Ernesto Bozzano — "é altamente sugestiva esta substituição de palavras, uma vez que ninguém a tinha em mente.

Mas, de onde teria Teresa Neumann tirado a inesperada e correta palavra: AS-CHE? Os orientalistas não chegaram, a respeito, a nenhuma conclusão.

De outra feita, estando a seu lado o Dr. Wutz, notável orientalista, a registrar as palavras que ia proferindo, ouviu-a pronunciar uma frase araméia que não lhe pareceu correta. Observou, então, à estigmatizada: "Teresa isto não é possível. As palavras que disseste não são aramaico". Respondeu ela: "Repeti as palavras que me disseram". Perplexo e duvidoso, regressando a casa, aquele erudito pesquisador apressou-se em consultar documentos aramaicos; e, num dos mais antigos dicionários desse idioma deparou com uma frase idêntica à que a jovem pronunciara. Teresa Neumann, na verdade, falava o mais puro e autêntico aramaico, fato que seria ratificado por esse Prof. de Teologia semítica na Universidade de Yale.

Finalmente, o Prof. Ernesto Bozzano levanta a seguinte questão: admitindo-se que Teresa Neumann se achasse realmente em comunicação com o Mundo Espiritual, quem era a entidade que lhe transmitia, em língua aramaica, as frases da “Paixão de Jesus?". A vidente percebia junto dela Santa Teresa, isto é, a santa cujo nome lhe fora dado; mas, as palavras em aramaico, que eram, de sua parte, repetidas foneticamente, ela as aprendia por clariaudiência, e não se sabe se declarou, alguma vez, que era a entidade que lhas transmitia.

O certo é que muitos dos que estudaram, de perto, o fenômeno retiram-se convencidos de que a estigmatizada se achava em comunicação com uma personagem que não só viveu ao tempo de Jesus, como foi testemunha de sua Paixão.

Fonte: As mulheres médiuns. – FEB.
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sábado, 1 de março de 2025

Francisco de Menezes Dias da Cruz

Francisco de Menezes Dias da Cruz, natural da cidade do Rio de Janeiro, filho de antecedente de igual nome (chefe do Partido Liberal no Rio e professor da Faculdade de Medicina) e de D. Rosa de Lima Dias da Cruz, nasceu a 27 de fevereiro de 1853. Foi professor de Matemática no Colégio Pinheiro, no qual concluíra o curso de humanidades. Era, nessa época, aluno da Escola de Medicina, durante a qual contraiu núpcias com a Exma. Sra. D. Adelaide Pinheiro Dias da Cruz. Ao formar-se em Medicina, perdeu o pai, que havia sido ferido à baioneta na Igreja do Sacramento. Foi bibliotecário durante dez anos da Câmara Municipal, sendo demitido ao ser proclamada a República, sob a falsa imputação de monarquista. Presidiu o Curso Hahnemaniano e o Instituto Hahnemaniano do Brasil.

Possuidor de enorme clínica, o Dr. Dias da Cruz não fugia aos deveres da caridade, dando, assim expansão aos seus sentimentos humanitários. Homem de grande e invulgar cultura, deixou riquíssima biblioteca. Estudioso desde a infância, preocupou-se com a ciência homeopática e, mais tarde, diante de provas irrefutáveis tornou-se espírita dos mais caridosos e evangélicos. É interessante relatar, ainda que superficialmente, a maneira por que se verificou sua conversão. Tendo chegado ao seu conhecimento que o espírito de seu genitor desenvolvia largo programa de caridade, através de médiuns receitistas, decidiu ele, homem austero e cultor da verdade, ir à Federação Espírita Brasileira para observar e apurar quanto de real pudesse haver em torno da informação recebida.

Iniciada a reunião com a prece habitual, passou-se ao estudo doutrinário. Até então nada ocorrera suscetível de lhe permitir aceitar a sessão das manifestações atribuídas ao espírito de seu pai. Já estava propenso a acreditar em mistificação, quando, à mesa que dirigia os trabalhos, um médium demonstrou haver caído em transe. Era, afinal, a tão desejada manifestação que inesperadamente se realizava. Através do médium, o Espírito do primeiro Dr. Dias da Cruz pediu que chamassem seu filho, que ali se encontrava no meio dos assistentes. Surpreso, este se aproximou, incrédulo. A um dado momento, porém, seu genitor disse-lhe: Você se lembra daquele fato que ocorreu conosco, na praça tal?

E, a seguir, revelou uma ocorrência só de ambos conhecidos, Diante disso, o Doutor Dias da Cruz (filho) sentiu chegada a hora de se render à inelutável evidência. Ninguém o conhecia naquela assembleia e o fato referido pelo espírito era absolutamente desconhecido de toda a sua família, pois somente os dois dele haviam tido o conhecimento.

Percebeu, então, que ao seu caráter íntegro e probo só havia um caminho: aceitar a veracidade da manifestação espirítica de seu genitor. E fê-lo sem constrangimento, com a simpleza natural das almas puras. Pôs-se a estudar o Espiritismo, enfronhou-se na interpretação dos textos doutrinários e passou a ser, daí por diante, um novo e valoroso servidor do Cristo nas fileiras dos seguidores de Kardec.

Em 1885, pronuncia na Federação Espírita Brasileira a sua primeira conferência, e desde então participou de várias comissões importantes de defesa do Espiritismo (1890, 1892 e 1893).

Em 1890, em substituição ao Dr. Bezerra de Menezes, foi, então, o Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz, que anteriormente ocupava a vice-presidência, eleito presidente da Federação Espírita Brasileira, cargo que exerceu com devotamento até os primeiros dias de 1895, quando foi substituído, temporariamente, por Júlio César Leal e, definitivamente, pelo Dr. Adolfo Bezerra de Menezes, o "Kardec brasileiro", seu colega de profissão e amigo.

Sob a sua presidência foram iniciados os trabalhos de socorro material e espiritual da Assistência aos Necessitados, que até hoje constituem o cerne dos serviços cristãos prestados pela Federação Espírita Brasileira. Muitos foram os delicados companheiros que o ajudaram nessa obra grandiosa, mantida e desenvolvida com o maior carinho pela Casa de Ismael, sendo justo salientarmos, de passagem, o nome do confrade Bernardino Cardoso, o qual lhe entregava mensalmente a quantia de um conto de réis. Elevada importância para aqueles tempos (mais de 300 dólares), a fim de que fosse distribuída com os pobres de sua clinica, sob a condição de lhe não revelar o nome.

Em 1896, por proposta de Bezerra de Menezes, e em atenção aos abnegados serviços prestados à Federação Espírita Brasileira, foi Dias da Cruz aclamado presidente honorário da mesma.

Dirigiu o Reformador durante o período da sua presidência e escreveu inúmeros artigos doutrinários e de polêmica com assinatura modesta de “Um espírita”. É também autor do livro “O Professor Lombroso e o Espiritismo”.

Foi quem primeiro tentou, em 1891, adquirir um prédio próprio para a FEB e montar oficina tipográfica para a impressão do “Reformador” e de obras espíritas em geral.

Este segundo Dias da Cruz foi, portanto, vice-presidente e presidente da Federação durante muitos anos, desencarnando na cidade do Rio de Janeiro, em 30 de setembro de 1937, na avançada idade de 84 anos. Gloriosa ancianidade essa, atingido após proveitoso dispêndio de energias em favor do próximo.

Em 1900, o Dr. Dias da Cruz reorganiza, ressuscita o “Instituto Hahnemaniano do Brasil”, que havia sido criado em 1878 pelo mais afamado médico homeopata do Império, o Dr. Saturnino Soares de Meireles, seu primeiro presidente. Dias da Cruz alugou no centro da cidade, à Rua da Quitanda nº 59, uma casa para seu consultório, e neste reinstalou o Instituto Hahnemaniano do Brasil. Por alguns anos os membros do Instituto ali se reuniram, datando dessa época um novo ciclo de grandes atividades e realizações.

Após a morte do Dr. Joaquim Murtinho, subiu à presidência do Instituto, por um ano, o Dr. Teodoro Gomes. Substituiu-o, o Dr. Licínio Cardoso, sob a vice-presidência do Dr. Dias da Cruz. Esse foi o período áureo da Homeopatia no Brasil, e frisa um historiador que ao Dr. Dias da Cruz cabe grande parcela das glórias que o Instituto conquistou durante a presidência do Dr. Licínio Cardoso.

Os “Anais de Medicina Homeopática”, cuja publicação fora interrompida em 1884, reapareceram em janeiro de 1901, devido aos esforços do “mais puro dos homeopatas brasileiros”, o Dr. Dias da Cruz, que arrancou a revista do Instituto do túmulo onde jazia, dando-lhe lugar honroso entre as publicações periódicas sobre Medicina. Dela foi ele redator de 1901 a 1902, e de 1906 a 1910.

Ficou célebre a polêmica (1900-1901) entre o doutor Dias da Cruz e o Dr. Nuno de Andrade, Diretor Geral de Saúde Pública, médico alopata e acirrado inimigo da Homeopatia, o qual acabou por ser exonerado do cargo que ocupava.

Fundada em 1912, a Faculdade Hahnemaniana (posteriormente denominada Escola de Medicina e Cirurgia, com sede atual à Rua Frei Caneca), Dias da Cruz colaborou na organização dos programas de ensino do novel estabelecimento, no qual lecionou a cadeira da Farmacologia e, mais tarde, a 1ª cadeira de Matéria Médica, constituindo-se em verdadeiro mestre de toda uma nova geração.

Dias da Cruz foi por muitos anos o orador oficial do Instituto. Sua eloquência e seu saber impressionavam a todos. Quando da inauguração do Hospital Hahnemaniano, em 1916, discursou brilhantemente em nome do Instituto, ante numerosa e ilustrada assistência, presentes Licínio Cardoso, Carlos Maximiliano, Ministro da Justiça, o Barão de Brasílio Machado, Presidente do Conselho Superior do Ensino, o Dr. Paulo de Frontin, Diretor da Escola Politécnica, e representantes do Presidente da República e de Ministérios em geral.

Em 1926, o Dr. Licínio Cardoso pede demissão da presidência do Instituto, sendo eleito, para substituí-lo, o Dr. Francisco de Menezes Dias da Cruz. Este exerceu o cargo de Presidente efetivo até 29 de Janeiro de 1930. Nesse dia, reunido o Instituto em sessão extraordinária, foi aclamado presidente-perpétuo o Dr. Dias da Cruz, após este haver renunciado, por motivo de saúde, ao cargo de Presidente para o qual acabava de ser reeleito. “Sua aclamação” - escreveu um historiador - “foi um direito conquistado por seu valor moral, sua capacidade intelectual e, sobretudo, por firmeza de suas convicções homeopáticas”.

De 25 a 30 de setembro de 1926 foi realizado o 1º Congresso Brasileiro de Homeopatia, sob a presidência do Dr. Dias da Cruz. Propagandista dos mais convictos e autorizados, possuidor de excelente cultura médica, mestre reconhecido pela sua proficiência, com vasta clínica em que abundaram notabilíssimas curas, constituiu ele, por mais um século, “um dos grandes marcos no progresso da Homeopatia no Brasil”. “Não erramos afirmando“- escreveu o Dr. José Emígdio Rodrigues Galhardo - “ser o Dr. Dias da Cruz, entre os homeopatas brasileiros, aquele que maiores e mais perfeitos conhecimentos tem da doutrina hahnemaniana”.

Dizem os seus contemporâneos que o cumprimento do dever era quase que sagrado para o Dr. Dias da Cruz. Como professor, jamais deixou de comparecer à hora certa em suas aulas. Como clínico no Hospital Hahnemaniano, não se fazia esperar pelos doentes. Eis em síntese, a brilhante personalidade daquele que dignificou o Espiritismo e a Homeopatia no Brasil.

Fonte: Wantuil, Zêus. Grandes Espíritas do Brasil. – FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.
 

sábado, 1 de fevereiro de 2025

Kahlil Gibran

Seu nome completo é Gibran Kahlil Gibran. Assim assinava em árabe. Em inglês, preferiu a forma reduzida e ligeiramente modificada de Khalil Gibran. É mais comumente conhecido sob o simples nome de Gibran.

1883 - Nasceu em 6 de janeiro, em Bsharri, nas montanhas do Líbano, a uma pequena distância dos cedros milenares. Tinha oito anos quando, um dia, um temporal se abate sobre sua cidade. Gibran olha, fascinado, para a natureza em fúria e, estando sua mãe ocupada, abre a porta e sai a correr com os ventos.

Quando a mãe, apavorada, o alcança e repreende, ele lhe responde com todo o ardor de suas paixões nascentes: "Mas, mamãe, eu gosto das tempestades. Gosto delas. Gosto!" (Um de seus livros em árabe será intitulado Temporais).

1894 - Emigra para os Estados Unidos, com a mãe, o irmão Pedro e as duas irmãs Mariana e Sultane. Vão morar em Boston. O pai permanece em Bsharri.

1898-1902 - Vota ao Líbano para completar seus estudos árabes. Matricula-se no Colégio da Sabedoria, em Beirute. Ao diretor, que procura acalmar sua ambição impaciente, dizendo-lhe que uma escada deve ser galgada degrau por degrau, Gibran responde: "Mas as águias não usam escadas!".

1902-1908 - De novo em Boston. Sua mãe e seu irmão morrem em 1903. Gibran escreve poemas e meditações para Al-Muhajer (O Emigrante), jornal árabe publicado em Boston. Seu estilo novo, cheio de música, imagens e símbolos, atrai-lhe a atenção do Mundo Árabe. Desenha e pinta numa arte mística que lhe é própria. Uma exposição de seus primeiros quadros desperta o interesse de uma diretora de escola americana, Mary Haskell, que lhe oferece custear seus estudos artísticos em Paris.

1908-1910 - Em Paris, estuda na Académie Julien. Trabalha freneticamente. Frequenta museus, exposições, bibliotecas. Conhece Auguste Rodin. Uma de suas telas é escolhida para a Exposição das Belas-Artes de 1910. Nesse ínterim, morrem seu pai e sua irmã Sultane. 1910 - Volta a Boston e, no mesmo ano, muda-se para Nova York, onde permanecerá até o fim da vida. Mora só, num apartamento sóbrio que ele e seus amigos chamam As-Saumaa (O Eremitério). Mariana, sua irmã, permanece em Boston. Em Nova York, Gibran reúne em volta de si uma plêiade de escritores libaneses e sírios que, embora estabelecidos nos Estados Unidos, escrevem em árabe com idênticos anseios de renovação. O grupo forma uma academia literária que se intitula Ar-Rabita Al-Kalamia (A Liga Literária), e que muito contribuiu para o renascimento das letras árabes. Seus porta-vozes foram, sucessivamente, duas revistas árabes editadas em Nova York: Al-Funun (As Artes) e As-Saieh (O Errante).

1905-1920 - Gibran escreve quase que exclusivamente em árabe e publica sete livros nessa língua: 1905, A Música; 1906, As Ninfas do Vale; 1908, Espíritos Rebeldes; 1912, Asas Partidas; 1914, Uma Lágrima e um Sorriso; 1919, A Procissão; 1920, Temporais. (Após sua morte, será publicado um oitavo livro, sob o título de Curiosidades e Belezas, composto de artigos e histórias já aparecidas em outros livros e de algumas páginas inéditas).

1918-1931 - Gibran deixa, pouco a pouco, de escrever em árabe e dedica-se ao inglês, no qual produz também oito livros: 1918, O Louco; 1920, O Precursor; 1923, O Profeta; 1927, Areia e Espuma; 1928, Jesus, o Filho do Homem; 1931, Os Deuses da Terra. (Após sua morte serão publicados mais dois: 1932, O Errante; 1933, O Jardim do Profeta.) Todos os livros em inglês de Gibran foram lançados por Alfred A. Knopf, dinâmico editor norte-americano com inclinação para descobrir e lançar novos talentos. Ao mesmo tempo em que escreve, Gibran se dedica a desenhar e pintar. Sua arte, inspirada pelo mesmo idealismo que lhe inspirou os livros, distingue-se pela beleza e a pureza das formas. Todos os seus livros em inglês foram por ele ilustrados com desenhos evocativos e místicos, de interpretação às vezes difícil, mas de profunda inspiração. Seus quadros foram expostos várias vezes com êxito em Boston e Nova York. Seus desenhos de personalidades históricas são também célebres.

1931 - Gibran morre em 10 de abril, no Hospital São Vicente, em Nova York, no decorrer de uma crise pulmonar que o deixara inconsciente.

Fonte: FEB.
Imagem meramente ilustrativa (não tenho como comprovar se a imagem é realmente do homenageado) - Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Katie King

Entidade espiritual, que, em fins de 1871, começou a se manifestar com o concurso mediúnico da médium Miss Florence Elisa Cook, uma menina de 15 anos de idade, em presença do célebre físico e químico inglês "Sir" William Crookes, uma das mais eminentes figuras do mundo científico.

Katie King se revelou como tendo vivido na Terra sob o nome de Annie Owen Morgan, durante o fim do reinado de Charles I (1600-1649), da Inglaterra, sob Cronwell e sob Charles II (1630-1685), e que era filha do pirata Henry Owen Morgan (John King).

Dizia ter desencarnado aos 24 anos.

Mas, o grande interesse que ela apresentava, consistia no fato de que ela serviu às experiências mais precisas de "Sir" William Crookes, cientista, químico e psiquista do século XIX-XX.

Fonte: Feparana – FEB.
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