Junto ao
espírito Erasto, ele disserta no item 225 de O Livro dos Médiuns, acerca do
papel do médium nas comunicações.
Dá-nos
"Atos dos Apóstolos" a informação de que ele era filho de uma mulher
judia e de pai gentio. Na obra psicografada por Francisco Cândido Xavier,
"Paulo e Estevão", contudo, o espírito Emmanuel é pródigo em detalhes
a respeito desse a quem Paulo de Tarso chamava de "amado filho na
fé".
Quando Paulo
chegou a Listra foi à casa de Lóide, recomendado pelo irmão daquela, que
residia em Icônio. Viúva de um grego abastado, ela vivia em companhia de sua
filha Eunice, também viúva e o neto adolescente de 13 anos.
Recebidos
Paulo e Barnabé, com inexcedível carinho, em casa de Lóide, naquela mesma noite
o apóstolo tarsense pôde observar a ternura com que o rapazola fazia a leitura
dos pergaminhos da Lei de Moisés e dos Livros Sagrados dos Profetas. Ao ouvir
falar a respeito de Jesus, Timóteo, inteligente e de generosos sentimentos,
demonstrou grande interesse, o que levou Paulo a acariciar lhe a fronte
pensativa, várias vezes.
No dia
seguinte, o rapaz passou a fazer inúmeras interrogações e, enquanto ele cuidava
das cabras, Paulo aproveitou para conversar longamente a respeito da Boa Nova
de que era portador. Alguns dias depois, Paulo fundou na cidade o primeiro
núcleo do Cristianismo, em humilde casa. O pequeno Timóteo era quem auxiliava
em todos os misteres, na recepção dos enfermos e demais necessitados, na ordem,
na disciplina.
Em uma das
pregações públicas, Timóteo assistiu aterrado o amigo querido ser apedrejado
pela população, incitada pelos administradores da pequenina cidade. Desejou
intervir, salvando-o, mas prudentemente foi detido por companheiro ponderado
que lhe fez ver a inconveniência de se expor, sem nada verdadeiramente poder
fazer ante a multidão enfurecida e muito bem conduzida por mentes ardilosas.
No entanto,
é ele mesmo que, após acompanhar por vielas extensas, a turba exaltada
depositar o corpo do Apóstolo no monturo, distante dos muros de Listra, se
aproxima, na sombra da noite para socorrê-lo. Dispensa-lhe os primeiros
socorros, buscando água fresca em poço próximo. Depois, banhado em lágrimas,
fica ao seu lado, aguardando que desperte do profundo desmaio.
Timóteo,
oportunamente, passaria a acompanhar Paulo de Tarso em suas viagens, desejoso
de se consagrar ao serviço de Jesus, iluminando o seu coração e a sua
inteligência. A caminho da Macedônia, separaram-se ele e Lucas de Paulo, a
pedido daquele, tornando a se encontrarem mais tarde.
Para as
viagens apostólicas, a fim de evitar as tricas judaicas e eventualmente
provocar atritos nas suas tarefas iniciais, Timóteo submeteu-se, a conselho do
próprio Paulo, à circuncisão, demonstrando a capacidade de ajustar-se ao que
fosse necessário para servir a Jesus.
Timóteo é
convidado pelo apóstolo de Tarso a estar com ele, quando da redação das suas
famosas epístolas, "cuja essência espiritual provinha da esfera do
Cristo", e que não serviram somente para a comunidade para a qual foram
escritas, mas à cristandade universal.
Esteve com
Paulo em Roma, quando este foi prisioneiro dos romanos. Seguiu-o até a Espanha,
junto com Lucas e Demas. Demorou-se mais na região de Tortosa, visitou parte
das Gálias, auxiliando na conquista de novos corações para o Cristo e
multiplicando os serviços do Evangelho. Afeiçoado a Paulo, Timóteo foi por ele
encarregado em mais de uma oportunidade, a levar mensagens para as comunidades
cristãs nascentes. Assim, da Espanha partiu para a Ásia, carregado de cartas e
recomendações amigas.
Quando Paulo
de Tarso retornou a Roma, a pedido de Simão Pedro, escreveria tomado de
singulares emoções as últimas disposições ao filho do coração, Timóteo:
"Apressa-te a vir ter comigo. (...) Só Lucas está comigo. (...) Quando
vieres, traze contigo a capa que deixei em Trôade em casa de Carpo, e os
livros, principalmente os pergaminhos. (...) Apressa-te a vir antes do inverno.
(...)"
Roga ainda
os seus bons ofícios para que João Marcos venha a Roma, a fim de o auxiliar no
serviço apostólico. Lucas é o encarregado de expedir a Epístola e percebe os
lúgubres pressentimentos que tomam de assalto o velho Apóstolo.
Em verdade,
Timóteo não chegou a rever Paulo na vida física, mas guardou n'alma as suas
últimas exortações: "Foge das paixões da juventude, segue a justiça, a fé,
a esperança, a caridade e a paz com aqueles que invocam o Senhor com um coração
puro.(...)"
"Tu,
pois, meu filho, fortifica-te na graça que está em Jesus-Cristo; e o que
ouviste de mim, diante de muitas testemunhas, confia-o a homens fiéis, que
sejam capazes de instruir também a outros.(...)"
"Esforça-te
por te apresentares a Deus digno de aprovação, como um operário que não tem de
que se envergonhar, que distribui retamente a palavra da verdade. (...)"
Autor Desconhecido. Fonte do texto e imagem:
Internet Google.
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