1853 – 1918
Foi uma das
mais fortes e atraentes personalidades do Movimento Espírita. Sua vida foi de
testemunho em favor do Evangelho deixado pelo Divino Mestre Jesus.
Pedro
Richard nasceu, no dia 09 de setembro de 1853, na cidade de Macaé (RJ), filho
de Pedro Richard e Dona Felismina Richard. Família modesta, mas de
honorabilidade a toda prova. Órfão de pai aos nove anos de idade, tornou-se
arrimo de sua mãe e de seus irmãos menores. Tinha adoração por sua genitora,
que era de costumes austeros e de sentimentos elevados; era, aliás, carinhoso
para a família.
Quando seu
pai desencarnou, estava fazendo o Curso Primário, tendo que interromper os
estudos para trabalhar numa casa comercial. Depois foi admitido como
funcionário da Alfândega, melhorando assim seus rendimentos. Sério, consciente
de suas responsabilidades, adquirira o hábito salutar de nada realizar sem
muita reflexão. Seguia a risca os conselhos do seu genitor.
Pedro
Richard contraiu núpcias com D. Mariana Campos Richard, natural de Angra dos
Reis (RJ), e tiveram uma prole de seis filhos: Mário (desencarnado aos dois
anos), Felismina, Pedro, Mário (2º), Izaura e Marta. Houve uma época em que D.
Mariana teve que costurar para fora, e ajudar na manutenção do lar. Foram dias
de muitas preocupações, porém não perderam a esperança de melhores dias. Isso
não impediu de adotar uma criança necessitada: Francisco Antônio de Carvalho,
que era parente longe de D. Mariana. Mais tarde o garoto foi motivo de muitas
alegrias. Estudioso, aplicado, entrou para Escola Militar e se formou como
Engenheiro Militar, honrando a dedicação dos pais adotivos. Chegou ao posto de
Coronel do Exército e o que é mais importante, tornou-se o "patriarca"
da família.
A
desencarnação de Mário, o seu primogênito, levou-o ao Espiritismo. O casal não
compreendia como, diante da bondade imensurável de Deus, uma criança pudesse
sofrer tanto. Nesse tempo, conheceu um homem chamado Nascimento, pessoa caridosa
e simples, médium. Por seu intermédio recebeu noções de como age a Justiça
Divina, através da reencarnação, dando-nos oportunidade de quitar faltas
passadas.
A vida de
Pedro Richard foi de permanentes realizações. Era capacitado, inteligente,
trabalhador, ativo e empreendedor. Formou uma firma de construções, com oficina
de carpintaria, porém, para obter o registro de construtor era necessário
apresentar declaração de um engenheiro civil, de que ele possuía capacidade
para as funções.
Embora
extremamente capacitado, faltava-lhe o título oficial para poder trabalhar.
Recorreu a um velho amigo da Federação Espírita Brasileira, Abel Ferreira de
Mattos, engenheiro civil de prestígio, que veio em seu auxílio. Venceu uma
concorrência para executar obras do Exército. Esse trabalho lhe deu melhores
condições de manter a família.
Indalício
Mendes chamou-o de "Peregrino do Evangelho". Sua admiração por Dr.
Bezerra de Menezes, "O Kardec Brasileiro", era ilimitada. Fê-lo
fervoroso adepto do Evangelho, onde encontrava a bússola para os caminhos a
palmilhar na Terra.
Pedro
Richard tinha na prece o seu maior ponto de apoio. Desenvolveu sua mediunidade
de cura, que fez dele instrumento dos Espíritos Superiores, no labor incansável
na Seara do Cristo, para socorrer sofredores.
Foi
considerado emissário para despertar criaturas que precisavam apenas de uma
palavra para se melhorarem espiritualmente. Através de seus atos, de sua
conduta e superioridade moral, tomaram-no como exemplo e renasceram para uma
nova vida.
Era
companheiro de Bezerra de Menezes, dos irmãos Sayão, de Maia de Lacerda,
Leopoldo Cirne e outros. Foi um dos fundadores do "Grupo Ismael". Sua
fé em Deus, Jesus e Maria Santíssima não tinha limites, e sua palavra tinha o
poder de deixar na lembrança daqueles que o ouviam o alento da fé. Era a
transmissão simples da mensagem encorajadora, com a seiva da verdade cristã.
Foi um Semeador.
Pedro
Richard regressou à Espiritualidade no dia 25 de outubro de 1918, no Rio de
Janeiro, tendo deixado a Terra com a consciência tranquila do dever cumprido.
No dia 12 de
junho de 1936, no "Grupo Ismael" deu a seguinte mensagem:
-
"Senhor!... Desdobra sobre meu eu Espiritual a luz da Tua misericórdia e
deixa, Senhor, que desabroche, ainda agora, no meu coração de pecador, as
açucenas perfumadas do Teu perdão e da Tua piedade paternal, para que eu seja
incorporado às falanges radiosas que operam na Tua Casa, exibindo com meu
esforço de espírito a mais clara e a mais sublime de todas as profissões de
fé".
Fonte do
texto: Internet Google.
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