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sábado, 25 de maio de 2013

JOHN WILMOT ROCHESTER

Conde de Rochester

O Espírito que conhecemos sob o nome de conde de Rochester, está intimamente ligado - no que se refere à produção de suas obras - ao da médium Wera Krijanowski.

Pouca coisa pode-se dizer a respeito de John Wilmont, conde de Rochester, no que concerne a sua existência física. Almirante célebre no reinado de Carlos II, da Inglaterra, foi autor de poesias satíricas, bastante apreciadas em sua época, e possuía vasta cultura.

Nasceu em 1647 e morreu em 1680, aos 33 anos de idade.

No estado de Espírito, Rochester recebeu a missão de trabalhar pela propagação do Espiritismo.

Para poder cumprir a tarefa, escolheu e preparou desde a infância a médium Wera Ivanova Krijanowskaia, jovem filha de distinta família russa.

Não obstante haver recebido sólida instrução no Instituto Imperial de S. Petersburgo, Wera não se aprofundou em nenhum ramo de conhecimento. Sua mediunidade consistia, principalmente, na escrita mecânica. O automatismo que a caracterizava fazia sua mão traçar as palavras com rapidez vertiginosa e completa inconsciência de ideias.

As narrações que lhe eram ditadas denotam amplo conhecimento da vida e dos costumes antigos e trazem em suas minúcias tal cunho de feição local e de verdade histórica, que é difícil ao leitor não lhes reconhecer a autenticidade.

Afigura-se-nos impossível que um historiador, por mais erudito que seja, possa estudar, simultaneamente e a fundo, épocas e meios tão diferentes como as civilizações assíria, egípcia, grega e romana; bem como costumes tão dessemelhantes quanto os da França de Luís XI e os da Renascença.

No período compreendido entre 1882 e 1920, foram escritos 51 romances, quinze dos quais têm tradução para o português: O chanceler de ferro, O faraó Mernephtah, Romance de uma Rainha (2 volumes), Episódio da Vida de Tibério, Herculanum, O Sinal da Vitória, A Abadia dos Beneditinos, Naema, A Bruxa, A lenda do Castelo de Montinhoso, A vingança do Judeu, A feira dos Casamentos, Na Fronteira, O Elixir da Longa Vida, A Noite de São Bartolomeu, Narrativas Ocultas.

A temática da obra de Rochester começa no Egito faraônico, passa pela antiguidade greco-romana e pela Idade Média e chega até o século XIX.

Nos seus romances, a realidade navega num caudal fantástico, em que o imaginário ultrapassa os limites da verossimilhança, tornando naturais fenômenos que a tradição oral cuidou de perpetuar como sobrenaturais.

O referencial de Rochester é pleno de conteúdo sobre costumes, leis, antigos mistérios e fatos insondáveis da História, sob um revestimento romanesco, onde os aspectos sociais e psicológicos passam pelo filtro sensível de sua grande imaginação.

A classificação do gênero, em Rochester, é dificultada por sua expansão em várias categorias: terror gótico com romance, sagas de família, aventuras e incursões pelo fantástico.

É tão grande o número de edições das obras de Rochester, espalhadas por inúmeros países, que não é possível fazer ideia de sua magnitude, principalmente ao se considerar que, segundo os pesquisadores, muitas dessas obras são desconhecidas do grande público.

Diversos cultores dos romances de Rochester efetuaram (e, quiçá, efetuam) pesquisas em bibliotecas de vários países, notadamente na Rússia, para localizar obras ainda desconhecidas. É o que se depreende dos prefácios transcritos em diversas obras.

Nesta sucinta descrição da vida e obra de Rochester, tendo em vista o grande número de obras publicadas, abstivemo-nos de relacionar todas elas. O leitor interessado, todavia, encontrará a relação completa no livro: Narrativas ocultas.

A Sociedade Científica de Espiritismo de Paris publicou uma mensagem mediúnica de Rochester, que figura no prefácio da obra Episódio da Vida de Tibério, em francês, na qual ele afirma que muitas narrativas completariam sua obra mediúnica, e que a última a aparecer seria Memória de um Espírito Errante, com a descrição da última encarnação dos autores do drama secular de suas obras, e que estariam encarnados na Terra neste período.

Segundo afirmativa dos membros do grupo espírita no qual Rochester se manifestava, a obra referida seria seu trabalho capital e uma espécie de enciclopédia do Espiritismo.

Narrando as existências de diversos Espíritos, que a cada vez voltam a sofrer uma nova prova terrestre, essas obras estabelecem o princípio da reencarnação progressiva, tal como foi ensinado por Allan Kardec, em contraste com o dogma do inferno eterno, desmentido formal às desesperadas palavras de Dante: Lasciate ogni speranza voi ch'entrate! (Percai as esperanças, vós que aqui entrais).

Autor Desconhecido – Fonte do texto e imagem: Internet Google.

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