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sábado, 20 de abril de 2013


Galileu Galilei

“Pelas belas noites estreladas e sem luar, toda gente há contemplado essa faixa esbranquiçada que atravessa o céu de uma extremidade a outra e que os antigos cognominaram de Via-Láctea, por motivo da sua aparência leitosa”.

É desta forma poética que inicia o item 32 de o capítulo VI de A Gênese que, conforme nota de rodapé assinala que foi textualmente extraído de uma série de comunicações ditadas à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título - Estudos uranográficos, e assinadas “GALILEU”, servindo como médium Camille Flammarion.


Reencontramos no capítulo aludido o mesmo entusiasmo do Galileu estudioso que um dia tomou do telescópio que construíra e que encurtava trinta e três vezes a distância do objeto, a quem ele chamou "Velho Descobridor", e virando-o para o céu, viu saltar-lhe aos olhos o maior dos espetáculos acessíveis à vista dos homens: o panorama extraordinário do Infinito, com suas estradas iluminadas por inumeráveis sóis.

Naquela noite memorável, Galileu extasiado verificou que o que parecia simplesmente, a olho nu, um véu nebuloso, era uma faixa de estrelas, com inúmeras outras espiando, curiosas, por entre elas.

Nascia, então, a Astronomia moderna.

Foi aos 17 anos que Galileu Galilei, nascido a 18 de fevereiro de 1564, em Pisa, na Itália, teve sua atenção desperta para o lampadário da abóbada da Catedral de sua cidade natal. Alguém o puxara para um lado a fim de acendê-lo e tendo-o largado, o lampadário oscilou em silêncio sobre a cabeça dos fiéis, descrevendo arcos que aos poucos foram se tornando mais curtos.

Galileu esqueceu de orar, esqueceu dos propósitos que o haviam conduzido à Igreja e com espírito de observação, mediu o tempo de cada oscilação pelo seu próprio pulso.

Sua família chegou a perder a paciência com o rapazote, tantas foram as experiências que ele fez a partir de então com pêndulos, suspendendo-os nas traves do teto e nos ramos das árvores. O resultado foi a invenção de um pêndulo que se podia sincronizar com o pulso humano e que os médicos passaram a adotar para medir as pulsações dos doentes.

Por insistência do pai, foi estudar Medicina na Universidade de Pisa, depois de ter fracassado como ajudante na loja da família. Foi também seu pai que, amante da música, o ensinou a tocar alaúde e órgão. Galileu chegou a ganhar notoriedade como pintor.

Estudando sozinho, descobriu Arquimedes, o maior de todos os matemáticos e filósofos gregos, e a partir daí, inventou uma balança hidrostática. Teve a coragem de refutar Aristóteles provando não só que os corpos, independente de seu peso, caem com uma velocidade que se vai acelerando, como também que a aceleração da queda é uniforme.

Deu à Física um conceito novo, o da inércia, ou seja, a tendência que têm os corpos a ficar em repouso, ou, quando em movimento, a continuar se deslocando em linha reta, na mesma velocidade, a não ser que uma força externa exerça sobre eles alguma ação.

Aos 24 anos era professor de Matemática na Universidade de Pisa, cargo que perdeu por defender suas ideias. Sofreu perseguições, diminuíram-lhe o salário e ele acabou por se demitir.

Em 1592 a República de Veneza o convidou a ensinar na Universidade de Pádua. Durante 18 anos, com um ordenado que podia ser considerado bom, e num ambiente de liberdade intelectual, Galileu inventou uma régua para cálculos, um transferidor, desenhou fortificações e máquinas para o cerco das cidades e pontes.

Eram tantos os seus alunos que ele era obrigado a ensinar ao ar livre.

Finalmente, a Inquisição estendeu o seu ignorante braço e proibiu Galileu de ensinar as suas teorias, porque os movimentos celestiais revelados pelas lentes do seu telescópio e sua inteligência eram contrários às Escrituras.

Durante 16 anos ele se submeteu. Então, decidiu dar à luz os seus Diálogos sobre os Sistemas Principais, um debate entre as teorias de Ptolomeu e de Copérnico.

O Papa Urbano VIII viu sua própria caricatura em um dos personagens e Galileu recebeu ordem de suspender a venda do livro, que, contudo, já se espalhara por toda a Europa.

Aos 70 anos, sofrendo de hérnia dupla e palpitações cardíacas, Galileu compareceu frente à banca examinadora de cardeais, em Roma. Ameaçaram-no das maiores torturas e, ao fim de 4 meses, ele foi obrigado a se ajoelhar e ler em voz alta, a refutação das ideias de Copérnico.

Seu livro foi incluído no Índex e ele, condenado à prisão perpétua.

Graças à intercessão do Duque de Toscana, saiu da masmorra onde estava apodrecendo e ficou detido até sua morte, oito anos depois, em sua casa, sempre espionado.


Mesmo assim, sábios do Mundo inteiro iam à sua casa em massa.

Com a luz dos olhos diminuindo e com risco de sua própria vida, o grande gênio se permitiu escrever e entregar, para publicação em países onde reinasse a liberdade de pensamento, fragmentos do livro Diálogos sobre duas novas ciências, obra que o torna o fundador da Física experimental.


No ano em que nascia Isaac Newton, 1642, Galileu expirou, cego e prisioneiro.

Os penetrantes olhos azuis daquela águia acorrentada fechavam-se para o mundo físico, a fim de que seus olhos espirituais pudessem perscrutar com total liberdade a majestade das leis naturais, liberto das superstições da sua época.


Com certeza, por isso contribuiu tão maravilhosamente na quinta obra da Codificação, encerrando o capítulo discorrendo a respeito da diversidade dos mundos, apresentando-os como "... pedrarias variegadas de um imenso mosaico, as diversificadas flores de admirável parque."

Parque onde ele dizia ele, Deus se revela a cada instante e que as criaturas humanas poderemos enxergar através da luneta da ciência, que "não pode deixar de progredir."

Autor desconhecido. Fonte do texto: Internet Google.

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