(do grego Ο
Πυθαγόρας ο Σαμιος)
570 a.C. –
496 a.C.
Foi um
filósofo e matemático grego que nasceu em Samos entre cerca de 571 a.C. e 570
a.C. e morreu em Metaponto entre cerca de 497 a.C. ou 496 a.C.
A sua
biografia está envolta em lendas. Diz-se que o nome significa altar da Pítia ou
o que foi anunciado pela Pítia, pois a mãe ao consultar a pitonisa soube que a
criança seria um ser excepcional.
Pitágoras
foi o fundador de uma escola de pensamento grega denominada em sua homenagem de
pitagórica. Teve como sua principal mestra, a filósofa e matemática
Temstocléia.
Da vida de
Pitágoras quase nada pode ser afirmado com certeza, já que ele foi objeto de
uma série de relatos tardios e fantasiosos, como os referentes a viagens e
contatos com as culturas orientais. Parece certo, contudo, que o filósofo tenha
nascido em 570 a.C. na cidade de Samos.
Fundou uma
escola mística e filosófica em Crotona (colônias gregas na península itálica),
cujos princípios foram determinantes para a evolução geral da matemática e da
filosofia ocidental sendo os principais temas, a harmonia matemática, a
doutrina dos números e o dualismo cósmico essencial.
Acredita-se
que Pitágoras tenha sido casado com a física e matemática grega Theano, que foi
sua aluna. Supõe-se que ela e as duas filhas tenham assumido a escola
pitagórica após a morte do marido.
Os
pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos números. Para
eles, o número, sinônimo de harmonia, constituído da soma de pares e ímpares -
os números pares e ímpares expressando as relações que se encontram em permanente
processo de mutação, era considerado como a essência das coisas, criando noções
opostas (limitado e ilimitado) e sendo a base da teoria da harmonia das
esferas.
Segundo os
pitagóricos, o cosmo é regido por relações matemáticas.
A observação
dos astros sugeriu-lhes que uma ordem domina o universo. Evidências disso
estariam no dia e noite, no alterar-se das estações e no movimento circular e
perfeito das estrelas. Por isso o mundo poderia ser chamado de cosmos, termo
que contém as ideias de ordem, de correspondência e de beleza. Nessa cosmovisão
também concluíram que a Terra é esférica, estrela entre as estrelas que se
movem ao redor de um fogo central. Alguns pitagóricos chegaram até a falar da
rotação da Terra sobre o eixo, mas a maior descoberta de Pitágoras ou dos seus
discípulos (já que há obscuridades em torno do pitagorismo, devido ao caráter
esotérico e secreto da escola) deu-se no domínio da geometria e se refere às
relações entre os lados do triângulo retângulo. A descoberta foi enunciada no
teorema de Pitágoras.
Pitágoras
foi expulso de Crotona e passou a morar em Metaponto, onde morreu,
provavelmente em 496 a.C. ou 497 a.C..
Segundo o
pitagorismo, a essência, que é o princípio fundamental que forma todas as
coisas é o número. Os pitagóricos não distinguem forma, lei, e substância,
considerando o número o elo entre estes elementos. Para esta escola existiam
quatro elementos: terra, água, ar e fogo.
Assim,
Pitágoras e os pitagóricos investigaram as relações matemáticas e descobriram
vários fundamentos da física e da matemática.
O símbolo
utilizado pela escola era o pentagrama, que, como descobriu Pitágoras, possui
algumas propriedades interessantes. Um pentagrama é obtido traçando-se as
diagonais de um pentágono regular; pelas intersecções dos segmentos desta
diagonal, é obtido um novo pentágono regular, que é proporcional ao original
exatamente pela razão áurea.
Pitágoras
descobriu em que proporções uma corda deve ser dividida para a obtenção das
notas musicais no início, sem altura definida, sendo uma tomada como
fundamental (pensemos numa longa corda presa a duas extremidades que, quando
tangida, nos dará o som mais grave - e a partir dela, gerar-se-á a quinta e
terça através da reverberação harmônica).
O nome está
ligado principalmente ao importante teorema que afirma: Em todo triângulo
retângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.
Além disto,
os pitagóricos acreditavam na esfericidade da Terra e dos corpos celestes, e na
rotação da Terra, com o que explicavam a alternância de dias e noites. A
filosofia baseou uma doutrina chamada Filosofia Explanatória Cristo-Pitagórica.
A escola
pitagórica era conectada com concepções esotéricas e a moral pitagórica
enfatizava o conceito de harmonia, práticas ascéticas e defendia a
metempsicose.
Durante o
século IV a.C., verificou-se, no mundo grego, uma revivescência da vida
religiosa. Segundo alguns historiadores, um dos fatores que concorreram para
esse fenômeno foi a linha política adotada pelos tiranos: para garantir o papel
de líderes populares e para enfraquecer a antiga aristocracia, os tiranos
estimulavam a expansão de cultos populares ou estrangeiros.
Dentre estes
cultos, um teve enorme difusão: o Orfismo (de Orfeu), originário da Trácia, e
que era uma religião essencialmente esotérica. Os seguidores desta doutrina
acreditavam na imortalidade da alma, ou seja, enquanto o corpo se degenerava, a
alma migrava para outro corpo, por várias vezes, a fim de efetivar a
purificação. Dioniso guiaria este ciclo de reencarnações, podendo ajudar o
homem a libertar-se dele.
Pitágoras
seguia uma doutrina diferente. Teria chegado à concepção de que todas as coisas
são números e o processo de libertação da alma seria resultante de um esforço
basicamente intelectual. A purificação resultaria de um trabalho intelectual,
que descobre a estrutura numérica das coisas e torna, assim, a alma como uma
unidade harmônica. Os números não seriam, neste caso, os símbolos, mas os
valores das grandezas, ou seja, o mundo não seria composto dos números 0, 1, 2,
etc., mas dos valores que eles exprimem. Assim, portanto, uma coisa
manifestaria externamente a estrutura numérica, sendo esta coisa o que é por
causa deste valor.
A palavra
Matemática (Mathematike, em grego) surgiu com Pitágoras, que foi o primeiro a
concebê-la como um sistema de pensamento, fulcrado em provas dedutivas.
Existem, no
entanto, indícios de que o chamado Teorema de Pitágoras (c²= a²+b²) já era
conhecido dos babilônios em 1600 a.C. com escopo empírico. Estes usavam
sistemas de notação sexagesimal na medida do tempo (1h=60min) e na medida dos
ângulos (60º, 120º, 180º, 240º, 360º).
Pitágoras
percorreu por 30 anos o Egito, Babilônia, Síria, Fenícia e talvez a Índia e a
Pérsia, onde acumulou ecléticos conhecimentos: astronomia, matemática, ciência,
filosofia, misticismo e religião. Ele foi contemporâneo de Tales de Mileto,
Buda, Confúcio e Lao-Tsé.
Quando
retornou a Samos, indispôs-se com o tirano Polícrates e emigrou para o sul da
Itália, na ilha de Crotona, de dominação grega. Aí fundou a Escola Pitagórica,
a quem se concede a glória de ser a "primeira Universidade do mundo".
Pensamentos de Pitágoras
Educai as
crianças e não será preciso punir os homens.
Não é livre
quem não obteve domínio sobre si.
Pensem o que
quiserem de ti; faz aquilo que te parece justo.
O que fala
semeia; o que escuta recolhe.
Ajuda teus
semelhantes a levantar a carga, mas não a carregues.
Com ordem e
com tempo encontra-se o segredo de fazer tudo e tudo fazer bem.
Todas as
coisas são números.
A melhor
maneira que o homem dispõe para se aperfeiçoar é aproximar-se de Deus.
A Evolução é
a Lei da Vida, o Número é a Lei do Universo, a Unidade é a Lei de Deus.
A vida é
como uma sala de espetáculos: entra-se, vê-se e sai-se.
A sabedoria
plena e completa pertence aos deuses, mas os homens podem desejá-la ou amá-la
tornando-se filósofos.
Anima-te por
teres de suportar as injustiças; a verdadeira desgraça consiste em cometê-las.
Autor
Desconhecido. Fonte do texto e imagem: Internet Google.
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