1896 – 1986
Nasceu em 10
de fevereiro de 1896, na antiga capital federal – Rio de Janeiro. Seus pais
Jorge Antônio Isfer e Shaid (Rosa) Antônio Isfer transferiram-se para a terra
dos pinheirais, instalando-se, inicialmente, na Rua das Flores, onde hoje
funciona a Casa Pernambucana. Por força das circunstâncias, mudaram para o
Tietê, interior do Estado, mandando o filho para casa de parente, em Rio Negro
(PR), onde fez seus estudos.
Mais tarde,
seus pais instalaram-se com casa de comércio em geral, no bairro do Portão (em
Curitiba), quando então servindo o exército, com 20 anos, consorciou-se, com
Dona Ana Elvira Moletta, de cuja união advieram os filhos: Leony Isfer, Lizette
Isfer, Alice Isfer, Jorge Laerte Isfer, Lysis Isfer (desencarnado), Luyr Isfer
e Lício Isfer.
Guarda-livros
formado dedicou-se, profissionalmente ao comércio, trabalhando, anteriormente
(5 anos) como guarda-livros da Cerâmica Klentz, na Fazendinha e,
posteriormente, com seu irmão Manoel Antonio Isfer (Marum) organizou uma
cerâmica, na Vila Guaíra, que não obteve sucesso pela má qualidade do barro. Em
1938, então na Rua Voluntários da Pátria, 112, instalou-se com escritório no
ramo securitário, atividade que exerceu até seus últimos dias. Foi
representante de nove seguradoras, entre as quais a Home Insurance Company, na
qual granjeou muita confiança e simpatia. Com membros da família pertenceu a
Piratininga Cia. de Seguros Gerais e Cia. de Seguros Aliança Brasileira, com
escritório na Praça Zacarias, em Curitiba.
No campo
espírita, pode-se afirmar que a curiosidade pelas chamadas, na época,
“experiências do corpo”, produzidas por sua esposa e amigas, aproximaram-no do
Espiritismo.
Sua
amantíssima esposa faleceu em 3 de dezembro de 1936, quando a primogênita
completava 18 anos e a caçula contava com 3 anos apenas. Esposo dedicado (40
anos apenas, somava de idade) manteria a fidelidade esponsalícia assumida até o
fim da existência terrena, dedicando-se, com extremado carinho e amor, aos
filhos queridos, responsabilidades profissionais e à maravilhosa doutrina que
abraçou.
Ligou-se à
Casa Máter do Espiritismo em terras paranaenses, à qual durante mais de 4
decênios dedicou expressiva parcela de sua laboriosa vida, tendo sido um dos
mais entusiastas e assíduos integrantes de seus órgãos diretivos. Companheiro
de João Ghignone, Arthur Lins de Vasconcellos, Honório Melo e tantos outros,
esteve presente com os mesmos à frente de todas as iniciativas pertinentes no
campo doutrinário, em sua extensa rede de sociedades espíritas que lhe são
adesas e, principalmente, ligado estreitamente a todas as obras sociais de
natureza variada, como albergues noturnos, hospital psiquiátrico, colégio,
creches-lares, etc. Foi, praticamente, membro permanente do Conselho Federativo
da F.E.P.
Como
vice-presidente, companheiro inseparável de João Ghignone em seus 45 anos de
presidência, assumiu o primeiro posto em razão do desencarne do velho
companheiro, em 8 de junho de 1978, sendo eleito em seguida para o período de
fevereiro de 1979 a janeiro de 1981 para a presidência. Findo o mandato passa a
integrar o quadro de Presidentes Honorários, ao lado de Arthur Lins de
Vasconcellos.
Entretanto,
a sua atividade pontificava no campo da mediunidade, mercê do coração
totalmente voltado à caridade. Durante mais de 40 anos compareceu, diariamente,
a sessões de receituário, passes e curas no velho casarão da F.E.P., hoje
tombado como patrimônio histórico e transformado no centro espírita que leva o
seu nome, num preito de justíssima gratidão, graças a iniciativa de seus
antigos companheiros. Paralelamente, dava assistência mediúnica aos internos do
Hospital Psiquiátrico “Bom Retiro”, que a solicitavam; pessoalmente, dirigia e
dava assistência paternal com carinho e dedicação inexcedível às meninas do Lar
Icléia; acompanhava atentamente as creches-lares, orientando as responsáveis
pelos mesmos e doando-se às criancinhas. Sua residência estava sempre de portas
abertas aos necessitados, não regateava às solicitações de atendimento. Assim
como Minas Gerais teve o querido Eurípedes Barsanulfo, o Paraná, o inesquecível
Abibe Isfer.
Desencarnou
em 9 de abril de 1986
Fonte: OS
GRANDES GIGANTES DA DOUTRINA ESPÍRITA
Fonte do texto e imagem: Internet Google.
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